Rio de Janeiro – Acervo do Museu de Imagens do Inconsciente


Imagem: Iphan-RJ

O Acervo do Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro – RJ, conta com 300 mil documentos produzidos como terapia ocupacional pelos pacientes do Centro Psiquiátrico Pedro II.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Acervo do Museu de Imagens do Inconsciente do Rio de Janeiro
Localização: R. Ramiro Magalhães, n 521, Engenho de Dentro – Rio de Janeiro-RJ
Número do Processo: 1507-T-2003
Livro do Tombo Histórico: Inscrito em 02/2005

Descrição: O museu é um centro de estudo e pesquisa, com um acervo de 300 mil documentos produzidos como terapia ocupacional pelos pacientes do Centro Psiquiátrico Pedro II. São telas, desenhos e modelagens que a psiquiatra Nise da Silveira organizou a partir de 1952. O acervo continua sendo realimentado por exposições dos ateliês em atividade dentro museu. O espaço promove palestras e exibe documentários sobre o tema.
Fonte: Secretaria de Estado de Cultura.

Descrição: 8 coleções individuais e 1 coleção de diversos (6) autores, constituídas pela Dra. Nise da Silveira no período de 1946 a 1974.
No ano de 1946, a Dra. Nise da Silveira fundou a Seção de Terapêutica Ocupacional, no Centro Psiquiátrico Nacional de Engenho de Dentro, que, somente em 1954, foi regulamentada. Posteriormente, em 1961, essa seção passou a ser denominada Seção de Terapêutica Ocupacional e de Reabilitação e o Centro Psiquiátrico Nacional a ser chamado de Centro Psiquiátrico Pedro II. A Dra. Nise da Silveira dirigiu os trabalhos dessa Seção de 1946 até 1974, quando se aposentou.
Pela dificuldade de comunicação a nível lógico discursivo com os pacientes, dada a dissociação do consciente com o insconsciente, as atividades de pintura, desenho e modelagem, feitas de maneira espontânea, permitiam que as emoções expressadas, originárias dos mais profundos estratos da psique, se configurassem numa linguagem de imagens simbólicas.
Conforme a Dra. Nise da Silveira, desde a fundação da Seção de Terapêutica Ocupacional, em 1946, os desenhos e as pinturas dos pacientes foram sendo reunidos para a análise da evolução de casos clínicos e também feitos estudos temáticos.
A pesquisa e o estudo das séries de imagens simbólicas, expressadas espontaneamente, possibilitaram o reconhecimento de temas míticos associados aos símbolos e o acompanhamento do desdobramento de processos intrapsíquicos. Pois a esquizofrenia permite a manifestação dos conteúdos arcaicos do insconsciente, fragmentos de temas mitológicos, que analisados em séries permitem associá-los a situação emocional vivida pelo indivíduo. Alguns temas mitológicos foram identificados e estudados pela Dra. Nise, como por exemplo: o mite de Dafne, de Dionísios, do sol, do dragão-baleia.
Também foi possível a identificação de imagens arquetípicas, que lhe despertaram muito o interesse a compreensão de casos clínicos. Primeiramente foram os símbolos ordenadores que, a partir de correspondência encaminhada em 1954 ao psiquiatra e psicoterapeuta suíço Dr. Carl Gustav Jung, foi-lhe respondida a confirmação que eram mandalas, uma tentativa de autocura. Outras imagens arquetípicas também foram identificadas pela Dra. Nise, como por exemplo: a sombra, a anima e a Magna Mater.
Em 1952, foi inaugurado o Museu de Imagens do Inconsciente, com a intenção de se fazer nesse museu um centro vivo de estudo. Desde o seu início, as Coleções constituídas pela Dra. Nise da Silveira no período de 1946 a 1974 vem despertando o grande interesse científico para o estudo de casos clínicos e para o estudo e a pesquisa das imagens e símbolos. Também, a partir dessas coleções vêm sendo realizadas várias exposições sobre temas de interesse psicopatológico.
Fonte: Jussara de Moraes Mendes – Portal do Patrimônio (aplicativo do Iphan-RJ).

Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) – Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro (PMRJ)
Nome Atribuído: Acervo do Museu de Imagens do Inconsciente
Decreto de Tombamento: Decreto nº 14.947 de 03/07/96 – DO RIO de 04/07/96
Tombamento: provisório / Averbado: não

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Portal do Patrimônio
Secretaria de Estado de Cultura
Site da instituição


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *