Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 10


Imagem: Prefeitura Municipal

A Locomotiva a Vapor nº 10 foi  fabricada nos Estados Unidos em 1874, pertencia ao Imperador D. Pedro II, que teria doado à Cia Ituana.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Complexo Ferroviário da Sorocaba, no município homônimo
Localização: Sorocaba-SP
Número do Processo: 64204/2011
Resolução de Tombamento:  Resolução SC- 013, de 26-2-2018
Publicação do Diário Oficial: Executivo I, 27/02/2018, p. 31
Descrição: O Complexo Ferroviário de Sorocaba é o maior e dos mais completos conjuntos remanescentes da antiga Estrada Ferro Sorocabana (EFS), uma das principais ferrovias paulistas. Em Sorocaba se conectaram a EFS e a antiga Estrada de Ferro Votorantim, cidade vizinha de matriz industrial, entroncamento que simboliza a secular confluência de caminhos e atividades que marcam a história da cidade, como as rotas de tropeiros e o comércio de muares.
O Complexo de Sorocaba é representativo da expansão ferroviária pelo Estado vinculada ao cultivo do algodão, à produção pioneira da Imperial Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, e posteriormente ao café. A implantação da ferrovia em Sorocaba marca o declínio da histórica feira de animais, responsável por tornar a cidade um dos polos principais das rotas de tropeiros no Brasil.
A ferrovia em Sorocaba contribuiu de forma decisiva para a industrialização do seu território e da região circunvizinha, potencializando sobretudo o setor têxtil, cujos remanescentes ainda são visíveis em seu entorno. O Complexo Ferroviário de Sorocaba é um dos melhores exemplares em São Paulo e no Brasil, pois sintetiza, em espaço
contínuo, programas múltiplos e diversificados afetos a um empreendimento férreo – como oficinas, estação, residências, armazéns, centro administrativo, pátio de estacionamento e manobras, dentre outros edifícios.
O conjunto das Oficinas da EFS em Sorocaba, consideradas em seu tempo as maiores edificações do tipo na América do Sul, expressam fisicamente programas específicos de espaços racionais para o labor manual e de formação de mão-de-obra especializada, que contribuíram para a constituição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Complexo sinaliza, por suas dimensões, para a importância de Sorocaba no panorama ferroviário paulista, contribuindo decisivamente para transformar a cidade em grande polo urbano, econômico e industrial do Estado de São Paulo.
O Complexo de Sorocaba é um dos principais marcos da EFS, junto ao de Botucatu e à Estação Júlio Prestes em São Paulo, ambos tombados pelo CONDEPHAAT, e bem essencial para a compreensão da companhia. O Complexo Ferroviário de Sorocaba congrega espaços do trabalho, do saber e da sociabilidade operários em diversas dimensões, materializados nas oficinas, na escola de aprendizes e no estádio e seu campo de futebol.
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO: Inicia no sentido sudeste na esquina da Avenida Doutor Afonso Vergueiro com a Rua Souza Pereira; segue por esta via e ao longo da Praça Jardim Maylasky; deflete a leste na Rua Doutor Álvaro Soares; deflete a nordeste junto aos muros de divisa entre a Vila Ferroviária da Praça Jardim Maylasky e o imóvel à Rua Doutor Álvaro Soares, 571; deflete a leste na Av. Dr. Afonso Vergueiro; segue pelo lado sul desta via até o canteiro central na confluência da Av. Dr. Afonso Vergueiro com a Rua Dr. Álvaro Soares; deflete a nordeste, cruzando a Avenida, e segue em linha reta – guardando distância mínima de 10 (dez) metros da face leste do Edifício do Curso Ferroviário – e cruza a linha-tronco da antiga EFS; deflete a oeste na projeção em linha reta da extremidade norte da gare ferroviária; segue até o ponto de encontro desta projeção com a projeção em linha reta da face leste do pavilhão leste do Almoxarifado (NP 410.213); deflete a norte neste ponto, tangencia a referida fachada do Almoxarifado, cruzando o Córrego Supiriri, até atingir a primeira via férrea adjacente ao córrego; deflete a nordeste neste ponto, seguindo na projeção em linha reta da extremidade oeste do carretão ferroviário; tangencia o carretão em seu lado oeste, cruzando o antigo ramal de contorno das Oficinas, até atingir os muros de divisa entre o Complexo Ferroviário e o Estádio do antigo Estrada da Ferro Sorocabana Futebol Clube (EFSFC); deflete a oeste nos referidos muros de divisa; deflete a norte na altura da projeção em linha reta da face oeste (fundos) da arquibancada oeste do Estádio; deflete a noroeste e, a seguir, a oeste junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Avenida Kenworthy e Rua Aparecida; deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos do lote voltado para a Rua Aparecida; deflete a noroeste, sudoeste e sudeste junto aos muros de divisa do Estádio que conformam sua entrada (corredor de acesso); deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Rua Aparecida ao Estádio; deflete a oeste e segue o traçado curvo dos muros de divisa entre o conjunto de Oficinas da EFS e os lotes voltados para as Ruas Aparecida e Prudente de Moraes; deflete a sudoeste junto aos muros de divisa entre o edifício da Guarita do Complexo Ferroviário (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Doutor Arlindo Luz (Praça Frank Speers); cruzando a Rua Paissandu, segue junto aos muros de divisa entre a área da antiga Superintendência Regional (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Paissandu e Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a noroeste e, a seguir, a sudoeste, junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a sudeste junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Comendador Hermelino Matarazzo, cruzando a Rua Moacyr Figueira, o Córrego Supiriri e a linha-tronco da EFS; deflete a leste junto à linha férrea; deflete a sudoeste e segue em linha reta, guardando uma distância de 5 (cinco) metros da face oeste do Armazém de Bagagens (Art. 2º, III); deflete a sudeste e, cruzando a Av. Dr. Afonso Vergueiro, segue até o ponto inicial, conformando o perímetro.
Fonte: Processo de Tombamento.

CMDP – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Sorocaba
Nome atribuído: Locomotiva a Vapor nº 10
Localização:Jardim das oficinas da Sorocabana – Sorocaba-SP
Resolução de Tombamento: Decreto nº 18.499/2010
Descrição: Locomotiva fabricada nos Estados Unidos em 1874, pertencia ao Imperador D. Pedro II, que teria doado à Cia Ituana. Em 1905, a locomotiva passou a pertencer à E. F. Sorocabana. Em 1920, foi transferida para o trecho de Santos, ficando em operação até 1933, completando 60 anos de serviços. Depois de desativa, foi transferida para Sorocaba para enfeitar os jardins da administração da E. F. Sorocabana, onde permaneceu até 2002, sofrendo ações do tempo e saques de vândalos. Foi restaurada em 2002 pelo eng. sorocabano Lincon Palaia e acompanhamento do historiador sorocabano Antonio Francisco Gaspar, sendo transferida para Indaiatuba para fins turísticos e culturais. Atualmente está exposta nos jardins das Oficinas da Sorocabana.
Fonte: IAB – Núcleo Regional Sorocaba.

Descrição: A locomotiva esteva exposta na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos durante as comemorações do centenário de independência daquele país em 1876, onde foi comprada pelo imperador D. Pedro II. Na exposição do centenário, a locomotiva tinha o nome de “América”. Logo que chegou ao Brasil foi batizada de “D. Pedro II”, segundo pesquisador Sérgio Mártire. Conforme dados da época D. Pedro II, teria doado a locomotiva à Cia Ytuana de E.F.
Em 1892 ocorreu a fusão das companhias Sorocabana e Ytuana, dando origem a (Cusy) Cia União Sorocabana Ytuana, a bitola 0,96 cm da Ytuana passa para 1,0 m como eram os ramais da Sorocabana. Com a anexação da Ytuana pela Sorocabana por volta de 1905, a locomotiva passou a pertencer a E.F. Sorocabana.
Depois de operar na Ytuana e na Sorocabana, em 1920 foi transferida para o trecho Santos – Juquiá onde ficou em operação até 1933, completando assim 60 anos de serviços.
Depois de desativada foi transferida para a cidade de Sorocaba apenas para enfeitar os jardins da Administração da E.F. Sorocabana, onde permaneceu até 2002.
Com a privatização de toda a rede ferroviária na década de 90, passou a pertencer a Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) que cede em comodato à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), esta por sinal em 17/09/2002 fechou convênio com a Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC) e a Prefeitura Municipal, cedendo a referida locomotiva para fins turísticos e culturais à cidade de Indaiatuba. Hoje ela encontra-se preservada e operacional na Estação Ferroviária de Indaiatuba e está incluída no projeto de um trem turístico.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Sorocaba – Armazém de Abastecimento
Sorocaba – Armazém de Bagagens
Sorocaba – Chalé Francês
Sorocaba – Estação Ferroviária
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 10
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 58
Sorocaba – Museu da Estrada de Ferro Sorocabana
Sorocaba – Oficinas da Sorocabana

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Estações Ferroviárias
CAU-SP
Wikipedia


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