Serro – Casa dos Ottoni


Imagem: Ibram

A Casa dos Ottoni, em Serro-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Casa dos Ottoni
Localização: Praça Cristiano Ottoni, nº 72 – Serro – MG
Número do Processo: 425-T-
Livro do Tombo Histórico: Inscr. nº 270, de 28/04/1950
Uso Atual: Museu Regional do Serro

Descrição: Presumivelmente construída ainda no século XVIII, sua importância histórica está ligada à família dos Ottoni, ilustre clã descendente ao mesmo tempo de italianos e de um ramo da família do bandeirante paulista Fernão Dias Paes Leme. A origem da família no Serro se deve ao oficial da Casa de Fundição da antiga Vila do Príncipe, Manuel Vieira Ottoni, cujos vários descendentes se destacariam na vida pública, dentre eles, seus netos Teófilo Ottoni, líder político e revolucionário, e Cristiano Ottoni, um dos primeiros diretores da antiga Estrada de Ferro Pedro II, depois Central do Brasil, ambos naturais do Serro. Teófilo Ottoni foi uma das mais notáveis figuras políticas do Império, destacando-se pela atuação à frente da Revolução Liberal de 1842. Foi o fundador da cidade que hoje tem o seu nome. A casa onde nasceu no Serro, conhecida como Casa dos Ottoni, foi doada pela família, em princípios deste século, para instalação de um Patronato Agrícola.
É uma construção de aparência simples, com estrutura autônoma de madeira, de acordo com a tradição da região, lembrando os velhos solares rurais mineiros. Situada à rua General Pedra, próximo à Igreja de Matozinhos, com extensa área de terreno aos fundos, apresenta forma parcialmente assobradada, em razão do aclive da rua. A fachada é composta por três portas, sendo uma de acesso ao primeiro piso e outra ao jardim lateral. Na parte superior, apresenta três pares de janelas do tipo guilhotina e uma pequena abertura envidraçada para iluminação. Os vãos são enquadrados em madeira, com vergas retas e vedação do tipo calha, sendo a cobertura da construção em quatro águas com beirais em cachorro. Detalhe de interesse é a varanda com balaustrada e piso em madeira e forro de esteira, ao de inúmeras residências rurais construídas em Minas. Internamente, observa-se a obediência à tipologia construtiva, com os cômodos revestidos por assoalhos em tabuado largo e os tetos recobertos parte em esteira, parte em madeira no formato saia-e-camisa.
Em 1980, a edificação passou por obras gerais de restauração, sob a coordenação do IEPHA/MG, devido ao seu estado físico precário. Parte do telhado havia desabado, o que permitia violentas infiltrações de águas pluviais no interior do prédio, acelerando o processo de deterioração de pisos, forros, com ameaça de desiquilíbrio estrutural. Os trabalhos realizados na edificação compreenderam basicamente a cobertura, parte do esqueleto estrutural, os revestimentos e acabamentos internos e externos, além da renovação da instalação elétrica. Quanto aos forros, os de esteira foram trocados integralmente, enquanto os de saia-e-camisa, sofreram substituição parcial. Atualmente a edificação abriga um museu, cujo acervo é constituído principalmente de peça de imaginária. Entre estas se acham as imagens de roca que saíam na Procissão de Cinzas, as imagens que pertenceram à demolida igreja de Nossa Senhora da Purificação e precioso arquivo de documentação antiga da Câmara do Serro, com documentos que remontam a 1714, época da criação da Vila do Príncipe.
Texto extraído de: Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados. VITAE/IPHAN.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

VÍDEO:

Fonte: TV Brasil.

MAIS INFORMAÇÕES:
Ibram
Brasil
Patrimônio de Influência Portuguesa
Wikipedia


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