São Luís – Fonte e Sítio do Mamoim


Fonte: Luiz Antonio Pinheiro

A Fonte e o Sítio do Mamoim, em São Luís-MA, foram tombados por seu valor histórico para o Estado do Maranhão.

SPPHAP – Superintendência de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão
Nome Atribuído: Fonte e Sítio do Mamoim
Localização: Camboa – São Luís-MA
Tipo de bem tombado: Edificação
Resolução de Tombamento: Decreto Estadual n° 9.650, de 10/08/1984, publicado no Diário Oficial de 30/08/1984.
Inscrição no Livro Tombo: Inscrição n° 27, folha n° 06, em 06/09/1984.

Descrição: Segundo Marques (1870, p. 279) a notícia mais antiga que temos da Fonte do Mamoim, uma das muitas que abasteciam São Luís, é de 1796, época em que o Administrador do Quartel do Corpo de Infantaria do Estado, Anacleto Henriques Franco, mandou construir uma muralha em uma das fachadas da fonte onde tinha duas carrancas de onde corria água para o pátio da muralha. Informa ainda o Historiógrafo que a calçada dessa fonte já se encontrava bastante deteriorada nessa época e que a situação da fonte, quase inutilizada, chamava a atenção da Junta Administrativa da Câmara Municipal, que pedia a esta última esmero no cuidado do lugar, o que provavelmente não foi feito tendo em vista que a fonte não existe mais.
Fonte: Heloísa Reis Curvelo Matos.

Descrição: Em relação à fonte do Mamoim, era permitido a qualquer indivíduo receber em vasilhas a água de que necessitasse e lavar suas roupas fora das obras da fonte em qualquer paragem do terreno guardando o indispensável recato.

A Portaria nº 484, da Junta Provisória e Administrativa do Governo, reconhecia que o primeiro e maior dever da Câmara de São Luís era o reparo das fontes, e particularmente das obras da fonte do Mamoim que necessitava de reparos urgentes, pois o último reparo fora realizado em 1809, e justamente era a única que servia aos moradores pobres, que habitavam próximo e nas imediações da dita fonte, cuja qualidade das suas águas atraía grande parte dos moradores da cidade.

Conforme O Conciliador (1822, p. 7), na impossibilidade de liberar o uso privativo da fonte do Mamoim, seria conveniente que o Presidente da Câmara agisse conforme descrito abaixo:

[…] ele seja o primeiro a proibir, que os soldados lavem seus corpos, e roupas junto, e nem dentro do tanque, e bicas da mencionada fonte, podendo os mesmos receber ali com facilidade em vasilhas a água precisa e lavarem ao longo do extenso terreno, que fica fronteiro a fonte, para assim se verificar a [pertenção] dos soldados, o que pode permitir-se sem ofensa pública; em cujos terrenos constando ao Governo que próximo a ela há águas que se podem aproveitar em prol dos indivíduos mencionados, determina a mesma Junta que a Câmara ali mande fazer dois poços ou tanques onde com asseio, e guarda haja maior abundância d’água para uso e serventia dos soldados
e mais moradores da cidade.

Fonte: Luiz Antonio Pinheiro.

Histórico do município: A Fundação oficial data de 1612, quando os franceses passaram a ocupar a região, e ao instalarem o Forte de São Luís, homenagem ao Rei-menino Luís XIII, vindo daí a denominação da cidade.

Sua história urbana possui características da colonização portuguesa, tendo em seu núcleo fundacional reflexos urbanísticos planejados no século XVII, pelo Engenheiro-Mor Frias de Mesquita, traçado quadrilátero ortogonal – de influência espanhola – que se adequa à declividade da área. Este traçado auxiliou na expansão do núcleo central, que continua até hoje. Esta foi uma das características que conferiu à cidade o título de Patrimônio Mundial reconhecido pela UNESCO, em 1997.

Faz parte do seu patrimônio cultural a riqueza de poemas e romances dos seus grandes escritores, tais como Aluísio de Azevedo, Gonçalves Dias, Graça Aranha, dentre outros, o que tornou a cidade conhecida como Atenas Maranhense. Além da literatura, os ritmos cadenciados transbordam alegria e sensualidade, através do tambor de crioula, do reggae e do bumba-meu-boi.

Outro bem patrimonial histórico é revelado através de seus casarões e fachadas azulejares, construções do século XIX, que trouxeram uma peculiaridade especial a São Luís, capital brasileira com maior número de casarões em estilo tradicional português e maior conjunto arquitetônico homogêneo da América Latina.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Luiz Antonio Pinheiro


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