São José dos Campos – Fazenda Sant’Ana


Imagem: Prefeitura Municipal

A Fazenda Sant’Ana, em São José dos Campos-SP, foi descrita pela primeira vez em 1560. Hoje Residência de Olívio Gomes, da Cobertores Parahyba.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído:
Fazenda Sant’Ana Res. Olívio Gomes
Localização:
Av. Sebastião Gualberto, nº 545 – São José dos Campos-SP
Número do Processo: 37352/98
Resolução de Tombamento: Resolução SC-97, de 23/10/2013
Publicação do Diário Oficial: D.O.E. 07/11/2013, p. 72
Livro do Tombo: Nº inscr. 405

COMPHAC – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico,
Paisagístico e Cultural do Município de São José dos Campos-SP
Nome atribuído:
Complexo Formado pela Antiga Tecelagem Parayba e Fazenda Santana do Rio Abaixo
Localização:
Av. Sebastião Gualberto, nº 545 – São José dos Campos-SP
Número do Processo: 37352/98
Resolução de Tombamento: Lei n° 6493/04, de 05 de janeiro de 2004
Livro do Tombo: Nº inscr. 405

Descrição: Integram a ZP os seguintes Setores de Preservação (SP):
I – Setor de Preservação da Tecelagem Paraíba (SP- TP), constituído por conjunto de imóveis destinados a abrigar as atividades industriais, depósito de matéria prima e produtos acabados, setores de administração, oficinas e conjunto de habitações unifamiliares, utilizadas para residência de funcionários, com Inscrição Imobiliária nº 20.016.009.007, localizado à Avenida Sebastião Gualberto, 545, Vila Maria;
II – Setor de Preservação da Residência Olivo Gomes (SP – ROG), constituído por imóvel residencial e anexos, obras de arte, anfiteatro e paisagismo, localizado em área com inscrição no INCRA sob o Código nº 635.197.699.900-1.
Fonte: Lei de Tombamento.

Descrição: O imóvel foi construído em 1951, com projeto do escritório Rino Levi Arquitetos Associados. Representante da terceira fase do modernismo brasileiro, a casa possui grandes vãos para a circulação interna. Seu mobiliário foi projetado exclusivamente como divisória interna pelo arquiteto e moveleiro Zanine Caldas. Destacam-se ainda no prédio a escada em caracol e painéis de azulejos de Roberto Burle Marx.
A Residência e os Jardins de Burle Marx são protegidos por legislação municipal e tombados pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) do Estado de São Paulo.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Também conhecida como Fazenda Tietê ou Guaré, o caminho de Atibaia e de Minas Gerais a Fazenda de Sant’ Ana foi o fruto da colonização portuguesa, sendo assim o mais antigo núcleo de povoamento na cidade ao norte do rio Tietê. A região da propriedade foi citada pela primeira vez em documentos no ano de 1560 pelo padre José de Anchieta. Os colonizadores lusos trouxeram índios escravos, se instalaram juntamente com jesuítas, que já haviam montado um colégio para a catequização. Foram os jesuítas que trouxeram as primeiras melhorias para a fazenda, como o estabelecimento de alguns centros de plantação e criação de animais. Em 1673 a Fazenda de Sant’Ana, propriedade da Companhia de Jesus passou a se desenvolver mais e somente após meio século os padres organizaram-na convenientemente, tornando-se a principal fazenda suburbana do Colégio de São Paulo dos Campos de Piratininga.

A sede da fazenda foi construída em 1734 ficava onde é hoje o CPOR/SP. Em seu auge a propriedade tinha seus limites a partir das imediações do Jardim da Luz, seguindo o rio Guaré (atual Tietê) até a Vila Maria na divisa com Guarulhos seguindo o leito do Tietê até o Rio Jundiaí englobando a Serra da Mantiqueira até Mairiporã.
Após 1768 passou a ser administrada pelo governo da Capitania de São Paulo, sendo fazenda Real, pois o Marquês de Pombal determinou a expulsão de todos os missionários e educadores situados no Reino de Portugal e em suas colônias, confiscando seus bens. Daí em diante a fazenda foi sendo dividida e subdividida, surgindo então o núcleo do atual bairro de Santana.
Fonte: Wikipedia.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Pinto; Castilho; Zanetti
Archdaily
Arquivo.arq
Wikipedia


2 comments

  1. Lucas Emanuel Drugueri |

    Bom dia, tudo bom?, acho que a mae da minha bisavo faleceu na fazenda Santana no ano 1939 aos 81 anos. Ela se chamava Filomena Lecca, exatamente faleceu o dia:28/03/1939, tem como me dizer se isto eh certo?
    Obrigado!
    Lucas

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