Quixadá – Açude do Cedro


Imagem: Claudney Neves

O Açude do Cedro, em Quixadá-CE, foi a primeira grande construção envolvendo rede de canais de irrigação, feita após a seca ocorrida entre os anos de 1877 e 1879.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Açude do Cedro
Localização: Quixadá-CE
Número do Processo: 1082-T-1983
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 87, de 19/07/1984
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 653, de 19/07/1984

Descrição: O Açude do Cedro localiza-se a 06 Km da cidade de Quixadá. O açude foi a primeira grande construção envolvendo rede de canais de irrigação, feita após a seca ocorrida entre os anos de 1877 e 1879. Os estudos preliminares foram realizados pelo engenheiro inglês Jules Revy, em 1882. Após a suspensão das obras, o projeto foi revisto pelo engenheiro Ulrico Murça em 1889. O projeto foi concluído em 1906, pelo engenheiro Bernardo Piquet Carneiro e Cunha Figueiredo. O açude é formado por cinco barragens que represam o rio Sitiá. Destas cinco, duas são de alvenaria e as três restantes são de terra revestida com grandes blocos de rocha granítica (sienito). A região é formada pelo relevo geográfico em inselberg – grandes afloramentos sieníticos isolados. O trecho mais importante da barragem está construído entre dois desses morros. A rede de irrigação foi projetada por Bernardo Piquet Carneiro, e é formada por canais que permitiram, inicialmente, a irrigação de uma área de 2.000 hectares. A partir de 1907, o conjunto de barragens passou a ser administrado pelo recém-criado DNOCS- Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Os galpões das oficinas são construídos em alvenaria e pedra. A barragem possui em seu coroamento, guarda corpo trabalhado em ferro e pilares em cantaria. O guarda corpo foi produzido pela empresa escocesa Walter Macfarlane e Co., em 1906.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

VÍDEO:

Fonte: Quixadá Ceará.

MAIS INFORMAÇÕES:
Um passeio por Quixadá
Construindo Quixadá
Wikipedia


3 comments

  1. José Maria de Carvalho |

    O Açude do Cedro, em Quixadá, já foi um ente hídrico majestoso de grande importância histórica e social. Atualmente, o Açude do Cedro encontra-se assoreado devido a fatores naturais e da ação humana; o poder público municipal e federal, mediante reivindicação da sociedade local, poderiam revisar o Açude do Cedro na sua totalidade, fazê-lo capaz e competente no armazenamento de água, tornando-o vivo para a História e referência sócio ambiental na utilização das suas águas.

  2. Carlos Alberto Albuquerque Souza |

    Infelizmente a falta de chuvas e o descaso das autoridades a quem cumpria conservar o açude estão acabando com ele. Associe-se a isto a falta de educação do povo, o qual em sua cegueira só tem ajudado no processo de degradação. Demonstração flagrante da atitude condenável da população é o fato de que os próprios sitiantes que se beneficiavam com a irrigação, durante um período de secas mais extenso, destruíram todo o aparato condutor da água, numa demonstração clara do pouco valor que davam ao conjunto de obras, isto sem falar-se no lado arquitetônico que também deveria ser respeitado e protegido. Na condição de quixadaense que teve a ventura de ver o reservatório em pleno desenvolvimento de sua atividade fim, enquanto condeno com veemência as autoridades nas diversas escalas que se omitiram permitindo a ruína, também condeno os que paralelamente dilapidaram um patrimônio que é de fato nacional e que deveria ser respeitado. Outra condenável prova do pouco valor que os munícipes dão à obra é o fato de que em mais uma clara demonstração de desrespeito, o nome de dois dos responsáveis pela construção do açude foi retirado de modo desrespeitoso e condenável de locais públicos em que se encontravam.

  3. David Capistrano Sobrinho |

    Oi açude do Cedro, é uma obra hídrica lindíssima, construído na época Imperial, com uma paisagem natural da pedra, da Galinha Choca, exuberante…. sou Quixadaense com muito orgulho e tive a felicidade de ver a sangria do açude por uma vez que ficou na minha memória aquele belo espectáculo que a nauteza proporcionou…. sou David Capistrano Sobrinho, filho de Antônio Capistrano Costa. Este açude jamais poderá morrer tem que ser um Patrimônio

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