Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 58


Imagem: Prefeitura Municipal

A Locomotiva a Vapor nº 58 foi fabricada em 1891, pela Baldwin Locomotive Works, nos Estados Unidos. Funcionou entre 1903 e 1965.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Complexo Ferroviário da Sorocaba, no município homônimo
Localização: Sorocaba-SP
Número do Processo: 64204/2011
Resolução de Tombamento:  Resolução SC- 013, de 26-2-2018
Publicação do Diário Oficial: Executivo I, 27/02/2018, p. 31
Descrição: O Complexo Ferroviário de Sorocaba é o maior e dos mais completos conjuntos remanescentes da antiga Estrada Ferro Sorocabana (EFS), uma das principais ferrovias paulistas. Em Sorocaba se conectaram a EFS e a antiga Estrada de Ferro Votorantim, cidade vizinha de matriz industrial, entroncamento que simboliza a secular confluência de caminhos e atividades que marcam a história da cidade, como as rotas de tropeiros e o comércio de muares.
O Complexo de Sorocaba é representativo da expansão ferroviária pelo Estado vinculada ao cultivo do algodão, à produção pioneira da Imperial Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, e posteriormente ao café. A implantação da ferrovia em Sorocaba marca o declínio da histórica feira de animais, responsável por tornar a cidade um dos polos principais das rotas de tropeiros no Brasil.
A ferrovia em Sorocaba contribuiu de forma decisiva para a industrialização do seu território e da região circunvizinha, potencializando sobretudo o setor têxtil, cujos remanescentes ainda são visíveis em seu entorno. O Complexo Ferroviário de Sorocaba é um dos melhores exemplares em São Paulo e no Brasil, pois sintetiza, em espaço
contínuo, programas múltiplos e diversificados afetos a um empreendimento férreo – como oficinas, estação, residências, armazéns, centro administrativo, pátio de estacionamento e manobras, dentre outros edifícios.
O conjunto das Oficinas da EFS em Sorocaba, consideradas em seu tempo as maiores edificações do tipo na América do Sul, expressam fisicamente programas específicos de espaços racionais para o labor manual e de formação de mão-de-obra especializada, que contribuíram para a constituição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Complexo sinaliza, por suas dimensões, para a importância de Sorocaba no panorama ferroviário paulista, contribuindo decisivamente para transformar a cidade em grande polo urbano, econômico e industrial do Estado de São Paulo.
O Complexo de Sorocaba é um dos principais marcos da EFS, junto ao de Botucatu e à Estação Júlio Prestes em São Paulo, ambos tombados pelo CONDEPHAAT, e bem essencial para a compreensão da companhia. O Complexo Ferroviário de Sorocaba congrega espaços do trabalho, do saber e da sociabilidade operários em diversas dimensões, materializados nas oficinas, na escola de aprendizes e no estádio e seu campo de futebol.
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO: Inicia no sentido sudeste na esquina da Avenida Doutor Afonso Vergueiro com a Rua Souza Pereira; segue por esta via e ao longo da Praça Jardim Maylasky; deflete a leste na Rua Doutor Álvaro Soares; deflete a nordeste junto aos muros de divisa entre a Vila Ferroviária da Praça Jardim Maylasky e o imóvel à Rua Doutor Álvaro Soares, 571; deflete a leste na Av. Dr. Afonso Vergueiro; segue pelo lado sul desta via até o canteiro central na confluência da Av. Dr. Afonso Vergueiro com a Rua Dr. Álvaro Soares; deflete a nordeste, cruzando a Avenida, e segue em linha reta – guardando distância mínima de 10 (dez) metros da face leste do Edifício do Curso Ferroviário – e cruza a linha-tronco da antiga EFS; deflete a oeste na projeção em linha reta da extremidade norte da gare ferroviária; segue até o ponto de encontro desta projeção com a projeção em linha reta da face leste do pavilhão leste do Almoxarifado (NP 410.213); deflete a norte neste ponto, tangencia a referida fachada do Almoxarifado, cruzando o Córrego Supiriri, até atingir a primeira via férrea adjacente ao córrego; deflete a nordeste neste ponto, seguindo na projeção em linha reta da extremidade oeste do carretão ferroviário; tangencia o carretão em seu lado oeste, cruzando o antigo ramal de contorno das Oficinas, até atingir os muros de divisa entre o Complexo Ferroviário e o Estádio do antigo Estrada da Ferro Sorocabana Futebol Clube (EFSFC); deflete a oeste nos referidos muros de divisa; deflete a norte na altura da projeção em linha reta da face oeste (fundos) da arquibancada oeste do Estádio; deflete a noroeste e, a seguir, a oeste junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Avenida Kenworthy e Rua Aparecida; deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos do lote voltado para a Rua Aparecida; deflete a noroeste, sudoeste e sudeste junto aos muros de divisa do Estádio que conformam sua entrada (corredor de acesso); deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Rua Aparecida ao Estádio; deflete a oeste e segue o traçado curvo dos muros de divisa entre o conjunto de Oficinas da EFS e os lotes voltados para as Ruas Aparecida e Prudente de Moraes; deflete a sudoeste junto aos muros de divisa entre o edifício da Guarita do Complexo Ferroviário (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Doutor Arlindo Luz (Praça Frank Speers); cruzando a Rua Paissandu, segue junto aos muros de divisa entre a área da antiga Superintendência Regional (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Paissandu e Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a noroeste e, a seguir, a sudoeste, junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a sudeste junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Comendador Hermelino Matarazzo, cruzando a Rua Moacyr Figueira, o Córrego Supiriri e a linha-tronco da EFS; deflete a leste junto à linha férrea; deflete a sudoeste e segue em linha reta, guardando uma distância de 5 (cinco) metros da face oeste do Armazém de Bagagens (Art. 2º, III); deflete a sudeste e, cruzando a Av. Dr. Afonso Vergueiro, segue até o ponto inicial, conformando o perímetro.
Fonte: Processo de Tombamento.

CMDP – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Sorocaba
Nome atribuído: Locomotiva a Vapor nº 58
Localização:Estação Paula Souza – Sorocaba-SP
Processo de Tombamento: Processo nº 6.287/1989
Resolução de Tombamento: Decreto nº 12.941/2001
Descrição: Fabricada em 1891, pela Baldwin Locomotive Works, nos Estados Unidos, a locomotiva foi colocada em funcionamento apenas em 1903, sendo utilizada no transporte de carga até 1965. Em 1968 foi levada para o Museu Histórico Sorocabano onde permaneceu como ponto de visitação até 1989, quando foi retirada para restauração. Posteriormente, devido à falta de lugar apropriado para sua permanência, foi enviada para Campinas. Após uma intensa disputa judicial que durou quatro anos, tempo em que permaneceu exposta em Campinas, a locomotiva foi trazida de volta para Sorocaba em dezembro de 2006. Simboliza o início da industrialização da economia local no final do século XIX.
Em 08/12/2017 por ocasião do aniversário de emancipação de Votorantim foi feito trajeto turístico entre Sorocaba e Votorantim. Atualmente, existe um forte movimento para a criação de uma linha de trem turístico ligando Sorocaba e Votorantim.
Fonte: IAB – Núcleo Regional Sorocaba.

Descrição: Locomotiva a vapor tipo American, classe 4-4-0, fabricada nos Estados unidos pela Baldwin Locomotive Works, em 1891, registro de fabricação nº 11.824. Integrou o patrimônio da Estrada de Ferro Sorocabana, entrando em serviço em 1903. Originalmente destinada à tração de trens leves. Por ser uma locomotiva de baixa tonelagem, na Estrada de Ferro Sorocabana era utilizada, na década de 20 e 30 em serviços de manobras e manutenção da via.
Seu tender (vagão comumente atrelado à caldeira) tem capacidade para 6.000 litros de água e 9 metros cúbicos de lenha, isto é, uma autonomia de aproximadamente 35 km. É equipada com freio a vácuo, aplicado somente no tender, o que, por razões de segurança, limita sua tração em apenas dois carros de passageiros.
Em 1968, quando o então Prefeito Armando Pannunzio viabilizava a instalação do Museu Histórico Sorocabana na sede da Chácara Quinzinho de Barros, e a criação do Parque Municipal no local, este solicitou a cessão de uma locomotiva da Estrada de Ferro Sorocabana para compor o acervo.
E a locomotiva foi cedida, o Jornal Diário de Sorocaba, de 14 de agosto de 1968 anunciava a chegada da locomotiva às oficinas da Sorocabana, onde passou por completa revisão e pintura, até então a locomotiva estava em um depósito em Assis.
O Jornal Cruzeiro do Sul de 22 de outubro de 1968 trazia a manchete sobre a inauguração do Museu Histórico Sorocabano e do Parque Municipal e citava também os agradecimentos ao Secretário de Transportes e ao Diretor da Sorocabana pela doação da locomotiva.
Por fim, a revista Nossa Estrada nº 364, de outubro de 1968, traz matéria assinada pelo historiador Antônio Francisco Gaspar mencionando a doação e a inauguração do Museu Histórico Sorocabano.
A locomotiva permaneceu em exposição no Museu Histórico de Sorocaba desde 13 de agosto de 1968 até outubro de 1990, quando por causa de sua deterioração, devido a exposição em ambiente externo e úmido, foi restaurada graciosamente pelo restaurador, o Senhor Lincoln Palaia.
Em 2006, a Prefeitura Municipal conseguiu a cessão provisória da Estação Paula Souza, para que pudesse garageá-la próxima ao tronco da malha ferroviária e próxima a Estação Ferroviária Sorocabana, onde se encontra até os dias atuais.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Sorocaba – Armazém de Abastecimento
Sorocaba – Armazém de Bagagens
Sorocaba – Chalé Francês
Sorocaba – Estação Ferroviária
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 10
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 58
Sorocaba – Museu da Estrada de Ferro Sorocabana
Sorocaba – Oficinas da Sorocabana

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Estações Ferroviárias
CAU-SP
Wikipedia


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