São Paulo – Sede do Sítio Mirim [Ruínas]

Imagem: Yasmin Darviche

A informação mais antiga da Sede do Sítio Mirim, em São Paulo-SP, remonta a 1750, quando aí residiu o guarda-mor Francisco de Godoy Preto.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Sítio Mirim: casa
Localização: R. Dr. Assis Ribeiro, s/n – São Paulo-SP
Número do Processo: 0755-T-65

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Sede do Sítio Mirim
Número do Processo: 22053/82
Resolução de Tombamento: Ex-Officio em 12/05/1982 (Sem Publicação no D.O.E.)
Livro do Tombo Histórico: Nº inscr. 219, p. 62, 19/01/1987

Descrição: A informação mais antiga existente sobre este imóvel remonta a 1750, quando aí residiu o guarda-mor Francisco de Godoy Preto. Porém, não se sabe ao certo a data da construção da casa do sítio, que se constitui em exemplar único no conjunto das casas bandeiristas, por apresentar diferente disposição de planta e de soluções construtivas. Em relação à planta, não existe o grande salão central para o qual se voltavam cômodos localizados em suas laterais, mas uma área interna dividida em pequenos ambientes. Quanto à varanda, apresenta-se em forma de “L”, ao longo de duas fachadas, com uma parede de taipa envolvendo-a em determinados trechos. Construída em taipa de pilão, suas paredes são relativamente delgadas, com 50 cm de espessura e telhados com dupla inclinação. A planta é praticamente retangular, não fosse o cômodo situado fora dele em uma de suas laterais. Em 1945, apresentava-se alterada e em péssimo estado de conservação e, apesar dos trabalhos de consolidação, em 1967, encontra-se em ruínas.
Fonte: Luís Saia.

CONPRESP – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo
Nome atribuído: Sítio Mirim
Localização: R. Dr. Assis Ribeiro, s/n – São Paulo-SP
Resolução de tombamento: Resolução 05, de 05/04/1991

Construção: século XVII
Gestão: Subprefeitura de São Miguel Paulista e Departamento do Patrimônio Histórico de São Paulo
Proteção: Iphan – 1973 | Condephaat – 1982 | Conpresp – 1991
Bibliografa: ALMEIDA, 2016; ARANTES, 1978; MORCELLI, 2013

Descrição: A antiga casa sede do Sítio Mirim é uma construção de meados do século XVII, sua localização é indicadora dos pontos de paragens de tropas e bandeiras nos territórios do caminho que ligavam São Paulo ao Rio de Janeiro. Construída com características típicas da chamada casa bandeirista, era utilizada como local de pouso de viajantes.
Esta antiga casa, juntamente com a Capela de São Miguel Arcanjo e a casa sede da Chácara Biacica, são os três últimos remanescentes coloniais da região, três dos bens mais antigos da cidade de São Paulo. Sua existência pode dar dimensão da importância destas terras para a cidade, como ponto estratégico da colonização. Observadas a partir de sua distribuição espacial, evidenciam o caminho leste-oeste, seguindo a várzea do rio Tietê, utilizado como rota para o Rio de Janeiro.
Atualmente, o local citado como Sítio Mirim compõe o que são os remanescentes das paredes da casa, construída em taipa de pilão. Estas ruínas podem ser consideradas um exemplo de descaso com o patrimônio.
A casa foi tombada em 1973 pelo Iphan, representando a importância da tipologia da casa bandeirista para o órgão. Porém, em 1975 foi desapropriada pela prefeitura. A família que morava ali procurava manter a casa, realizando como podia ações de manutenção, entretanto, estas ações não foram sufcientes para conter os problemas estruturais que o bem já apresentava.
Após a desocupação, a casa e o terreno do entorno entraram em profundo processo de degradação devido ao abandono, resultando em um espaço sem uso defnido, por isso se tornou objeto de disputas. Uma construtora elaborou um projeto de uso do terreno, incluindo a demolição da casa, que foi negado pelo Iphan. Porém, nenhuma medida efetiva foi tomada além do cercamento do espaço com grades, em 2015. Nem mesmo os tombamentos por parte do estado e do município foram efetivos no sentido de sua preservação.
Além disso, o entorno das ruínas do sítio é composto por uma densa ocupação urbana com pessoas de baixa renda que não têm qualquer relação de pertencimento com o bem. Porém poucas são as medidas que buscam preservar estes remanescentes, e criar meios que incluam efetivamente a população em políticas de uso e sua consequente preservação.
Fonte: Yasmin Darviche.

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