São José dos Campos – Capela Nossa Senhora Aparecida


Imagem: Prefeitura Municipal

A Capela Nossa Senhora Aparecida foi tombada pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos-SP por sua importância cultural para a cidade.

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Capela Nossa Senhora Aparecida
Localização: Travessa Chico Luiz, n° 67 – Centro – São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: EP-1 – Lei Municipal n° 3366/88

Descrição: Bem de 1908.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A Capela de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi construída em 1908, próximo ao mercado municipal. Neste local já houvera uma capelinha de mesmo nome, a capela da sede da chácara pertencente à família Cursino. O terreno para a construção da primeira capela fora doado por Manoela Maria de Jesus, sogra de Francisco Alves da Silva Cursino, para Nossa Senhora de Aparecida. Essa era uma atitude comum no Brasil, a doação de uma capela a um santo. Era feita em cartório, havendo uma escritura de doação – no caso, em nome de Nossa Senhora Aparecida.

Em 1906, Manoela de Jesus também doou com o mesmo fim um prédio que faz divisa com a lateral esquerda da capela. Este quarteirão passou a ser de propriedade da capela e a ser administrado pelo zelador por ela indicado. Com os recursos vindos dos aluguéis do prédio construiu-se uma capela maior no lugar da antiga.

Em frente a ela havia um largo, chamado de Largo d’Aparecida, com um bebedouro para os burros de tropas, cavalos e bois de carro que vinham da zona rural e das Minas Gerais trazendo produtos hortifrutigranjeiros para a venda no mercado.

Nesta capela eram realizadas festas, terços, reuniões e catecismo. Também eram realizadas atividades para a igreja matriz, como curso de 1ª Comunhão, ministrado pela Dra. Dirce de Melo. Havia ali uma sala de milagres e várias imagens de santos, que tinham sido doadas ao longo do tempo.

Foram oito os zeladores que cuidaram da capela enquanto era particular, todos fazendo parte da família Cursino. Em 1949, estando na zeladoria Francisco Cursino Andrade, bisneto de Manoela, promoveu este uma série de reformas nos prédios ligados à capela (antigos nºs 15 e 17) e nela própria, por estarem em condições precárias.

Na década de 1980, foi a capela doada à Mitra Diocesana de Taubaté, com a condição de lá serem realizadas missas pela paróquia da matriz. Passou então a receber a visita de um pároco para celebrar missas e também para sediar reuniões da Sociedade São Vicente de Paula. A Mitra de Taubaté começou a utilizar o salão comercial ao lado da Capela (salão esse cuja renda era revertida para a construção da diocese de São José dos Campos – Igreja São Dimas) e o transferiu a Manoel Pereira, restando à Capela Nossa Senhora Aparecida somente a área onde está construída e o jardim à sua frente. Naquele salão passou a funcionar uma gráfica. Tempos depois, foi demolido, transformando-se num estacionamento

Em 11 de Agosto de 1988, a capela se tornou um prédio preservado de categoria EP-1, através da Lei Municipal N.º 3.366/88.

Em 27 de Novembro de 1997, foi realizada uma permuta que estabeleceu a propriedade e responsabilidade da área da igreja e edificação ao poder público.

O DPH, em 1998, executou um sistema de travamento nas paredes, através de uma cinta de concreto, e fez também projeto de restauração para a capela.

Em 2003, foi executada a consolidação estrutural da capela, a troca da cobertura a reconstrução do arco cruzeiro, a troca do piso e de parte das esquadrias, e foram refeitos os revestimentos interno e externo, excetuando-se as modernaturas. Em 2004, foi iniciada a restauração da Capela pela empresa Sudeste Engenharia com acompanhamento do DPH, sendo ela entregue à população em 2005.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

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