São Bento do Sul – Estação Ferroviária Rio Natal


Imagem: São Bento do Sul em fotos

A Estação Ferroviária Rio Natal, em São Bento do Sul – SC, fez parte da Viação do Paraná-Santa Catarina, única catarinense a ter ligação com as demais ferrovias da rede nacional.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Patrimônio Cultural Ferroviário

Nome Atribuído: Estação Ferroviária de Rio Natal
Localização: Rio Natal – São Bento do Sul-SC
Decreto de Tombamento: Lei nº 11.483/07 e Portaria IPHAN nº 407/2010

FCC – Fundação Catarinense de Cultura
Nome Atribuído: Estação Ferroviária Rio Natal
Localização: Rio Natal – São Bento do Sul-SC
Número do Processo: Nº 066/93
Resolução de Tombamento: Decreto Nº 2.980, de 24/06/1998

Descrição: Edificaçâo de planta retangular, térrea, construída em alvenaria auto-portante rebocada. Possui cobertura em duas águas, com cumeeira paralela aos trilhos. Cimalhas em frisos arrematam os frontões formados pela cobertura nas fachadas laterais, repousando sobre os capitéis das pilastras dos cunhais. Estes frontões recebem na sua base, em alto relevo, o nome da localidade. A proteção para a área externa se dá pela extensão de uma das águas do telhado, sustentada por mãos francesas. Nas laterais, lambrequins em madeira fecham a área triangular superior.
A Rede de Viação do PR-SC, construída entre 1910-13, foi a única rede ferroviária a ter ligação com as ferrovias de rede nacional e considerada estrategicamente a mais importante do estado. A Estação Rio Natal era ponto de abastecimento obrigatório das locomotivas a vapor que ali se abasteciam de lenha e água para seguir em direção a Rio Vermelho ou Corupá.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A rede de Viação do Paraná-Santa Catarina foi a única rede ferroviária catarinense a ter ligação com as demais ferrovias da rede nacional. Fato que a levou a ser considerada a mais importante para o estado, estrategicamente. Construída entre 1910 e 1913, representava a única opção de transporte confiável na região, já que não havia estradas que vencessem as dificuldades da serra. Foi usada tanto para transporte de carga, quanto pelo catarinenses que desejavam ir a São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Fonte: Placa explicativa afixada no imóvel.

Histórico das ferrovias no Brasil: A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
Fonte: Iphan.

Patrimônio Ferroviário: A Lei 11.483, de 31 de maio de 2007, atribuiu ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Desde então o Instituto avalia, dentre todo o espólio oriundo da extinta RFFSA, quais são os bens detentores de valor histórico, artístico e cultural.
O patrimônio ferroviário oriundo da RFFSA engloba bens imóveis e móveis, incluindo desde edificações como estações, armazéns, rotundas, terrenos e trechos de linha, até material rodante, como locomotivas, vagões, carros de passageiros, maquinário, além de bens móveis como mobiliários, relógios, sinos, telégrafos e acervos documentais. Segundo inventário da ferrovia, são mais de 52 mil bens imóveis e 15 mil bens móveis, classificados como de valor histórico pelo Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Ferroviário (Preserfe), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, instituição até então responsável pela gestão da RFFSA.
A gestão desse acervo constitui uma nova atribuição do Iphan e, para responder à demanda, foi instituída a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, por meio da Portaria Iphan nº 407/2010, com 639 bens inscritos até 15 de dezembro de 2015. Para inscrição na Lista, os bens são avaliados pela equipe técnica da Superintendência do Estado onde estão localizados e, posteriormente, passam por apreciação da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário (CAPCF), cuja decisão é homologada pela Presidência do Iphan.
Os bens não operacionais são transferidos ao Instituto, enquanto bens operacionais continuam sob responsabilidade do DNIT, que atua em parceria com o Iphan visando à preservação desses bens. Esse procedimento aplica-se, exclusivamente, aos bens oriundos do espólio da extinta RFFSA. Os bens que não pertenciam à Rede, quando de sua extinção, não são enquadrados nessa legislação, podendo, entretanto, ser objeto de Tombamento (Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, aplicado a bens móveis e imóveis), ou ao Registro (Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, aplicado ao Patrimônio Cultural Imaterial).
Fonte: Iphan.

CONJUNTO:
Patrimônio cultural ferroviário IPHAN

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS

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Manual Técnico do Patrimônio Ferroviário


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