Rio de Janeiro – Fortaleza de São José: portão e frontispício da Capela de São José


Imagem: Google Street View

A Fortaleza de São José: portão e frontispício da Capela de São José, em Rio de Janeiro-RJ, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Fortaleza de São José: frontispício da Capela de São José
Outros Nomes: Fortaleza de São José da Ilha das Cobras
Localização: Ilha das Cobras – Rio de Janeiro-RJ
Número do Processo: 466-T
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 310, de 11/1952 e 02/1955
Uso Atual: Hospital Central da Marinha

Descrição: A fortaleza de São José na Ilha das Cobras foi construída por Duguay-Trauin em 1711. Remodelada e ampliada em 1736, durante a gestão de Gomes Freire de Andrada. Desarmada passou à Prisão Civil em 1831. Faz parte da série de planos de fortificações remetida para o Reino em 1789 pelo Vice-Rei Luís de Vasconcelos e Sousa.
No que tange à contextualização histórica, devemos salientar que Nicolau Durand de Villegagnon (1510-1572) recebeu de Henrique II o título de vice-almirante da Bretanha. Em 1550, ele traçou planos para estabelecer uma colônia na baía de Guanabara, contando com o apoio do almirante Coligny, chefe do partido protestante, inspirou a política colonial da França e defendeu a ideia de um estabelecimento permanente e fortificado e permanente na América do Sul, além disso, vislumbrava um lugar onde os huguenotes viveriam livres da perseguição religiosa. De acordo com a historiadora Armelle Enders a baía do Rio de Janeiro prestava-se a este projeto, pois ficava situada na rota do estuário do rio da Prata e, conseqüentemente, do Alto Peru e de Potosí, cujas minas eram exploradas pelos espanhóis desde 1545.
Houve contribuição de Henrique II que incentivou a conquista, segundo Sérgio Buarque de Holanda, o rei cedeu a Villegagnon recursos financeiros, duas naus bem artilhadas, além de abundante artilharia, pólvora e tudo quanto fosse preciso para a construção e defesa de um forte. Os franceses tiveram o apoio dos índios Tupinambás que, junto com outras nações indígenas, guerrearam contra os portugueses. A união das tribos indígenas contra os portugueses ficou conhecida como a Confederação dos Tamoios.
Em 1555 fundou-se a França Antártica. A partir desta data, Villegagnon ganhou o título de vice-rei do Brasil, e ordenou a construção do forte de Coligny. A França Antártica viveu dilacerada pelas disputas teológicas em torno da eucaristia. Os católicos defendiam a eucaristia como real transubstanciação do corpo de Cristo, e os huguenotes consideravam-na apenas o seu valor simbólico. Segundo Ronaldo Vainfas, as querelas finalizaram com a perseguição do credo reformado e a morte dos dissidentes.
Fonte: Biblioteca Nacional.

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