São José dos Campos – Igreja de São Benedito


Imagem: Condephaat

A Igreja de São Benedito, em São José dos Campos-SP, começou a ser construída em 1872, como resultado das esmolas e caixinhas que os escravos levavam pela cidade e zona rural.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Igreja de São Benedito
Localização: Praça Afonso Pena, nº 267 – São José dos Campos-SP
Número do Processo: 20993/79
Resolução de Tombamento: Resolução 25, de 25/07/1980
Publicação do Diário Oficial: Poder Executivo, Seção I, 26/07/1980, p. 57
Livro do Tombo Histórico: Nº inscr. 134, p. 25, 29/05/1981

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome atribuído: Igreja de São Benedito
Localização: Praça Afonso Pena, n° 267 – Centro – São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: Lei municipal nº 3143/86

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Quadra que envolve av. Nélson D’Ávila, pça. Afonso Pena, r. Humaitá e r. Dolzani Ricardo (área envoltória da Igreja São Benedito)
Localização: São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: Lei municipal nº 6145/02

Descrição: A Igreja de São Benedito, santo de devoção dos negros, começou a ser construída por volta de 1872, na Praça Cônego Lima, como resultado das esmolas e caixinhas de São Benedito, que os escravos levavam pela cidade e zona rural. Devido à falta de recursos as obras foram interrompidas e posteriormente demolidas por ordem do fazendeiro João Ribeiro que construiu a igreja na Praça Afonso Pena, cuja primeira missa se realizou em 1876. As paredes de taipa de pilão foram executadas por José Vicente, conhecido como Taipeiro, sobre fundação direta. De linhas neoclássicas, possui janelas com guarda-corpos trabalhados, altar-mor em talha de madeira, pintada de branco e com ornamentos em dourado. Sofreu diversas reformas ao longo do tempo.
Fonte: Processo de Tombamento.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

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