Salvador – Antiga Fábrica São Brás


Imagem: Sipac

A Antiga Fábrica São Brás, em Salvador-BA, encontra-se desativada desde 1968. No local existiu a tapera do chefe Mirangaoba, transformada no primeiro aldeamento indígena promovido pelos jesuítas no Brasil.

IPAC-BA – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
Nome atribuído: Antiga Fábrica São Brás
Localização: R. Almeida Brandão, nº 63 – Plataforma – Subúrbio Ferroviário – Salvador-BA
Território de Identidade: Metropolitano de Salvador
Processo de Tombamento: Nº 003/1997
Resolução de Tombamento: Nº 8.357/02, de 05/11/2002
Livro do Tombo dos Bens Imóveis: Inscr. nº 54
Estado de conservação: Em processo de arruinamento.
Observação: Entorno protegido – Raio de 200 m – Situada no bairro de Plataforma, voltada para a Baía de Todos os Santos, próxima à Enseada do Cabrito, nos limites do Parque Metropolitano de Pirajá, a Fábrica São Braz encontra-se desativada desde 1968.

Descrição: Situada no bairro de Plataforma, voltada para a Baía de Todos os Santos, próxima à Enseada do Cabrito, nos limites do Parque Metropolitano de Pirajá, a Fábrica São Braz encontra-se desativada desde 1968. A importância do sítio em que está localizada a Fábrica remonta a época da colonização. Nesse local existiu a tapera do chefe Mirangaoba, senhor da aldeia de São João que no início da colonização foi transformada no primeiro aldeamento indígena promovido pelos jesuítas no Brasil. A Fábrica São Braz foi construída sobre o local onde existiu um engenho de açúcar, provavelmente o Engenho São João. Neste engenho, o Padre Antônio Vieira proferiu sermão dirigido à Irmandade dos Pretos de Nossa Senhora do Rosário. Além disso, o território onde se encontra a fábrica assistiu às invasões holandesas no século XVII, e às investidas dos portugueses nas batalhas pela independência da Bahia. A Fábrica São Braz pertenceu à CIA Progresso e União Fabril, de propriedade do senhor Bernardo Martins Catharino desde 1932 e tinha seu escritório localizado à Avenida Estados Unido, no Edifício União.
Fonte: Ipac-BA.

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SIPAC
M. Elena Castore


3 comments

  1. PAULO DE TARSO VELLANES |

    Esse local precisa com urgência de uma intervenção. Poderia ser um centro cultural com restaurantes, espaços para apresentações culturais, Faculdade ou escola profissionalizante e o memorial da fábrica.

  2. PAULO DE TARSO VELLANES |

    A proximidade com o bairro da Ribeira através da lancha Plataforma/Ribeira, e o VLT que vai substituir o trem, facilitará o projeto de revitalização da área. O Subúrbio precisa de iniciativas que expandam a região gerando emprego, cultura, educação e lazer para sua população.

  3. Denise Helena Pereira Laranjeira |

    Concordando com Paulo Vellanes, o destino da antiga fábrica de tecidos, patrimônio secular como a própria linha do trem no subúrbio ferroviário, deveriam ter sido prioridade há muito tempo na pauta de governantes. Temos exemplos na cidade de Porto Alegre que mostram a viabilidade de projetos culturais, artísticos e educativos em antigas fábricas que foram restauradas. De fato, para proteger é preciso amar e conhecer o patrimônio da cidade. Alternativas de inclusão social econômica e cultural são urgentes e necessárias no subúrbio. A localização da fábrica junto ao mar é privilegiada, uma paisagem única na cidade de Salvador. Bom lembrar do Acervo da Laje coordenado por José Eduardo Ferreira a ser melhor conhecido e que vem dando visibilidade à produção artística no mesmo território. Enfim, a preservação da memória é parte fundamental da nossa identidade.

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