São Luís – Solar da Baronesa de Anajatuba


Imagem: Google Street View

O Solar da Baronesa de Anajatuba, em São Luís-MA, foi tombado por seu valor histórico para o Estado do Maranhão.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Cavalo de Tróia – Casa do Patrimônio em São Luís
Localização: Rua do Giz, n° 235 – São Luis-MA
Número do Processo: 454-T-74
Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: Inscrição n° 513, fl. 15, 13/03/1974
Uso Atual: Sede do Iphan no Maranhão

Descrição: Características construtivas: Mais alta edificação das imediações, apresenta além do pavimento térreo, mais três pavimentos. Sua planta em forma de “L“ apresenta bonito hall de entrada que leva a uma escadaria de madeira e a um pátio interno. Possui esquadrias simétricas guarnecidas por belos e rendilhados balcões metálicos nos pavimentos superiores.

Histórico: O antigo Solar da Baronesa de Anajatuba foi erguido em 1872, tendo sido conhecido como Cavalo de Troia por sua grande altura, na época. Até meados do século XX serviu como residência da Baronesa e de seus descendentes e, posteriormente, sediou agências bancárias. Finalmente, em 1980 é ocupado pelo Iphan.
Fonte: Iphan.

SPPHAP – Superintendência de Proteção ao Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão
Nome Atribuído: Solar da Baronesa de Anajatuba (Sede do Iphan)
Localização: R. 28 de Julho (Antiga Rua do Giz), n° 235 – São Luís-MA
Tipo de bem tombado: Edificação
Resolução de Tombamento: Decreto Estadual n° 7.665, de 23/06/1980, publicado no Diário Oficial de 27/07/1980.
Inscrição no Livro Tombo: Inscrição n° 24, folha n° 05, em 23/08/1984.

Descrição: A Rua do Giz, “começava no largo do Palácio (Pedro II), continuava em declive acentuado até a ladeira do Vira-mundo (rua Humberto de campos), para subir a te a rua Nova da Cascata (Jacinto Maia). Dizemos começava porque o trecho compreendido entre o largo palácio e a rua de Nazaré desapareceu, aterrado para dar lugar a um passeio, em continuação a praça Benedito Leite”. Segundo Lima, “deve o nome [rua do Giz] provavelmente, à íngreme e escorregadia ladeira de argila, que dificultava o trânsito, pelo que recebeu a escadaria que lhe corrigiu o defeito”. Foi chamada também de 28 de Julho, data em que foi proclamada a Adesão da Província à Independência do Império do Brasil.

A Cidade Baixa, onde se encontra a rua do Giz, era importante centro financeiro nas décadas iniciais do século XIX, e local onde se realizavam transações bancárias, de comércio e exportação. A importância da Rua do Giz sempre esteve marcada, segundo relatos de alguns moradores, pela presença de estabelecimentos bancários, da telefônica e, segundo Meireles, “…de residências daqueles que descendiam dos homens bons da terra…”, como a residência da Baronesa de Anajatuba.

Esta importância é ainda mais marcante, quando se observa o estudo realizado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em mapeamento datado de dezembro de 1996, que a predominância dos prédios da rua possui filiação estilística tradicional. A segunda maior incidência de estilos é de prédios  ecléticos, seguidos dos modernos em menor número.

Atualmente, a Rua do Giz é uma das ruas do centro antigo de São Luís, com grande número de bens revitalizados e incluídos no Programa de Preservação do Governo do Estado. Os seus prédios continuam, portanto, sendo sede de órgãos importantes para o desenvolvimento da cidade, a exemplo dos seguintes: CREA – Conselho Regional de engenharia e arquitetura; SPHAN- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; Arquivo Público; Subgerência do Trabalho; CCPDVF – Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho e Fundação José Sarney.
Fonte: Sanadja de Medeiros Souza.

Histórico do município: A Fundação oficial data de 1612, quando os franceses passaram a ocupar a região, e ao instalarem o Forte de São Luís, homenagem ao Rei-menino Luís XIII, vindo daí a denominação da cidade.

Sua história urbana possui características da colonização portuguesa, tendo em seu núcleo fundacional reflexos urbanísticos planejados no século XVII, pelo Engenheiro-Mor Frias de Mesquita, traçado quadrilátero ortogonal – de influência espanhola – que se adequa à declividade da área. Este traçado auxiliou na expansão do núcleo central, que continua até hoje. Esta foi uma das características que conferiu à cidade o título de Patrimônio Mundial reconhecido pela UNESCO, em 1997.

Faz parte do seu patrimônio cultural a riqueza de poemas e romances dos seus grandes escritores, tais como Aluísio de Azevedo, Gonçalves Dias, Graça Aranha, dentre outros, o que tornou a cidade conhecida como Atenas Maranhense. Além da literatura, os ritmos cadenciados transbordam alegria e sensualidade, através do tambor de crioula, do reggae e do bumba-meu-boi.

Outro bem patrimonial histórico é revelado através de seus casarões e fachadas azulejares, construções do século XIX, que trouxeram uma peculiaridade especial a São Luís, capital brasileira com maior número de casarões em estilo tradicional português e maior conjunto arquitetônico homogêneo da América Latina.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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MAIS INFORMAÇÕES:
Sanadja de Medeiros Souza


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