Recife – Capela de Nossa Senhora do Rosário de Fátima


Imagem: Arquediocese

A Capela de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Recife-PE, foi tombada por sua importância cultural para o Estado.

Governo do Estado de Pernambuco
CEC-PE – Conselho Estadual de Cultural de Pernambuco
FUNDARPE – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco

Nome atribuído: Capela de Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Localização: Recife-PE

Descrição: No dia 13 de maio de 1917 no povoado de Fátima localizado no interior de Portugal, três crianças, Lúcia dos Santos, 10 anos e seus primos Francisco Marto, 9 anos e Jacinta Marto, 6 anos “estavam pastorando seu rebanho quando, de repente, viram um clarão sobre uma árvore conhecida como azinheira, na entrada da Cova da Iria. Correram para ver o que era aquele brilho intenso e se depararam com uma moça, que lhes disse chamar-se Maria, viera do céu, convidou-os para rezar o terço e avisou que voltaria outras vezes. Antes de ir embora, ela pediu às crianças que transmitissem uma mensagem ao povo pedindo orações, penitências e conversões à fé católica. No início, ninguém acreditou nas crianças, mas, no total, foram seis aparições, ocorridas no dia 13 de cada mês, exceto em agosto, pois as crianças foram impedidas por autoridades civis de irem ao local. A última aparição foi no dia 13 de outubro de 1917”.

A devoção se espalhou e o número de pessoas que passou a visitar o local das visões foi tão grande que a Cova da Iria se tornou o maior destino religioso de Portugal e um dos mais concorridos do mundo, transformando-se, na atualidade, em um dos mais importantes templos dedicados a Nossa Senhora no mundo. Após investigações canônicas, decorridos dezoito anos da última aparição, o Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva permitiu, em Carta Pastoral de 13 de outubro de 1930, “oficialmente o culto de Nossa Senhora de Fátima”.

Santuário Nossa Senhora de Fátima do Recife – PE: Em 1917, os Jesuítas – religiosos da Companhia de Jesus – fundaram, no Recife, o Colégio Nóbrega, inaugurado em novo prédio em 1926, consagrado a Nossa Senhora de Fátima. Em 1932, deu-se início à construção da igreja e, em 1933, no dia 13 de outubro, foi lançada sua pedra fundamental. Em 1935, foi inaugurada no dia 8 de setembro quando se realizaram várias atividades religiosas e festivas.​

Modernização pioneira da arquitetura religiosa no Brasil: O arquiteto francês Georges Munier, projetou a obra da igreja em estilo neogótico em formato de cruz latina e nela utilizou maciçamente o concreto armado, além de introduzir elementos decorativos da arquitetura moderna. Nela, primeira igreja na América Latina em homenagem à Virgem do Rosário de Fátima, foi realizada a modernização da arquitetura religiosa no Brasil. Destacam-se a verticalidade acentuada da fachada, com torre única e o uso de vazados em concreto. Sua peça principal é a imagem da Virgem medindo três metros de altura, criada pelo artista português Antônio da Paz.

Elogios da imprensa e autoridades: A despeito da resistência de alguns setores do clero e da sociedade, a obra foi reconhecida e elogiada publicamente por personalidades tanto eclesiásticas quanto laicas, arquitetos recifenses, além de repercussão positiva na imprensa, que destacava: “merece especial registro a recente inauguração do majestoso templo de Nossa Senhora de Fátima… Julgamos ser, essa a primeira igreja que se ergue no mundo sob a invocação da Virgem, como título Nossa Senhora do Rosário de Fátima como se apresentou aos pastorinhos… seus construtores… foram de rara pericia em modelar no cimento armado uma obra moderníssima… de cunho artístico e consoante às leis litúrgicas e aspirações da Igreja. A nossa capital vê, assim, enriquecido o seu patrimônio com tamanho monumento religioso, erguido pelos beneméritos Padres Jesuítas, que se podem considerar os introdutores da moderna arquitetura religiosa no Brasil”.

Decisiva participação dos portugueses: Sua construção contou com a efetiva colaboração da colônia portuguesa local, e como menciona o Reitor do Santuário, Padre Antonio Mota: “os portugueses foram decisivos… conseguiram levantar os recursos e ajudar os Jesuítas. Levaram a ideia adiante por isso essa igreja deve muito à colônia portuguesa em relação a tudo que foi feito”.

Tombamento estadual da Igreja: Em 2010, a trajetória dos jesuítas por mais de 80 anos recebeu merecido reconhecimento público, tendo sido inscrito como bem do Patrimônio Cultural Imaterial e Material dos Pernambucanos pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco no Tombamento Estadual da Igreja (FUNDARPE).

Primeiro Santuário Canônico Mariano: Em 2012, foi declarado como o 1º Santuário Canônico Mariano da Arquidiocese de Olinda e Recife, pelo Arcebispo Dom Fernando Saborido, em ato celebrado com festividade na data de 13 de maio. O Santuário foi ainda carinhosamente chamado de Catedral da Juventude por Dom Helder Câmara.
Fonte: Site da instituição.

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