Sabará – Antiga Real Intendência do Ouro


Imagem: Museu do Ouro

A Antiga Real Intendência do Ouro, em Sabará-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa à Rua da Intendência, antiga sede da Real Intendência do Ouro e atual Museu do Ouro
Localização: Rua da Intendência, nº 264 – Centro – Sabará – MG
Número do Processo: 429-T
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 279, de 28/06/1950
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 384, de 28/06/1950

Descrição: O prédio ocupado pelo Museu do Ouro, foi anteriormente a sede da Casa da Intendência e Fundição da Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, tendo sido construído em 1730 pelo mestre de campo Faustino Rabelo Barbosa. Após a extinção da Fundição, pelo Imperador D. Pedro II em 1833, o casarão ficou abandonado até fins do século XIX. Levado a leilão, acabou sendo arrematado pelo Comendador Francisco de Paula Rocha que fez funcionar no local um colégio. Com a sua morte seus descendentes venderam o imóvel à Companhia Siderúrgica Belgo Mineira. Em 1938, o dirigente da empresa, Dr. Luís Ensch fez a doação do mesmo ao Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, antigo IBPC. Depois de passar por obras gerais de restauração, preservando grande parte de suas linhas originais, o imóvel, único exemplar remanescente de Casa de Intendência no Brasil, se transformou em sede do Museu do Ouro, através do Decreto-Lei nº 7483, de 23 de abril de 1945, sendo inaugurado a 16 de maio de 1946.
O Museu tem como finalidade reunir objetos de valor histórico e artístico relacionados com a indústria da mineração, resgatando, dessa forma, os aspectos principais da sua evolução e técnica, como também a sua influência no desenvolvimento econômico e na formação social de Minas Gerais e do Brasil. No térreo, encontra-se o acervo arquivístico constituído pela documentação relativa ao trabalho minerador propriamente dito e, no segundo pavimento, o mobiliário e peças de arte sacra. Desta forma, o museu retrata a antiga condição de residência do Intendente, que residia na parte superior do imóvel, sendo a inferior destinada a Intendência e a Fundição.
Entre os objeto do acervo museológico, destacam-se a mais antiga prensa de cunhar barras, datada de 1670 e as peças de arte sacra e prataria. Entre as peças de ouro, cabe destacar uma barra de ouro com cerca de um quilo, quinhentos e cinqüenta gramas, por constituir o maior exemplar da fase colonial. No pátio dos fundos, uma peça de interesse é o engenho de triturar minério, movida a água, construído e projetado pelo Barão de Eschwege, no século XIX.
O acervo arquivístico, ampliado gradativamente, aproxima-se de 80.000 documentos, grande parte destes pertencentes à Comarca do Rio das Velhas, uma das quatro criadas no território da mineração, com sede na antiga Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. O acervo bibliográfico possui vasto material especializado sobre o ciclo do ouro, incluindo-se valiosa coleção de obras raras. O museu conta ainda com maquetes que reconstituem de forma didática o trabalho da mineração, além de uma coleção de minérios que fornece amostras do solo.
O imóvel ocupa uma área de aproximadamente 1.510,00 m2 , sendo 555,96 m2 de área construída. Trata-se de uma construção de adobe, apresentando piso do primeiro pavimento em seixos rolados Possui magnífico pátio interno avarandado e sala principal com teto pintado simbolizando os quatro continentes. A edificação conserva suas características primitivas, marcadas pela simplicidade e despojamento.
Texto extraído de: IPHAN. 13ª Coordenação Regional. Museus e Casas Históricas. 1995.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

VÍDEO:

Fonte: TV Brasil.

MAIS INFORMAÇÕES:
Fonseca, Menezes, p. 30
Patrimônio de Influência Portuguesa


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