Sorocaba – Chalé Francês


Imagem: Prefeitura Municipal

O Chalé Francês foi construído por volta de 1910 para servir de moradia aos engenheiros-chefes da ferrovia, foi habitado até 1999.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Complexo Ferroviário da Sorocaba, no município homônimo
Localização: Sorocaba-SP
Número do Processo: 64204/2011
Resolução de Tombamento:  Resolução SC- 013, de 26-2-2018
Publicação do Diário Oficial: Executivo I, 27/02/2018, p. 31
Descrição: O Complexo Ferroviário de Sorocaba é o maior e dos mais completos conjuntos remanescentes da antiga Estrada Ferro Sorocabana (EFS), uma das principais ferrovias paulistas. Em Sorocaba se conectaram a EFS e a antiga Estrada de Ferro Votorantim, cidade vizinha de matriz industrial, entroncamento que simboliza a secular confluência de caminhos e atividades que marcam a história da cidade, como as rotas de tropeiros e o comércio de muares.
O Complexo de Sorocaba é representativo da expansão ferroviária pelo Estado vinculada ao cultivo do algodão, à produção pioneira da Imperial Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, e posteriormente ao café. A implantação da ferrovia em Sorocaba marca o declínio da histórica feira de animais, responsável por tornar a cidade um dos polos principais das rotas de tropeiros no Brasil.
A ferrovia em Sorocaba contribuiu de forma decisiva para a industrialização do seu território e da região circunvizinha, potencializando sobretudo o setor têxtil, cujos remanescentes ainda são visíveis em seu entorno. O Complexo Ferroviário de Sorocaba é um dos melhores exemplares em São Paulo e no Brasil, pois sintetiza, em espaço
contínuo, programas múltiplos e diversificados afetos a um empreendimento férreo – como oficinas, estação, residências, armazéns, centro administrativo, pátio de estacionamento e manobras, dentre outros edifícios.
O conjunto das Oficinas da EFS em Sorocaba, consideradas em seu tempo as maiores edificações do tipo na América do Sul, expressam fisicamente programas específicos de espaços racionais para o labor manual e de formação de mão-de-obra especializada, que contribuíram para a constituição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Complexo sinaliza, por suas dimensões, para a importância de Sorocaba no panorama ferroviário paulista, contribuindo decisivamente para transformar a cidade em grande polo urbano, econômico e industrial do Estado de São Paulo.
O Complexo de Sorocaba é um dos principais marcos da EFS, junto ao de Botucatu e à Estação Júlio Prestes em São Paulo, ambos tombados pelo CONDEPHAAT, e bem essencial para a compreensão da companhia. O Complexo Ferroviário de Sorocaba congrega espaços do trabalho, do saber e da sociabilidade operários em diversas dimensões, materializados nas oficinas, na escola de aprendizes e no estádio e seu campo de futebol.
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO: Inicia no sentido sudeste na esquina da Avenida Doutor Afonso Vergueiro com a Rua Souza Pereira; segue por esta via e ao longo da Praça Jardim Maylasky; deflete a leste na Rua Doutor Álvaro Soares; deflete a nordeste junto aos muros de divisa entre a Vila Ferroviária da Praça Jardim Maylasky e o imóvel à Rua Doutor Álvaro Soares, 571; deflete a leste na Av. Dr. Afonso Vergueiro; segue pelo lado sul desta via até o canteiro central na confluência da Av. Dr. Afonso Vergueiro com a Rua Dr. Álvaro Soares; deflete a nordeste, cruzando a Avenida, e segue em linha reta – guardando distância mínima de 10 (dez) metros da face leste do Edifício do Curso Ferroviário – e cruza a linha-tronco da antiga EFS; deflete a oeste na projeção em linha reta da extremidade norte da gare ferroviária; segue até o ponto de encontro desta projeção com a projeção em linha reta da face leste do pavilhão leste do Almoxarifado (NP 410.213); deflete a norte neste ponto, tangencia a referida fachada do Almoxarifado, cruzando o Córrego Supiriri, até atingir a primeira via férrea adjacente ao córrego; deflete a nordeste neste ponto, seguindo na projeção em linha reta da extremidade oeste do carretão ferroviário; tangencia o carretão em seu lado oeste, cruzando o antigo ramal de contorno das Oficinas, até atingir os muros de divisa entre o Complexo Ferroviário e o Estádio do antigo Estrada da Ferro Sorocabana Futebol Clube (EFSFC); deflete a oeste nos referidos muros de divisa; deflete a norte na altura da projeção em linha reta da face oeste (fundos) da arquibancada oeste do Estádio; deflete a noroeste e, a seguir, a oeste junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Avenida Kenworthy e Rua Aparecida; deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos do lote voltado para a Rua Aparecida; deflete a noroeste, sudoeste e sudeste junto aos muros de divisa do Estádio que conformam sua entrada (corredor de acesso); deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Rua Aparecida ao Estádio; deflete a oeste e segue o traçado curvo dos muros de divisa entre o conjunto de Oficinas da EFS e os lotes voltados para as Ruas Aparecida e Prudente de Moraes; deflete a sudoeste junto aos muros de divisa entre o edifício da Guarita do Complexo Ferroviário (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Doutor Arlindo Luz (Praça Frank Speers); cruzando a Rua Paissandu, segue junto aos muros de divisa entre a área da antiga Superintendência Regional (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Paissandu e Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a noroeste e, a seguir, a sudoeste, junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a sudeste junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Comendador Hermelino Matarazzo, cruzando a Rua Moacyr Figueira, o Córrego Supiriri e a linha-tronco da EFS; deflete a leste junto à linha férrea; deflete a sudoeste e segue em linha reta, guardando uma distância de 5 (cinco) metros da face oeste do Armazém de Bagagens (Art. 2º, III); deflete a sudeste e, cruzando a Av. Dr. Afonso Vergueiro, segue até o ponto inicial, conformando o perímetro.
Fonte: Processo de Tombamento.

CMDP – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Sorocaba
Nome atribuído: Chalé Francês
Localização: Jardim Maylasky – Sorocaba-SP
Processo de Tombamento: Processo nº 12.956/2001
Resolução de Tombamento: Decreto nº 22.212/2016
Descrição: Construído por volta de 1910 para servir de moradia aos engenheiros-chefes da ferrovia, foi habitado até 1999. Ficou assim conhecido por seus aspectos formais e decorativos que refletem uma inspiração bucólica e romântica, características das residências de campo francesas, mas tem, na realidade, arquitetura inglesa como as demais construções ferroviárias da época. De 2000 a 2007 ficou praticamente abandonado. Em 2008, a partir de uma iniciativa voluntária do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil – núcleo Sorocaba), foi iniciado um restauro com apoio da prefeitura e doações de empresas privadas. Em 2010, em troca da manutenção e restauro, os arquitetos conseguem cessão de uso para fins culturais, assinado pela prefeitura. Durante o restauro, verificou-se, através de prospecção, a existência de pintura decorativa em motivos florais, escondidos sob sucessivas camadas de tinta. De 2010 a 2017, o local foi compartilhado com o MACS (Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba) que utiizava o local como sua sede provisória. Atualmente, o IAB mantém sua sede no porão do Chalé, denominado Espaço Musse Stefan e divide o imóvel com a SECULTUR (Secretaria de Cultura e Turismo) que mantém parte de sua equipe ocupando o térreo.
Em 2016, todo o complexo ferroviário foi tombado em nível estadual pelo CONDEPHAAT, incluindo o Chalé Francês.
Fonte: IAB – Núcleo Regional Sorocaba.

CONJUNTO:
Sorocaba – Armazém de Abastecimento
Sorocaba – Armazém de Bagagens
Sorocaba – Chalé Francês
Sorocaba – Estação Ferroviária
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 10
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 58
Sorocaba – Museu da Estrada de Ferro Sorocabana
Sorocaba – Oficinas da Sorocabana

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Fotos históricas


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