Salvador – Terreiro do Alaketo, Ilê Maroiá Láji


Imagem: UFBA

O Terreiro do Alaketu, ou Ilê Maroiá Láji, foi fundado há mais de trezentos anos, por uma africana, Otampê Ojaró, membro da família real de Ketu.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Terreiro do Alaketo, Ilê Maroiá Láji
Localização: Beco do Alaketu, Salvador-BA
Número do Processo: 1481-T-2001
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscrito em 09/2008
Livro do Tombo Histórico: Inscrito em 09/2008
Observação: Os terreiros foram localizados em áreas vazias do
terreno urbano para segurança dos mesmos, buscando evitar
crimes de ódio religioso.

Descrição: O mito fundador do Terreiro do Alaketu, ou Ilê Maroiá Láji, transmitido pela tradição oral, conta que este foi fundado há mais de trezentos anos, por uma africana, Otampê Ojaró, membro da família real de Ketu, que, ainda criança, foi, juntamente com sua irmã gêmea, raptada e vendida como escrava. No Brasil, assumiu o nome de Maria do Rosário Francisca Régis. Após a alforria, teria voltado à África, casado com Babá Láji, com o qual voltou a Salvador e fundou o terreiro. Assim, o Terreiro do Alaketu seria o mais antigo do Brasil. Contudo, estudos recentes (CASTILLO, 2011; SILVEIRA, 2003) apontam que, embora grande parte da memória oral encontre respalda em documentos e na historiografia, sua data de fundação é mais recente.
Segundo Castillo (2011), com base em documentos levantados em sua pesquisa e em dados historiográficos, pode-se concluir que a origem da fundadora é bastante plausível. O nome do terreiro significaria gente de Ketu, corruptela de ará Ketu, ou então seria uma menção à denominação dada ao rei daquele reino, aláketu. A consagração do terreiro a Oxóssi, talvez a mais importante divindade iorubá, também revela ligações com Ketu. Ainda, “o sobrenome da fundadora do terreiro, Ojaró, é uma das cinco linhagens do reino, mais conhecida como Aro”. (CASTILLO, 2011, p. 218).
Fonte: Fundaj.

VÍDEO:

Fonte: Iphan/RJ.

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