São José dos Campos – Antigo Depósito de Produtos Acabados


Imagem: Google Street View

O Antigo Depósito de Produtos Acabados foi tombado pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos-SP por sua importância cultural para a cidade.

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Antigo Depósito de Produtos Acabados (situado no Complexo da Tecelagem Paraíba), atual Centro de Formação de Educadores (CEFE)
Localização: Complexo da Tecelagem Paraíba – Av. Olivo Gomes, n° 120 – Bairro de Santana – São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: Lei Municipal n° 7339/07
Uso Atual: Centro de Formação de Educadores (CEFE) – desde 2012

Descrição: Autoria: Rino Levi Arquitetos Associados
Data do projeto: 1970-1972
Fonte: FAU.USP.

Descrição: O Centro de Formação do Educador é um complexo educacional com 14 mil metros de área construída. Trata-se de um centro de estudos com uma cultura de trabalho em colaboração, que promove atividades constantes de interação, comunicação e cooperação entre educadores e deles com os formadores – seja em situações de pesquisa, de elaboração de trabalhos escritos, análise de práticas e debate sobre questões sociais, seja por meio de outros intercâmbios que façam sentido nas práticas de formação profissional.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: No acervo da FAU.USP é possível encontrar as seguintes plantas do projeto:
Fl. 1 – Instalações Hidráulicas – Redes Externas de Esgotos E A.P. – Esc. 1:100 (Obra 09, Folha H3, 17/04/71) – Substituição de Planta Aprovada – Construção de Depósito (Igual À Fl. 27 do V.2 do Tombo P30095).
Fl. 2 – Depósito de Produtos Acabados – Fachada Lateral – Detalhes de Fachada – Detalhes de Cobertura – Esc. 1:100, 1:5, Contém: Fachada Lateral (Esc. 1:100), Detalhes A, B, C, D E Ee (Esc. 1:5), Vista do Detalhe A (Esc. 1:5) – (Folha 5 – 5/11/70) (Igual À Fl. 16 do V.2 do Tombo P30095)
Fl. 3 – Depósito de Produtos Acabados – Planta, Cortes, Fachadas E Detalhes da Portaria – Esc. 1:50, 1:5. Contém: Cortes Aa E Bb (Esc. 1:50), Detalhes 1, 2, 3 E 4 (Esc. 1:5), Fachadas Principal E Lateral (Esc. 1:50) – (Folha 7 – 5/2/1971) (Igual À Fl. 20 do V. 2 do Tombo P30095)
Fl. 4 – Depósito de Produtos Acabados – Marcenaria – Esc. 1:20, 1:5, 1:1, Tipos 1, 2, 3 E 4. (Fl. 10 – 10/02/71)
Fl. 5 – Depósito de Produtos Acabados – Serralheria – Portas – Esc. 1:20 – 1:1 (Fl. 11 – 7/1/72)
Fonte: FAU.USP – http://acervos.fau.usp.br/s/acervos/item/5806.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

CONJUNTOS:
São José dos Campos – Antigo Depósito de Produtos Acabados
São José dos Campos – Conjunto da Tecelagem Parahyba
São José dos Campos – Macaúbas da Tecelagem Parahyba
São José dos Campos – Palmeiras da Tecelagem Parahyba
São José dos Campos – Seafórtias da Tecelagem Parahyba

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