São José dos Campos – Capela Nossa Senhora da Saúde, Cruzeiro e Jardim


Imagem: Google Street View

A Capela Nossa Senhora da Saúde, Cruzeiro e Jardim foi tombada pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos-SP por sua importância cultural para a cidade.

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Capela Nossa Senhora da Saúde, Cruzeiro e Jardim
Localização: Sanatório Antoninho da Rocha Marmo – Av. Heitor Villa Lobos, n° 1961 – Vila Betânia – São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: EP-1 e SP – Lei nº 6722/04

Descrição: Bem de 1952.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A Capela Nossa Senhora da Saúde teria sido construída em favor de Nossa Senhora da Saúde devido ao fato de Antoninho ser dessa devoção. Foi construída ainda em 1952, ao lado do pavilhão do refeitório, com acesso através de um hall, onde encontramos um painel de azulejos com a imagem do Antoninho, em tons de azul.

A capela apresenta conjunto arquitetônico próprio em estilo neobarroco. Possui um largo frontal (átrio), com cruzeiro característico do barroco mineiro.

Vários elementos compositivos foram doados por famílias paulistas e cariocas, como os vitrais e os bancos. Os vitrais executados pela “Vitrais Conrado Sorgenicht S.A.”, foram doados pelas famílias Lahud e Cibin.

Na fachada frontal, acima do portal, encontramos uma gravura doada por Z. Piegas feita em mosaico de cerâmica esmaltada, feita por uma firma de São Caetano.

Em 1999, foi realizada restauração, sendo acompanhada por profissionais contratados pela própria Irmandade. Naquele momento foram feitas a troca do forro de estuque e a instalação de uma laje.
Fonte: FCCR.

Sanatório Antoninho da Rocha Marmo: Antoninho da Rocha Marmo nasceu em 19 de outubro de 1918, em São Paulo, e faleceu em 12 de dezembro de 1930, com apenas doze anos, vítima de tuberculose pulmonar. Embora não reconhecido oficialmente pela Igreja Católica, é considerado e chamado de “Santo Antoninho”, devido aos vários milagres a ele atribuídos.

Em sua história de vida, é difícil separar o que é fato do que é lenda. Conta-se, por exemplo, que Antoninho costumava celebrar missas num pequeno altar construído por ele, vestindo paramentos que recebera de presente do bispo da Diocese de Taubaté, “Dom Epaminondas Nunes D’Avila e Silva”, paramentos que haviam sido usados pelo próprio bispo.

Seja como for, tendo contraído a tuberculose, Antoninho veio morar em São José dos Campos. Por decisão dos pais, foi transferido para Campos do Jordão, mas não se adaptou ao clima e foi trazido de volta.

A história encontrada nos sites da internet em torno de sua vida e da construção do Sanatório Antoninho da Rocha Marmo diz que o prédio teve o seu início num desejo do próprio Antoninho, que teria indicado para os seus pais um terreno em São José dos Campos onde eles deveriam construir um hospital para tratamento das crianças vítimas da tuberculose. Onze anos após a morte do menino (1941), sua mãe, juntamente com um grupo de senhoras das capitais paulista e carioca, formou a Associação Sanatório Antoninho da Rocha Marmo, com sede em São Paulo, com a intenção de arrecadar fundos para construir um sanatório específico para crianças carentes.

Contou com a ajuda das freiras da Congregação das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que cuidava de crianças desamparadas, especialmente órfãs de pais tuberculosos. Essa instituição veio depois a receber, através de doação, o sanatório infantil como patrimônio.

Implantado na então zona sanatorial, próximo à antiga entrada Rio-São Paulo, o Sanatório Antoninho da Rocha Marmo contava inicialmente com 50.569 m2 de área. Como forma de se manter e angariar fundos, seu território foi fracionado, estando reduzido hoje a 27.770 m2.

Na década de 1980, quando o tratamento e controle da tuberculose passaram à vigilância ambulatorial, houve necessidade de uma reestruturação no atendimento hospitalar, passando o sanatório a atuar como Hospital Infantil de Clínica, recebendo os pacientes da rede pública municipal.

Em julho de 1996, teve início a clínica obstétrica, sendo o hospital de referência regional para pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS – e compondo o Programa Estadual de Referência Hospitalar para o Atendimento à Gestante de Alto Risco.

O sanatório foi projetado para atender inicialmente 52 leitos, com previsão de ampliação dobrando sua capacidade para 104 leitos, dentro do sistema de claustro.

Autor do Projeto: Álvaro Carlos de Arruda Botelho (Arquiteto)
Ano de Construção: 1946
Ano de Inauguração: 1952
Fonte: FCCR.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

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