Rio de Janeiro – Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo


Imagem: Oliveira; Justiniano, p. 68

A Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, em Rio de Janeiro-RJ, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (rerratificação incluiu a Igreja da Ordem 3ª de N. S. do Carmo e as edificações anexas à Igreja: Hospital da Ordem, atual sede do Museu de Arte Sacra e os imóveis nº 46, 48, 50, 52 e 54, situados na Rua do Carmo)
Localização: R. Primeiro de Março, Centro – Rio de Janeiro – RJ
Número do Processo: 24-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 13, de 20/04/1938
Uso Atual: Museu da Ordem Terceira do Carmo.

Descrição: A Ordem Terceira do Carmo, fundada em 1648, depois de se instalar provisoriamente numa ermida, deu início, em 1755, à construção de sua igreja, ao lado da que era conventual, com frente para a Rua Direita atual Primeiro de Março. Edificada por Mestre Manuel Alves Setúbal, foi sagrada em 1770. Os campanários das torres só ficaram prontos em 1850, feitos segundo risco do professor da Academia de Belas Artes, Manoel Joaquim de Melo Côrte Real.
Templo de uma só nave e capela-mor profunda, é ladeado à direita por uma galeria que termina na sacristia e que se abre em arcada para um beco de passagem; pela esquerda, por um corredor que termina na capela do noviciado, executada por Mestre Valentim, em estilo rococó. A fachada de primorosa cantaria é encimada por frontão barroco, forte e ondulado, e pelos já referidas sineiras, de construção tardia, e que possuem arremates bulbosos revestidos de azulejos. A portada de lioz da frontaria, vinda de Lisboa, foi benta em 1761 e apresenta notável medalhão com imagem da Virgem que, segundo Lúcio Costa, teria influenciado o risco de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, para as portadas das igrejas dos Terceiros de São Francisco de Ouro Preto e São João del Rei.
Internamente, a talha foi executada por Luís da Fonseca Rosa e Mestre Valentim, seu discípulo. O altar-mor, do século XVIII, tem frontal e contrafrontal de prata. Os altares laterais estão iluminados por lampários de prata, desenhados por Mestre Valentim. Na sacristia, destacam-se o arcaz, o altar de São Miguel e um lavabo de mármore, obra, também, de Mestre Valentim. A Capela do Noviciado, com talha de Mestre Valentim, destaca-se das demais capelas cariocas pela graça, elegância e unidade de composição, apresentando nas ilhargas pinturas de autoria desconhecida. Nas dependências do segundo pavimento da igreja, arranjadas parcialmente como museu, encontram-se peças de grande valor artístico e histórico, como pinturas, pratarias, imagens, móveis, objetos de culto e um valiosíssimo andor de Nossa Senhora do Carmo.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio Espiritual
Patrimônio de Influência Portuguesa
Oliveira; Justiano v1
Oliveira; Justiano v2, p. 69


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