São José dos Campos – Antiga Residência de Genésia B. Tarantino


A Antiga Residência de Genésia B. Tarantino foi tombada pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos-SP por sua importância cultural para a cidade.

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Antiga Residência de Genésia B. Tarantino
Localização: Praça Padre João, n° 22 – Centro -São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: EP-2 – Lei nº 6718/04

Descrição: Bem de 1928.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Genésia nasceu em Santa Branca – SP, em 12 de maio de 1888. Formou-se em Farmácia em 1905, pela Escola de Ouro Preto, e casou-se com o também farmacêutico Aníbal Tarantino.

Em 1905, o casal transferiu-se para Jacareí. Lá, instalaram uma farmácia, permanecendo na cidade por seis anos. Em 1911, transferiram-se para São José dos Campos.

Em São José dos Campos, fundaram a Farmácia São José, em área então nobre da cidade, na esquina da Praça Bento Bueno (atual Praça Padre João) com a rua 15 de Novembro. A farmácia tornou-se importante referência no ramo. Nela eram comercializados, além dos tradicionais medicamentos manipulados, produtos homeopáticos da empresa Almeida Cardoso e Cia, do Rio de Janeiro, e produtos do Laboratório Químico Bérgamo.

Em 1940, a farmácia São José passou a ser administrada pelo filho do casal, o também farmacêutico Annibal Berardinelli Tarantino, que a manteve até 1963.

Foi em 1928 que se iniciou a construção da residência de Genésia, um sobrado com ponto comercial localizado no térreo. Não há registros de que a família tenha residido no local. Segundo Palmyro Masiero, no livro São José dos Campos, de Omar Fonseca (FVE, 1989), por volta do início da década de 1940 residia ali o Dr. José de Camargo Florence, sendo no térreo seu consultório.

Em 1938, foi realizado pedido de ampliação do pavimento superior para construção de copa, cozinha e banheiro. Ainda nesse ano, no ponto comercial do térreo, foi fundada a Loja Primavera, de tecidos, pelos sócios Suleidmann Assad Hatum e Hamid Said Amim, libaneses que tinham possuído anteriormente a Casa Asiática, no bairro de Santana. Suleidmann administrou a loja até 1963, quando os proprietários pediram o imóvel.

Na década de 1960, a antiga residência era sede da Clínica Dentária do Povo, de cunho privado, que atendia as camadas mais populares da comunidade. No final da década funcionou no ponto comercial do térreo a Loja Bata.

Os farmacêuticos tiveram um papel de destaque em São José dos Campos, tanto por sua atuação profissional quanto por representarem um dos polos propulsores da economia. Muitos tornaram-se referências e constituíram famílias “tradicionais” na cidade: além dos Tarantino, os Saloni e os Madureira, entre outros.
Fonte: FCCR.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

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