Rio de Janeiro – Igreja da Candelária


Imagem: Secretaria de Estado de Cultura

A Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro-RJ, similar à Basílica da Estrela, de Lisboa. A construção iniciou em 1775 e a primeira missa ocorreu em 1811.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja da Candelária
Localização: Praça Pio X, Centro – Rio de Janeiro – RJ
Número do Processo: 51-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 12, de 14/04/1938
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: A Irmandade de Nossa Senhora da Candelária foi instituída na antiga Matriz de São Sebastião, localizada no Morro do Castelo. Durante a primeira metade do século XVII, foi erguida no mesmo local onde hoje se encontra, a primitiva capela, que no ano de 1768 encontrava-se em ruínas.
A atual Igreja apresenta um aspecto similar à Basílica da Estrela, localizada em Lisboa. Teve sua construção iniciada em 1775, estendendo-se até o século XIX. Em 1811, foi celebrada a primeira missa e somente em 1898 foi inaugurada com as novas obras complementares. O projeto original é atribuído ao Engenheiro Militar Francisco José Roscio.
A igreja, que constitui hoje, obra predominante do século XIX, com três naves, transepto, cúpula no cruzeiro e ampla capela-mor. Podem ser assinalados três períodos de obras: barroco – frontaria e transepto; neoclássico – cúpula e decoração interior; eclético – corredores laterais. Durante todo período do século passado em que sofreu reformas, nelas atuaram vários arquitetos e engenheiros, dentre os quais podemos citar Pedro Bellegarde, Job Justino de Alcântara, Jacinto Rebêlo, Bittencourt da Silva e Gustavo Weschneldt, tendo sido as obras de escultura, inclusive balaustrada, encomendadas em Portugal.
Na fachada principal, observamos grandes espaços revestidos de cantaria, além do emolduramento das portas, janelas, do frontão triangular, pilastras aparentes, a cimalha e, ainda, de detalhes ornamentais acrescidos. O coroamento bulboso das duas torres sineiras é revestido por azulejos. Destacam-se a grande cúpula do cruzeiro, projetada pelo Engenheiro Gustavo Waenhneldt e concluída em 1877, as oito esculturas em mármore branco, esculpidas em Lisboa e localizadas à volta do tambor da cúpula. As portas da Igreja, uma principal e duas laterais, são em estilo Luís XV, em bronze, esculpidas por Teixeira Lopes e representam uma alegoria ao Santíssimo Sacramento.
O espaço interno da Igreja é formado por planta em cruz latina. No ano de 1878, foram acrescidas duas naves laterais pelo Arquiteto Antônio de Paula Freitas. O revestimento das paredes e os altares foi realizado em mármore, evidenciando influência da arte italiana. Os púlpitos foram feitos em bronze pelo escultor Rodolfo Pinto do Couto e inaugurados em 1931. A decoração da cúpula foi realizada em fins do século XIX, com pinturas de João Zeferino da Costa e estuques de Alves Meira.
Fonte: Iphan.

MAQUETE VOLUMÉTRICA:

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Secretaria de Estado de Cultura
Patrimônio Espiritual
Oliveira; Justiano v1
Oliveira; Justiano v2, p. 49


Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.