São José – Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros


Imagem: Google Street View

A Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros foi tombada pela Prefeitura Municipal de São José-SC por sua importância cultural para a cidade.

SERPPAC – Serviço de Proteção ao Patrimônio Artístico e Cultural
Nome Atribuído: Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros
Localização: R. Frederico Afonso, n° 5545 – Ponta de Baixo – São José-SC
Resolução de Tombamento: Decreto n° 18.700/2005

Descrição: São José preserva desde a colonização, a partir de 1750, uma prática trazida pelos açorianos que fundaram a povoação: a produção de louças e de figurativos de barros. A técnica do torno difundiu-se com muita força e, por mais de 130 anos, diversas olarias concentraram o ofício no Caminho da Ponta de Baixo, passando a tradição para as gerações seguintes praticamente com as mesmas características de trabalho feito ainda hoje no Arquipélago dos Açores.

Muitas famílias josefenses tinham como única fonte de rendimento o trabalho do seu oleiro, o que possibilitou a continuidade dessa arte e expressão da cultura popular. As louças de barro em São José faziam parte do dia a dia doméstico e eram comercializadas junto á concorrência de utensílios industrializados, em ferro esmaltado, alumínio, plástico e inox, a atividade entrou em declínio restando poucos mestres nesta arte milenar. Um desses mestres foi o josefense Sr. Joaquim Antônio de Medeiros.

Sua vida inteira foi dedicada a produção de peças utilitárias – pratos, panelas, canecas, jarros, alguidares, potes, etc – que abasteciam as casas dos moradores da região e cidades vizinhas. Em 1918 tornou-se proprietário de olaria na Ponta de Baixo. Por volta de 1934, construiu uma grande produção, na antiga rua geral, perto da entrada sul da Ponta de Baixo e o estabelecimento se projetou, chegando aos nossos dias sempre em atividade.

Destaca-se a boa cerâmica produzida ali e a edificação singela, porém elegante, instalada sobre um patamar – quase um podium – de frente para a rua e tendo mata ao fundo. A imponência se confirma pela disposição simétrica dos vãos que compõem a fachada principal, onde porta e janelas têm proporções e ritmos equilibrados, típicos da arquitetura tradicional. Em 30 de novembro de 1992, a Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros foi fundada naquela antiga moradia para recuperar, valorizar e repassar ainda mais as técnicas dessa tradicional representação da cultura josefense, prática que se insere no rol das manifestações culturais imateriais mais expressivas do litoral catarinense.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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UDESC
Prefeitura Municipal


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