São José dos Campos – Antiga Cadeia de Santana


Imagem: Prefeitura Municipal

A Antiga Cadeia de Santana foi tombada pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos-SP por sua importância cultural para a cidade.

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Antiga Cadeia de Santana
Localização: R. Guarani, n° 141 – Santana – São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: Lei n° 6756/2005

Descrição: Bem da segunda década do séc. XX.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Inaugurado em fevereiro de 1920, o prédio funcionou como cadeia entre as décadas de 1920 e 1950. Teve uma reforma, em 1954, quando passou a ser utilizado como posto de arrecadação municipal. Desde 1974, vem sendo utilizado para reuniões do grupo de jovens católicos de Santana. A edificação é preservada e a reforma agora realizada foi autorizada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Paisagístico e Cultural (Comphac).

Restaurada, reformada e ampliada pela Prefeitura de São José dos Campos, a antiga cadeia de Santana será transformada num espaço multiuso para a comunidade local e da região norte. O novo centro cultural faz parte também da Operação Centro Vivo, que prevê diversas ações de revitalização de área do bairro Santana. A solenidade de entrega da obra à população vai ser no sábado ( 27), às 11h.

A reforma envolveu, além do paisagismo, a troca do telhado e madeiramento, revisão das instalações elétricas e hidráulicas, restauração e substituição das janelas e portas, instalação de piso e revestimento, pintura interna e externa, demolição do anexo do fundo da edificação principal, da edícula lateral e do muro de alvenaria.

O novo espaço será coordenado pela Sociedade de Amigos de Bairro de Santana, que promoverá diversas atividades gratuitas, como cursos profissionalizantes, aulas de inglês e reuniões com os moradores. Outro serviço disponível será o cadastro de currículos de trabalhadores para encaminhamento às empresas. No local, haverá também uma exposição de fotos sobre a história do prédio.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

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