Pouso Alegre – E. E. Monsenhor José Paulino


Imagem: Rede social da instituição

A E. E. Monsenhor José Paulino foi tombada pela Prefeitura Municipal de Pouso Alegre-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Pouso Alegre-MG
Nome atribuído: Escola Estadual Monsenhor José Paulino
Localização: Av. Dr. Lisboa, nº 323 – Centro – Pouso Alegre-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 2348/1999

Descrição: A Escola Estadual Monsenhor José Paulino foi criada pelo decreto 2.480 de 23/03/1909. Segue o texto legal:

“O vice-presidente do Estado de Minas Gerais, de conformidade com o disposto no artigo 22, combinado com o artigo 45 do regulamento que baixou com o Decreto nº 1960, de 16/12/1906, resolve criar o Grupo Escolar da Cidade de Pouso.

Palácio da Liberdade do Estado de Minas Gerais, 23 de março de 1909.

Assinado: Hélio Bueno Brandão

Estevão Leite de Magalhães Pinto”

Publicação no Minas Gerais: 24/03/1909.

O nome do patrono foi escolhido posteriormente à criação do Grupo. A escolha recaiu sobre o nome de “Monsenhor José Paulino”, ilustre personagem da história de Pouso Alegre que muito trabalhou pela educação desta cidade.

O Grupo foi inaugurado no dia de São Bom Jesus, 06 de agosto de 1912, com a presença do Secretário do Interior e Instrução Pública de Minas Gerais, Delfim Moreira da Costa Ribeiro.

Seu primeiro diretor foi o Professor Joaquim Queirós, literato e homem de grande cultura que projetou o nome de Pouso Alegre no cenário de Minas Gerais e do Brasil.

Até o ano de 1973, funcionou com as quatro primeiras séries do ensino do 1º Grau. A partir de 1973, de acordo com a Resolução nº 267, M. Gerais de 04/09/1973, foi autorizada a extensão de 5ª e 6ª séries e, de acordo com a Resolução 2.902/79, publicada no M. Gerais de 09/03/1979, folha 9, coluna 4, foi autorizada a 7ª série e, de acordo com a resolução 3.324ª nº 3355/80, a 8ª séie, passando a escola a oferecer o 1º Grau completo e mais o Pré-escolar.

O prédio onde funciona a escola foi construído em 1909, quando então Governador de Minas Gerais, Delfim Moreira da Costa Ribeiro e contava com 9 salas. Atualmente possui treze salas […].
Fonte: Site da instituição.

Histórico do município: A história de Pouso Alegre, antigo Arraial de Bom Jesus de Matozinhos do Mandu, tem início no despertar social e econômico da rica região sul-mineira. Data mais ou menos de 1596 o devassamento pelos bandeirantes paulistas do Alto Sapucaí, por onde passaria, em 1601, a expedição de D. Francisco de Souza, da qual fazia parte o alemão Glimmer, o primeiro naturalista a penetrar naquelas paragens.

Pelos fins do século XVI já se sabia da existência de ouro no Alto Rio Verde e no Alto Sapucaí.

O primeiro marco de povoação em terras de Pouso Alegre teria sido lançado no século XVIII por João da Silva, assim relatado no “Almanaque Sul-Mineiro de 1874”, organizado por Bernardo Saturnino da Veiga: ‘Segundo tradição que se tem conservado, quem primeiro habitou às margens do Mandu foi o aventureiro de nome João da Silva.

‘Prosperando em sua lavoura, fez João da Silva, no fim do século passado, doação do terreno necessário à edificação de uma igreja dedicada ao Senhor Bom Jesus. Construiu-se a capela com auxílio de alguns moradores vizinhos e, no ano de 1795, o padre Francisco de Andrade Melo, que então residia na Paróquia de Santana do Sapucaí, veio celebrar a primeira missa que houve nesse lugar, ficando, desde então, como capelão particular.

‘Em 1797 o governador D. Bernardo José Lorena, Conde de Sarzedas, que de São Paulo fora transferido para a capitania de Minas Gerais, passou pelo nascente povoado, onde veio a seu encontro o Juiz de Fora de Campanha, Dr. José Joaquim Carneiro de Miranda.

‘Encantados pelo suntuoso panorama que se descortinava a seus olhos e pelos vastos límpidos horizontes que os cercavam, conta-se que um daqueles personagens dissera: ‘Isto não devia chamar-se Mandu, mas sim Pouso Alegre’. E daí veio a denominação que o povo e a lei posteriormente sancionaram’.

Segundo alguns autores, o batismo da localidade como Mandu se derivou da corruptela do nome de um pescador ou tropeiro, que se chamaria Manuel, atendendo pela alcunha de Manduca ou simplesmente Mandu, e que teria sido o primeiro povoador da região. Segundo outros, o nome veio do tupi-guarani mandi-yu (mandi = peixe e yu = amarelo). Atestam Marques de Oliveira e Augusto Vasconcelos que até 1799 a florescente povoação localizada às margens do Mandu era também conhecida pelo nome desse rio.

Crescendo a população do lugar, a cerca de seis léguas da Freguesia de Santa Ana do Sapucaí, surgiu em 1789 a ideia da construção de uma capela, que foi erguida em terreno doado por Antônio José Machado e sob a invocação do Senhor Bom Jesus de Matozinhos. Benta possivelmente em 18 de abril de 1802, teve por capelão o padre José de Melo.

Oito anos depois de inaugurada a capela, o povoado foi elevado à categoria de freguesia. Nomeado vigário colado da vara da freguesia, o Padre José Bento Leite Ferreira de Melo, natural de Campanha, tornou-se figura central da história de Pouso Alegre em seu tempo.

Em 1830, o Padre Bento, auxiliado por seu coadjutor, padre João Dias de Quadros Aranha, fundou o Pregoeiro Constitucional, jornal de grande relevo na vida política da época, sendo o primeiro a sair no sul de Minas e o quinto na Província. Foi em suas oficinas que se imprimiu o projeto da nova Constituição do Império, chamada ‘Constituição de Pouso Alegre’, preparada por membros do Partido Moderador no intuito de satisfazer as exigências dos mais avançados e pacificar os demais.

Em 1832 foi levantado o pelourinho, símbolo da emancipação municipal, no Largo da Alegria. No ano seguinte, quando irrompeu a sedição militar em Ouro Preto, Pouso Alegre fez-se presente ao lado da legalidade, enviando numeroso contingente.

Com a renúncia do padre Diogo Antônio Feijó ao cargo de Regente do Império, e consequente mudança da situação política no País, foi organizado no município o Partido Conservador, chefiado por Antônio de Barros Melo.
Em 1842 agravaram-se as lutas políticas locais em consequência da agitação em todo o país, que culminou com a Revolução de 1842, atingindo as Províncias de São Paulo e de Minas Gerais. Em Baependi, no sul de Minas, travou-se um combate, com a participação de 360 soldados legalistas de Pouso Alegre, comandados pelo Coronel Julião Florêncio Meyer.
Em fins de 1849, teve início a construção da nova matriz, benzida em 21 de novembro de 1857 e posteriormente transformada em catedral. Demolida esta, construiu-se outra para sede do Bispado.
Fonte: IBGE.


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