Sorocaba – Museu da Estrada de Ferro Sorocabana


Imagem: Prefeitura Municipal

A edificação do Museu da Estrada de Ferro Sorocabana foi construída em 1910, para moradia dos engenheiros chefes da Estrada de Ferro.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Complexo Ferroviário da Sorocaba, no município homônimo
Localização: Sorocaba-SP
Número do Processo: 64204/2011
Resolução de Tombamento:  Resolução SC- 013, de 26-2-2018
Publicação do Diário Oficial: Executivo I, 27/02/2018, p. 31
Descrição: O Complexo Ferroviário de Sorocaba é o maior e dos mais completos conjuntos remanescentes da antiga Estrada Ferro Sorocabana (EFS), uma das principais ferrovias paulistas. Em Sorocaba se conectaram a EFS e a antiga Estrada de Ferro Votorantim, cidade vizinha de matriz industrial, entroncamento que simboliza a secular confluência de caminhos e atividades que marcam a história da cidade, como as rotas de tropeiros e o comércio de muares.
O Complexo de Sorocaba é representativo da expansão ferroviária pelo Estado vinculada ao cultivo do algodão, à produção pioneira da Imperial Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, e posteriormente ao café. A implantação da ferrovia em Sorocaba marca o declínio da histórica feira de animais, responsável por tornar a cidade um dos polos principais das rotas de tropeiros no Brasil.
A ferrovia em Sorocaba contribuiu de forma decisiva para a industrialização do seu território e da região circunvizinha, potencializando sobretudo o setor têxtil, cujos remanescentes ainda são visíveis em seu entorno. O Complexo Ferroviário de Sorocaba é um dos melhores exemplares em São Paulo e no Brasil, pois sintetiza, em espaço
contínuo, programas múltiplos e diversificados afetos a um empreendimento férreo – como oficinas, estação, residências, armazéns, centro administrativo, pátio de estacionamento e manobras, dentre outros edifícios.
O conjunto das Oficinas da EFS em Sorocaba, consideradas em seu tempo as maiores edificações do tipo na América do Sul, expressam fisicamente programas específicos de espaços racionais para o labor manual e de formação de mão-de-obra especializada, que contribuíram para a constituição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Complexo sinaliza, por suas dimensões, para a importância de Sorocaba no panorama ferroviário paulista, contribuindo decisivamente para transformar a cidade em grande polo urbano, econômico e industrial do Estado de São Paulo.
O Complexo de Sorocaba é um dos principais marcos da EFS, junto ao de Botucatu e à Estação Júlio Prestes em São Paulo, ambos tombados pelo CONDEPHAAT, e bem essencial para a compreensão da companhia. O Complexo Ferroviário de Sorocaba congrega espaços do trabalho, do saber e da sociabilidade operários em diversas dimensões, materializados nas oficinas, na escola de aprendizes e no estádio e seu campo de futebol.
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO: Inicia no sentido sudeste na esquina da Avenida Doutor Afonso Vergueiro com a Rua Souza Pereira; segue por esta via e ao longo da Praça Jardim Maylasky; deflete a leste na Rua Doutor Álvaro Soares; deflete a nordeste junto aos muros de divisa entre a Vila Ferroviária da Praça Jardim Maylasky e o imóvel à Rua Doutor Álvaro Soares, 571; deflete a leste na Av. Dr. Afonso Vergueiro; segue pelo lado sul desta via até o canteiro central na confluência da Av. Dr. Afonso Vergueiro com a Rua Dr. Álvaro Soares; deflete a nordeste, cruzando a Avenida, e segue em linha reta – guardando distância mínima de 10 (dez) metros da face leste do Edifício do Curso Ferroviário – e cruza a linha-tronco da antiga EFS; deflete a oeste na projeção em linha reta da extremidade norte da gare ferroviária; segue até o ponto de encontro desta projeção com a projeção em linha reta da face leste do pavilhão leste do Almoxarifado (NP 410.213); deflete a norte neste ponto, tangencia a referida fachada do Almoxarifado, cruzando o Córrego Supiriri, até atingir a primeira via férrea adjacente ao córrego; deflete a nordeste neste ponto, seguindo na projeção em linha reta da extremidade oeste do carretão ferroviário; tangencia o carretão em seu lado oeste, cruzando o antigo ramal de contorno das Oficinas, até atingir os muros de divisa entre o Complexo Ferroviário e o Estádio do antigo Estrada da Ferro Sorocabana Futebol Clube (EFSFC); deflete a oeste nos referidos muros de divisa; deflete a norte na altura da projeção em linha reta da face oeste (fundos) da arquibancada oeste do Estádio; deflete a noroeste e, a seguir, a oeste junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Avenida Kenworthy e Rua Aparecida; deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos do lote voltado para a Rua Aparecida; deflete a noroeste, sudoeste e sudeste junto aos muros de divisa do Estádio que conformam sua entrada (corredor de acesso); deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Rua Aparecida ao Estádio; deflete a oeste e segue o traçado curvo dos muros de divisa entre o conjunto de Oficinas da EFS e os lotes voltados para as Ruas Aparecida e Prudente de Moraes; deflete a sudoeste junto aos muros de divisa entre o edifício da Guarita do Complexo Ferroviário (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Doutor Arlindo Luz (Praça Frank Speers); cruzando a Rua Paissandu, segue junto aos muros de divisa entre a área da antiga Superintendência Regional (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Paissandu e Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a noroeste e, a seguir, a sudoeste, junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a sudeste junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Comendador Hermelino Matarazzo, cruzando a Rua Moacyr Figueira, o Córrego Supiriri e a linha-tronco da EFS; deflete a leste junto à linha férrea; deflete a sudoeste e segue em linha reta, guardando uma distância de 5 (cinco) metros da face oeste do Armazém de Bagagens (Art. 2º, III); deflete a sudeste e, cruzando a Av. Dr. Afonso Vergueiro, segue até o ponto inicial, conformando o perímetro.
Fonte: Processo de Tombamento.

CMDP – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Sorocaba
Nome atribuído: Museu da Estrada de Ferro Sorocabana
Localização:Av. Dr. Álvaro Soares – Sorocaba-SP
Processo de Tombamento: Processo nº 12.958/2001
Resolução de Tombamento: Decreto nº 21.458/2014
Descrição: Em frente à Estação, no Jardim Maylasky, o casarão construído em 1910, com padrões arquitetônicos ingleses e cobertura em telhas francesas, era destinado para moradia dos engenheiros chefes da Estrada de Ferro. Executado em tijolos cerâmicos com revestimento em argamassa de saibro e areia, possui detalhes em relevo no entorno dos vãos, característicos das antigas construções mais requintadas da época. Em 1997 foi inaugurado em suas dependências o Museu da Estrada de Ferro da Sorocabana, que possui um acervo muito rico para a cidade e região. Faz parte do conjunto de imóveis tombados pelo CONDEPHAAT em 2016, junto com a Estação Ferroviária, Oficinas da Sorocabana, Chalé Francês e Palacete Scarpa.
Fonte: IAB – Núcleo Regional Sorocaba.

Descrição: A casa foi construída no início do século, em 1910, com a finalidade de abrigar engenheiros e supervisores da Estrada de Ferro Sorocabana. De estilo arquitetônico inglês, é toda erigida de tijolos e cal. Os tijolos foram confeccionados pelos funcionários da Cia Sorocabana, já as telhas são originalmente francesas, vindas de Marselha.
Localizada no Jardim Matheus Maylasky, em homenagem ao fundador da Estrada de Ferro Sorocabana, a casa é composta de 11 cômodos, todos ocupados com objetos pertencentes à memória da Ferrovia Sorocabana. As obras de restauro tiveram início em maio de 1997.
Seus 09 cômodos, localizados no pavimento superior, possuem pé direito de 4,5 metros, enquanto o porão possui pé direito de 2,5 metros. Os pisos dos cômodos das salas e quartos apresentam tábua corrida tipo “macho-fêmea” de 15 centímetros, e rodapé de tábua de 20 centímetros, em madeira de peroba rosa.A casa apresenta batentes de portas e janelas nas dimensões originais da época, sendo para portas 1,10 x 2,30 metros e para as janelas, em estilo português, medindo 1,20 x 2,30 metros, todos em madeira peroba rosa, trabalhados em forma de frisos horizontais, sendo todos os batentes de portas de folhas duplas e bandeira.O telhado com madeiramento também em peroba rosa, construído com tesouras, cumeeira e espigões, e os forros em madeira cedro do tipo “macho-fêmea”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

CONJUNTO:
Sorocaba – Armazém de Abastecimento
Sorocaba – Armazém de Bagagens
Sorocaba – Chalé Francês
Sorocaba – Estação Ferroviária
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 10
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 58
Sorocaba – Museu da Estrada de Ferro Sorocabana
Sorocaba – Oficinas da Sorocabana

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
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Estações Ferroviárias
CAU-SP
Wikipedia


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