São José dos Campos – Praça João Mendes


Imagem: Prefeitura Municipal

A Praça João Mendes foi tombada pela Prefeitura Municipal de São José dos Campos-SP por sua importância cultural para a cidade.

COMPHAC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da cidade de São José dos Campos-SP
Nome Atribuído: Praça João Mendes (Praça do Sapo)
Localização: Praça João Mendes – Centro – São José dos Campos-SP
Resolução de Tombamento: EP-2 – Lei nº 7.043/06

Descrição: Bem de 1943.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A princípio um largo sem ajardinamento, foi denominado informalmente de “Largo ou Praça da Valeriana”, devido ao estabelecimento comercial chamado “Casa Valeriana”, de F. Cardoso & Cia., existente na esquina da Rubião Jr. com a Marechal Floriano Peixoto, onde posteriormente, durante muito tempo, ficou estabelecida a Papelaria Guanabara e atualmente está instalada uma instituição financeira.

Recebeu o nome de Praça Dr. João Mendes em quatro de setembro de 1905, através de projeto de lei da Câmara Municipal. O dr. João Mendes de Almeida foi um importante jurista e vereador da cidade de São Paulo do século 19, que chegou a ser presidente da Câmara. Era pai de João Mendes de Almeida Jr., também importante jurista, que foi membro do Supremo Tribunal Federal. Em 1898, uma importante praça de São Paulo passou a ser também a ser denominada de Praça Dr. João Mendes.

Há referência de que em 1907 formou-se uma associação para tratar do estabelecimento de um teatro na cidade de São José dos Campos. O local sugerido foi a Praça João Mendes, mas esta proposta acabou não sendo realizada.

Provavelmente devido a ser um grande largo vazio, a praço foi palco de vários espetáculos circenses, que ali se instalavam. Até a metade da década de 1920, exibiram-se ali, entre outros, o Circo Sul Americano, o Circo Norte Americano, o Circo Irmãos Abelardo, o Grande Circo Olimecha e o Grande Circo Demóstenes. Após este período, foi a praça Afonso Pena que passou a receber este tipo de espetáculo.

No final da década de 1930 foi realizada uma proposta de ajardinamento, no governo do então prefeito dr. Francisco José Longo. As obras tiveram início, mas foram suspensas por motivos hoje desconhecidos. Na administração do dr. Pedro Poppini Mascarenhas foram retomadas, sendo entregues em 1943. Foram necessários mais de duzentos caminhões de terra para o levantamento do terreno. Foi rebaixado o tanque já existente no local.

Neste ajardinamento foram introduzidos os sapinhos de cimento no chafariz e o caramanchão (pergolado). Por causa dos sapos, passou a ser chamada informalmente de “Praça do Sapo”.

Em foto de 1968, vemos a introdução de um novo desenho de chafariz central e os sapos em funcionamento.

No final da década de 1970, foi realizada proposta de alteração no desenho da Praça, com a introdução do Globo no centro da fonte e o Monumento à Bíblia na lateral da mesma fonte, além da retirada dos sapos. Esta reforma foi inaugurada em 1977. Os sapos, contudo, foram recolocados em seu local original por volta de 1979.

Nas últimas décadas, tivemos a introdução dos sanitários. Com o crescimento do comércio ambulante ao seu redor, esta passa por um estado de abandono, com a perda de seu ajardinamento original e sua função, fruto do processo de degradação do centro da cidade.

É uma das poucas praças que ainda mantém parte de seu ajardinamento original (da década de 40).

Em 2015, passou por completa revitalização, e a fonte voltou a jorrar água pela boca dos sapinhos.
Fonte: FCCR.

Histórico do Município: As origens de São José dos Campos remontam ao final do século 16, quando se formou a Aldeia do Rio Comprido, uma fazenda jesuítica que usava a atividade pecuarista para evitar incursões de bandeirantes. Porém, em 10 de setembro de 1611, a lei que regulamentava os aldeamentos indígenas por parte dos religiosos fez com que os jesuítas fossem expulsos e os aldeãos espalhados.

Os jesuítas voltaram anos mais tarde, estabelecendo-se em uma planície a 15 quilômetros de distância, onde hoje está a Igreja Matriz de São José, no centro. Este núcleo, que deu origem à cidade, tinha clima agradável e ficavam numa posição estratégica em caso de invasões. Novamente a missão passava aos olhares externos como fazenda de gado. Nesse período, a aldeia apresentou sérias dificuldades econômicas por causa do grande fluxo de mão de obra para o trabalho nas minas.

Em 1759, os jesuítas foram expulsos do Brasil, e todas as posses da ordem confiscadas por Portugal. Na mesma época, Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, conhecido como Morgado de Mateus, assumiu o governo de São Paulo, com a incumbência de reerguer a capitania, mera coadjuvante num cenário em que Minas Gerais se destacava pela atividade mineradora. Uma das primeiras providências foi elevar à categoria de vila diversas aldeias, entre elas São José, com o objetivo de aumentar a arrecadação provincial.

Mesmo antes de se tornar freguesia, a aldeia foi transformada em vila em 27 de julho de 1767 com o nome de São José do Paraíba. Foram erguidos o pelourinho e a Câmara Municipal, símbolos que caracterizavam a nova condição. Entretanto, a emancipação política não trouxe grandes benefícios até meados do século 19, quando o município passou a exibir sinais de crescimento econômico, graças à expressiva produção de algodão, exportado para a indústria têxtil inglesa.

Depois de ocupar posição periférica no período áureo do café no Vale do Paraíba, São José dos Campos ganhou destaque nacional na chamada fase sanatorial, quando inúmeros doentes procuravam o clima da cidade em busca de cura para a tuberculose. Gradativamente já estava sendo criada uma estrutura de atendimento, com pensões e repúblicas.

Em 1924 foi inaugurado o Sanatório Vicentina Aranha, o maior do país. Somente em 1935, com os investimentos do governo de Getúlio Vargas e a transformação do município em estância climatérica e hidromineral, o município pôde investir em infraestrutura, principalmente na área de saneamento básico, que no futuro viria a ser um trunfo a mais para a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento industrial.

Entre 1935 a 1958, a cidade foi administrada por prefeitos sanitaristas, nomeados pelo governo estadual. A autonomia para eleger o prefeito foi perdida em 1967, durante o regime militar, e reconquistada em 1978.

O processo de industrialização da de São José dos Campos tomou impulso a partir da instalação, em 1950, do então Centro Técnico Aeroespacial (CTA) – hoje Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – e inauguração da Via Dutra, em 1951. Nas décadas seguintes, com a consolidação da economia industrial, a cidade apresentou crescimento demográfico expressivo, que também acelerou o processo de urbanização.

Nos anos 90 e início do século 21, São José dos Campos passou por um importante incremento no setor terciário. A cidade é um centro regional de compras e serviços, com atendimento a aproximadamente 2 milhões de habitantes do Vale do Paraíba e sul de Minas Gerais.
Fonte: IBGE.

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