São João del Rei – Igreja Nossa Senhora do Carmo


Imagem: Iphan

Coube à Irmandade de Nossa Senhora do Carmo a iniciativa de construção da capela que, posteriormente foi substituída pela Igreja Nossa Senhora do Carmo, em São João del Rei – MG.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja Nossa Senhora do Carmo
Localização: Praça do Carmo – São João del Rei – MG
Número do Processo: 172-T-1938
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 90, de 26/07/1938
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 193, de 26/07/1938

Descrição: Coube à Irmandade de Nossa Senhora do Carmo a iniciativa de construção da capela, conforme autorização concedida pelo bispo do Rio de Janeiro, Dom Antônio de Guadalupe, a 10 de dezembro de 1732. Primeiramente foi construída a capela-mor, cuja benção inaugural ocorreu em dezembro de 1734. As obras de construção do restante da igreja, compreendendo a nave, a sacristia e as tribunas, foram concluídas por volta de 1759, sabendo-se que os trabalhos de acabamento e ornamentação se estenderam até princípios do século XIX. Conforme se infere dos Livros de Termos da Irmandade, as obras de pintura do forro da capela-mor foram ajustadas em 1759, com o mestre Estevão de Andrade Silva, e as do forro do corpo com o mestre Braz da Costa. O entalhador Manuel Roiz Coelho arrematou as obras do retábulo, camarins, trono e púlpitos em 1768, tendo a Irmandade dado por concluído os trabalhos em 1773. Mesmo após a conclusão das obras, foram efetuadas mudanças no risco original. Em 1787, foi acertada a execução do frontispício com o mestre Francisco de Lima Cerqueira, cujas obras se estenderam até 1816, cabendo ao mesmo, em 1790, a opção pela forma octogonal das torres, em substituição às formas arredondadas, como previa o projeto original. Mais algumas obras foram realizadas até o ano de 1824, quando finalmente a igreja foi dada como concluída. Pelo menos dois altares laterais da nave foram executados, entre 1884 e 1885, pelo entalhador Joaquim Francisco d’Assis Pereira. O retábulo que compõe a Capela do Santíssimo, teria pertencido à antiga Matriz de Rezende Costa, tendo sido ali instalado em 1940.
A igreja de Nossa Senhora do Carmo apresenta frontispício composto por portada esculpida em pedra, tendo, em alto-relevo, na parte superior, a imagem de Nossa Senhora do Carmo empunhando o escapulário. Acima encontra-se representado o Padre Eterno, com querubins, encimado por coroa e, lateralmente figuras de anjos. Acima e ao lado da portada, duas janelas envidraçadas ,encimadas por pequena cimalha. Duas pilastras de pedra, acham-se dispostas em cada lado do frontispício. As torres são oitavadas, providas de grimpa com esfera armilar servindo de base a uma cruz. O frontão, separado da fachada por cornija, é limitado por curvas emolduradas de pedra, sendo arrematado superiormente por uma cruz.
No interior, o altar-mor, colaterais e arco-cruzeiro são pintados de branco. O retábulo do altar-mor, composto por colunas de ordem compósita, com fuste estriado, é simples e sóbrio, sem excessos de ornatos. Lateralmente é provido de consolos que terminam na cornija. O teto da capela-mor é em arco abatido e constituído por dois painéis. Sobre o dossel dos púlpitos há uma figura de anjo com base ornada por cabeças de querubins. Na tarja do arco-cruzeiro encontra-se a figura de Nossa Senhora com o Menino Jesus, em complicado escudo ornamental de volutas.
Fonte: Iphan.

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