São José dos Campos – Cine Teatro Benedito Alves da Silva


Imagem: Google Street View

O Cine Teatro Benedito Alves da Silva foi tombado pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos-SP por sua importância cultural para a cidade.

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Cine Teatro Benedito Alves da Silva
Localização: Av. São José, nº 929 – Centro -São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: EP-2 – Lei n° 8571/12

Descrição: Bem de 1950.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Construído entre os anos de 1946 e 1950, por iniciativa do vigário da paróquia, padre João Guimarães. Foi concebido para ser o salão paroquial e denominado “Salão Paroquial São José”. Comportava à época 700 pessoas e era destinado a festas beneficentes e de cunho religioso, tendo espaço de educação religiosa, ambulatório médico e biblioteca. Os recursos para sua construção foram obtidos por meio de doações e festas.

O salão estava inserido no Movimento Circulista da Igreja Católica, que amparava muitas das atividades do Círculo Operário, instituição católica que tinha como objetivo ser o elo entre operários e patrões, com vistas à cooperação entre as classes. O movimento circulista constituía-se em uma série de ações da Igreja Católica para defender a unidade de sua doutrina e, ao mesmo tempo, combater novas ideologias da época, como por exemplo, o comunismo e o anarquismo.

No Salão Paroquial funcionou também o Cine Teatro São José. Na década de 1950 o espaço foi alugado ao Sr. Eduardo Bernini, que lá instalou o Cine Real. Na década de 1970, o Departamento de Cultura da Prefeitura da cidade de São José dos Campos alugou o prédio para realizar atividades teatrais e projeções cinematográficas. Em 1981, o prédio foi declarado de utilidade pública, mas não foi adquirido pela Prefeitura. Em 1986, o Departamento de Cultura foi extinto e foi criada a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funções daquele e passou a utilizar o Cine Teatro Benedito Alves para várias atividades culturais, com destaque para o projeto Cineclube. Na década de 1990, foi desativado, sendo devolvido à Mitra Diocesana. Em 2000, foi integrado ao patrimônio da Prefeitura de São José, através de permuta com a Mitra.

Assim como o Theatro São José (1909), o Cine Paratodos (1941), o Cine Santana (1952), o Cine Real (década de 1950) e o Cine Planetário (década de 1970), entre outros, é parte integrante da memória das atividades artísticas, de lazer e de cultura da cidade.
Fonte: FCCR.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

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