Ribeirão das Neves – Festa em honra à Nossa Senhora do Rosário


Imagem: Prefeitura Municipal

A Festa em honra à Nossa Senhora do Rosário foi registrada pela Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves-MG
Nome atribuído: Festa em honra à Nossa Senhora do Rosário (Celebrações)
Localização: Ribeirão das Neves-MG
Livro de Registro de Celebrações

Descrição: Testemunho importante desta história é a Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, fundada em Areias em 1889 e estabelecida em 1919 em terreno doado por Francisco Labanca, descendente de italianos, em Justinópolis. A capela da Irmandade foi erguida em 1924, mas a primeira festa de Nossa Senhora do Rosário da nova Irmandade já havia sido realizada em 1922, na Igreja de N. Sª da Piedade. A Irmandade foi certificada como comunidade quilombola pela Fundação Palmares em 07/03/2016, através da Portaria 28/2016. Atualmente reivindica junto ao Incra a regularização de seu território, através do processo 54170.002801/2016-52.
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Ao se olhar para o patrimônio cultural imaterial de Ribeirão das Neves é impossível não destacar a Irmandade Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis, cuja história se confunde com a própria história do município, como antes relatado. Com mais de 100 anos de existência, as famílias membros da Irmandade (as famílias Messias, Nascimento, Diniz, Vieiras e outros troncos) mantêm suas tradições, incluindo celebrações e práticas culturais. Entre estas realçam a Festa do Rosário (outubro), a folia de reis, a Festa de São Sebastião (janeiro), a manifestação do Boi da Manta e o Coral Vozes de Campaña, além de confecção de tambores e festas tradicionais seculares. Esta irmandade é certificada pela Fundação Palmares desde 2016 através do n° de processo 01420.001750-2015-13. A Festa em Honra a Nossa Senhora do Rosário é um patrimônio registrado municipalmente, portanto de grande relevância para história e desenvolvimento cultural do município.
Por sua importância para a história, a cultura e a memória e Ribeirão das Neves é fundamental que este grupo seja apoiado, inclusive destinando-se na Lei do Plano Diretor uma área para demarcação de seu território de desenvolvimento sustentável. Ademais, é crucial que sejam viabilizados com os recursos do Fundo de Patrimônio os estudos exigidos pelo INCRA para regularização de seu território.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: As primeiras referências sobre o município de Ribeirão das Neves são do início do século XVIII, o qual denominava-se ‘Matas de Bento Pires’.
Em 1745, o mestre-de-campo Jacintho Vieira da Costa obtém o título de sesmaria de uma porção de terra na região central e dois anos mais tarde, constrói uma Capela dedicada a Nossa Senhora das Neves, o que dá origem ao nome ‘Fazenda das Neves’. Em 1746, foi construído o engenho da Fazenda das Neves.
Em 1760, morre Jacintho Vieira da Costa e tendo oito filhos ilegítimos, lega seus bens ao filho Antonio Vieira da Costa. Isso gerou um conflito que durou até 1796 quando este falece, sem ter herdeiros legítimos.
Os bens foram levados à leilão, e as fazendas das Neves e Carijós foram arrematadas pelo Capitão José Luis de Andrade, português, morador da Vila do Sabará, iniciando um novo período na história do município. José Luis casou-se em 1799 com D. Francisca Antônia da Costa, com a qual teve dois filhos: O Guarda-mor Joaquim José de Andrade e o Padre José Maria de Andrade. Joaquim José de Andrade, nascido em 1781, veio para Neves em 1818 para morar na Fazenda dos Carijós (hoje bairros Santa Marta, Santa Martinha, Porto Seguro e Nova União) e a comprou de seu pai em 1825. Casou-se em 1826 com Dona Úrsula Maria Nogueira de Alvarenga com a qual teve 8 filhos, deixando grande descendência em Ribeirão das Neves e Pedro Leopoldo. José Maria de Andrade, segundo filho do Capitão, nasceu em 1794, ordenou-se padre em 1818, vindo para a Fazenda das Neves neste período onde ficou até sua morte. Com a vinda do Padre, a Capela já existente desde 1747 passou a ter mais importância.
Em 1820, foi criada uma Guarda-Moria nas Capelas de Nossa Senhora das Neves e Santo Antônio da Venda Nova. A lei Providencial de 15 de setembro de 1827, reforçada pelo Decreto de 11 de setembro de 1830, eleva Neves a Distrito de Paz, com uma população aproximada de 1.241 habitantes.
Neves perdeu sua condição de distrito em 1846 através do pedido do então vereador, Padre José Maria de Andrade, visto as condições precárias da capela e o aumento da população. É criado então, o distrito de Venda Nova, ao qual Neves é anexado.
Após a morte do padre, Neves foi anexada ao distrito de Pindahybas (Lei n.º 2.041 de 01/12/1873), atual Vera Cruz de Minas (Pedro Leopoldo) com a qual permaneceu até 1911, quando ambas foram anexadas ao recém município de Contagem.
Em 1927, o Estado de Minas Gerais adquire as fazendas do Mato Grosso e parte da Fazenda de Neves para construção de uma Penitenciária Agrícola que impulsiona o crescimento populacional. Em 1938, Contagem perde sua autonomia de município e é anexada à Betim juntamente com todos os seus distritos, incluindo Neves e Campanha.
Fonte: IBGE.


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