Rio de Janeiro e Niterói – Conjunto de Reservatórios


O Conjunto de Reservatórios do Rio de Janeiro e de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, foi tombado por sua importância histórica, arquitetônica e cultural.

INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Localização: Rio de Janeiro e Niterói – RJ
Processo de Tombamento: E-18/001.542/98
Tombamento Provisório: 9/12/1998

Descrição: Conjunto significativo de vinte e cinco equipamentos urbanos – caixas-d’água, reservatóriose represas – localizados nos municípios do Rio de Janeiro e Niterói. Este elenco de artefatos não é apenas uma amostra representativa do processo de evolução da captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água nos dois municípios. É também um espelho da própria história da metrópole carioca, pois reflete, através da expansão dos sistemas, o processo de ocupação do território e o adensamento das áreas urbanas nos últimos 150 anos. Além disso, esses equipamentos são testemunhos da evolução tecnológica da engenharia nacional, tanto no âmbito das teorias da hidráulica, como do cálculo estrutural e das técnicas construtivas.
Fonte: Inepac.

Descrição: O Inventário dos Reservatórios resulta de uma frutífera colaboração entre a Secretaria de Estado de Cultura, o INEPAC e a CEDAE. Em 2006 essa companhia realizou, juntamente com o INEPAC, um extenso levantamento do estado de conservação dos reservatórios tombados, o qual revelou a beleza desses equipamentos públicos e a urgente necessidade de recuperálos. Tal recuperação poderá estar associada a estudos para a sua eventual abertura ao público e o seu aproveitamento para além da sua função técnica. Nos anos seguintes, por meio de visitas de rotina a esses bens, foram colhidas outras informações que atualizaram esse levantamento.

Os reservatórios da CEDAE integrantes deste Inventário fazem parte do Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro e foram tombados em 1998. Eles foram construídos durante o período de 1850 a 1930 e contam boa parte da história da capital e o Estado, assim como os feitos de seus governantes para prover água para a população. Contam também um pouco da evolução tecnológica da engenharia brasileira, notadamente em suas construções e nas concepções dos sistemas de abastecimento de água utilizadas pelos engenheiros de então, entre os quais se destacam Jerônimo de Moraes Jardim, Monteiro de Barros, os irmãos Rebouças e Henrique de Novaes.

Alguns reservatórios estão em pleno funcionamento, como o do Largo do França, o Monteiro de Barros, a Caixa Nova da Tijuca, o Açude do Pau da Fome e o Victor Konder. Este último depois de passar anos fora de operação foi reativado em 1999. Outros estão desativados ou em operação desassistida como é o caso do reservatório da Quinta da Boa Vista. Destes, alguns ainda guardam a possibilidade de voltar à carga ou de receber novos usos tendo em vista a localização privilegiada de que desfrutam.

Situados em platôs nas encostas ou em topos de morros, alguns sítios dos reservatórios são verdadeiros mirantes de onde, no caso da cidade do Rio de Janeiro, se descortinam vistas panorâmicas. Aqueles que são alimentados por  mananciais locais, ou o foram originalmente, têm sua manutenção intrinsecamente ligada às matas que os circundam. Pois foi com o objetivo de preservar estes mananciais, e desta forma garantir o abastecimento de água na cidade, que no início do século XIX o Governo Real proibiu pela primeira vez o desmatamento nas áreas das Paineiras e Carioca. Seguiu-se a este ato a desapropriação destas terras para proteção de suas matas dos mananciais e do sistema de abastecimento instalado. O reflorestamento das áreas já devastadas teve início em 1861 sob a condução do Major Manoel Acher e do Administrador Thomás Nogueira da Gama. Na capital, esta louvável medida propiciou a recuperação das florestas da região da Tijuca, Sumaré e Paineiras e garantiu a preservação dos mananciais e a amenização do clima, contribuindo muitíssimo para a beleza natural da cidade. Em outros municípios as matas dos mananciais são também locais de preservação da natureza e de lazer.
Fonte: Inepac.

As fichas do Inventário, em geral, contêm as seguintes informações:
 descrição da ambiência;
 descrição das características arquitetônicas;
 descrição do estado de conservação;
 informações sobre a situação fundiária;
 histórico do bem e
 documentação fotográfica, assinalando os problemas identificados.

Além das visitas aos reservatórios, foram também utilizadas informações advindas dos
processos de tombamento, acrescidas de outras obtidas através de pesquisas sumárias nas
seguintes instituições:
 CEDAE: Divisão de Patrimônio e Setor de Cadastro.
 Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
 Arquivo Nacional.
 Arquivo da Cidade.
 Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro.

CONJUNTO:
Niterói – Reservatório da Correção
Rio de Janeiro – Açude do Pau da Fome
Rio de Janeiro – Caixa da Mãe D’água
Rio de Janeiro – Represa do Rio Cabeças
Rio de Janeiro – Represa e Açude do Camorim
Rio de Janeiro – Reservatório Caixa Nova da Tijuca
Rio de Janeiro – Reservatório Caixa Velha da Tijuca
Rio de Janeiro – Reservatório da Penha
Rio de Janeiro – Reservatório da Quinta da Boa Vista
Rio de Janeiro – Reservatório de Paquetá
Rio de Janeiro – Reservatório do Cantagalo
Rio de Janeiro – Reservatório do França
Rio de Janeiro – Reservatório do Livramento
Rio de Janeiro – Reservatório do Morro de São Bento
Rio de Janeiro – Reservatório do Morro do Pinto
Rio de Janeiro – Reservatório do Pedregulho
Rio de Janeiro – Reservatório do Tanque
Rio de Janeiro – Reservatório dos Macacos e Açude
Rio de Janeiro – Reservatório Francisco Sá
Rio de Janeiro – Reservatório Monteiro de Barros
Rio de Janeiro – Reservatório Morro da Viúva
Rio de Janeiro – Reservatório Morro do Inglês
Rio de Janeiro – Reservatório Vitor Konder


1 comments

  1. Onde hj é o hospital da polícia militar no bairro do Estácio,era uma caixa d’água? Então é um reservatório? Mas não acho nada nas minhas pesquisas!!

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