Rio de Janeiro – Chácara do Céu


Imagem: Ministério da Cultura

A Chácara do Céu, no Rio de Janeiro – RJ, foi tombada por sua importância arquitetônica, histórica e cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Prédio localizado à R. Murtinho Nobre, nº 93, conhecido como”Chácara do Céu”, e respectivos acervos histórico e artístico
Localização: Estrada do Açude, nº 764, Alto da Boa Vista e R. Murtinho Nobre, nº 93, Santa Teresa – Rio de Janeiro – RJ
Número do Processo: 898-T-1974
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscr. nº 450, de 23/09/1974
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 520, de 23/09/1974
Observações: O tombamento abrange os parques paisagísticos que ambientam os prédios e os acervos históricos e artísticos.

Chácara do Céu: Em 1957, Raymundo Ottoni de Castro Maya faz construir, segundo o projeto do arquiteto Wladimir Alves de Souza, a residência no bairro de Santa Teresa para sua moradia e também para abrigar suas preciosas coleções de artes, pintura, escultura, gravura, mobiliário e sua biblioteca. O terreno outrora acolhera a sede da legação do Canadá. O estilo da casa, depurado e contemporâneo, não perdeu sua modernidade. Situada no ponto mais elevado da chácara, com 25.000 metros quadrados, dela se aprecia uma vista de 360º da cidade. Os jardins são do paisagista Roberto Burle Marx. Raymundo Ottoni de Castro Maya, deixou a propriedade para a Fundação que criara anos antes, com o fim de ser transformada em museu, que foi inaugurado em 1972.
O acervo da Chácara do Céu é integrado por exemplares de pinturas, desenhos e gravuras de artistas estrangeiros e brasileiros, da segunda metade do século XIX a meados do XX, representativos da evolução histórico-artísitica européia, a partir do academismo, e da brasileira, a partir do realismo. (Monet, Degas, Modigliani, Braque, Miró, Picasso, Dali, Belmiro de Almeida, Visconti, Castagneto, Di Cavalcanti, Portinari, Heitor dos Prazeres, entre outros). Alguns núcleos merecem atenção especial, como por exemplo: a arte oriental, onde se destacam pinturas, bronzes, jades, porcelanas, etc.; arte francesa do século XIX e início do XX; arte contemporânea, estrangeira e brasileira, com destaque para a coleção Portinari, de pintura e desenhos; mobiliário, prataria, dos séculos XVIII e XIX, brasileiros e portugueses; destaque especial deve ser dado, também, a uma urna funerária marajoara perfeitamente conservada.

Museu do Açude: O Museu do Açude era antigamente uma modesta residência sem um estilo arquitetônico definido, adquirida em 1913 pelo pai de Raymundo de Castro Maya. Ao herdar a propriedade, este foi aos poucos transformando a pequena casa, tendo-lhe acrescentado as arcadas, o beiral de telhas de cerâmica e os seus magníficos azulejos, provenientes de Lisboa, de São Luís do Maranhão e de Salvador, abrangendo os séculos XVII, XVIII e XIX. Talvez seja o único conjunto aqui conhecido que permita uma visão, ainda que limitada, da história da azulejaria portuguesa no Brasil, visto que, em geral, os painéis existentes em conventos, igrejas e outros edifícios antigos são circunscritos a uma época determinada. Em 1963, ao fundar a Fundação, Raymundo Ottoni de Castro Maya, doou a casa da Estrada do Açude e todo o acervo nele existente.
A propriedade é extensa, em grande parte coberta por mata de aspecto nativo, confinante com a Floresta da Tijuca, a casa de dois pisos foi acrescida de pavilhões de exposições pelas duas bandas e seu interior foi enriquecido por painéis de azulejos portugueses setecentistas vindos de Portugal ou de outros lugares do Brasil, como São Luís, Salvador, Rio de Janeiro. A coleção do Museu caracteriza-se por: telas a óleo de artistas como Muzzi, Velasco, N.A. Taunay, Monvoisin, Vinet, Bertichem, Bauch, entre outros, que retrataram o Rio de Janeiro nos séculos XVIII e XIX, destacando-se a iconografia sobre a cidade do Rio de Janeiro, com aquarelas de Debret; as esculturas de arte popular de Vitalino como a carranca dos barcos do Rio São Francisco; mobiliário brasileiro e português do século XVIII e XIX, tapetes orientais, prataria, vidraria, serviços de jantar de louça da Companhia das Índias, equipamentos de cozinha – fogão e cobres, azulejos portugueses dos séculos XVII, XVIII e XIX, integrados à arquitetura da casa principal e construções adjacentes, louças de adorno para jardim e interior (cerâmicas de Santo Antônio do Porto e Miragaia) e fontes, chafarizes e bicas que adornam e compõem o parque. (Descrição Posterior – 21/05/2001)
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Portal do Patrimônio
Secretaria de Estado de Cultura
Site da instituição
Wikipedia


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