Sorocaba – Oficinas da Sorocabana


Imagem: Prefeitura Municipal

As Oficinas da Sorocabana foram inauguradas em 1875, juntamente com todo o complexo, devido aos esforços do empresário Luiz Matheus Maylasky.

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Complexo Ferroviário da Sorocaba, no município homônimo
Localização: Sorocaba-SP
Número do Processo: 64204/2011
Resolução de Tombamento:  Resolução SC- 013, de 26-2-2018
Publicação do Diário Oficial: Executivo I, 27/02/2018, p. 31
Descrição: O Complexo Ferroviário de Sorocaba é o maior e dos mais completos conjuntos remanescentes da antiga Estrada Ferro Sorocabana (EFS), uma das principais ferrovias paulistas. Em Sorocaba se conectaram a EFS e a antiga Estrada de Ferro Votorantim, cidade vizinha de matriz industrial, entroncamento que simboliza a secular confluência de caminhos e atividades que marcam a história da cidade, como as rotas de tropeiros e o comércio de muares.
O Complexo de Sorocaba é representativo da expansão ferroviária pelo Estado vinculada ao cultivo do algodão, à produção pioneira da Imperial Fábrica de Ferro de São João de Ipanema, e posteriormente ao café. A implantação da ferrovia em Sorocaba marca o declínio da histórica feira de animais, responsável por tornar a cidade um dos polos principais das rotas de tropeiros no Brasil.
A ferrovia em Sorocaba contribuiu de forma decisiva para a industrialização do seu território e da região circunvizinha, potencializando sobretudo o setor têxtil, cujos remanescentes ainda são visíveis em seu entorno. O Complexo Ferroviário de Sorocaba é um dos melhores exemplares em São Paulo e no Brasil, pois sintetiza, em espaço
contínuo, programas múltiplos e diversificados afetos a um empreendimento férreo – como oficinas, estação, residências, armazéns, centro administrativo, pátio de estacionamento e manobras, dentre outros edifícios.
O conjunto das Oficinas da EFS em Sorocaba, consideradas em seu tempo as maiores edificações do tipo na América do Sul, expressam fisicamente programas específicos de espaços racionais para o labor manual e de formação de mão-de-obra especializada, que contribuíram para a constituição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI. Complexo sinaliza, por suas dimensões, para a importância de Sorocaba no panorama ferroviário paulista, contribuindo decisivamente para transformar a cidade em grande polo urbano, econômico e industrial do Estado de São Paulo.
O Complexo de Sorocaba é um dos principais marcos da EFS, junto ao de Botucatu e à Estação Júlio Prestes em São Paulo, ambos tombados pelo CONDEPHAAT, e bem essencial para a compreensão da companhia. O Complexo Ferroviário de Sorocaba congrega espaços do trabalho, do saber e da sociabilidade operários em diversas dimensões, materializados nas oficinas, na escola de aprendizes e no estádio e seu campo de futebol.
PERÍMETRO DE TOMBAMENTO: Inicia no sentido sudeste na esquina da Avenida Doutor Afonso Vergueiro com a Rua Souza Pereira; segue por esta via e ao longo da Praça Jardim Maylasky; deflete a leste na Rua Doutor Álvaro Soares; deflete a nordeste junto aos muros de divisa entre a Vila Ferroviária da Praça Jardim Maylasky e o imóvel à Rua Doutor Álvaro Soares, 571; deflete a leste na Av. Dr. Afonso Vergueiro; segue pelo lado sul desta via até o canteiro central na confluência da Av. Dr. Afonso Vergueiro com a Rua Dr. Álvaro Soares; deflete a nordeste, cruzando a Avenida, e segue em linha reta – guardando distância mínima de 10 (dez) metros da face leste do Edifício do Curso Ferroviário – e cruza a linha-tronco da antiga EFS; deflete a oeste na projeção em linha reta da extremidade norte da gare ferroviária; segue até o ponto de encontro desta projeção com a projeção em linha reta da face leste do pavilhão leste do Almoxarifado (NP 410.213); deflete a norte neste ponto, tangencia a referida fachada do Almoxarifado, cruzando o Córrego Supiriri, até atingir a primeira via férrea adjacente ao córrego; deflete a nordeste neste ponto, seguindo na projeção em linha reta da extremidade oeste do carretão ferroviário; tangencia o carretão em seu lado oeste, cruzando o antigo ramal de contorno das Oficinas, até atingir os muros de divisa entre o Complexo Ferroviário e o Estádio do antigo Estrada da Ferro Sorocabana Futebol Clube (EFSFC); deflete a oeste nos referidos muros de divisa; deflete a norte na altura da projeção em linha reta da face oeste (fundos) da arquibancada oeste do Estádio; deflete a noroeste e, a seguir, a oeste junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Avenida Kenworthy e Rua Aparecida; deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos do lote voltado para a Rua Aparecida; deflete a noroeste, sudoeste e sudeste junto aos muros de divisa do Estádio que conformam sua entrada (corredor de acesso); deflete a sul junto aos muros de divisa entre o Estádio do (EFSFC) e os de fundos dos lotes voltados para a Rua Aparecida ao Estádio; deflete a oeste e segue o traçado curvo dos muros de divisa entre o conjunto de Oficinas da EFS e os lotes voltados para as Ruas Aparecida e Prudente de Moraes; deflete a sudoeste junto aos muros de divisa entre o edifício da Guarita do Complexo Ferroviário (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Doutor Arlindo Luz (Praça Frank Speers); cruzando a Rua Paissandu, segue junto aos muros de divisa entre a área da antiga Superintendência Regional (Art. 2º, IX) e os lotes voltados para a Rua Paissandu e Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a noroeste e, a seguir, a sudoeste, junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Dr. Arlindo Luz; deflete a sudeste junto aos muros de divisa entre a Escola Matheus Maylasky e os lotes voltados para a Rua Comendador Hermelino Matarazzo, cruzando a Rua Moacyr Figueira, o Córrego Supiriri e a linha-tronco da EFS; deflete a leste junto à linha férrea; deflete a sudoeste e segue em linha reta, guardando uma distância de 5 (cinco) metros da face oeste do Armazém de Bagagens (Art. 2º, III); deflete a sudeste e, cruzando a Av. Dr. Afonso Vergueiro, segue até o ponto inicial, conformando o perímetro.
Fonte: Processo de Tombamento.

CMDP – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Paisagístico de Sorocaba
Nome atribuído: Oficinas da Sorocabana
Localização: R. Paissandu, s/n – Largo do Líder – Sorocaba-SP
Processo de Tombamento: Processo nº 12.957/2001
Resolução de Tombamento: Decreto nº 22.147/2016
Descrição: As oficinas da Estrada de Ferro Sorocabana foram inauguradas em 1930. Tinham capacidade para reparar 300 locomotivas por ano. Na época, eram consideradas as maiores da América do Sul. Dentro dos galpões era feita a manutenção das locomotivas e também era formada a mão de obra para trabalhar na linha férrea. Atualmente, está sob responsabilidade da Rumo ALL que desativou o complexo como parte de um projeto de reestruturação e modernização da empresa. Em 2016, todo o complexo ferroviário foi tombado em nível estadual pelo CONDEPHAAT, englobando as oficinas e os outros edifícios como a Estação Ferroviária, residências, centro administrativo, quadra de esportes, armazéns, pátio de manobras, entre outros.
Fonte: IAB – Núcleo Regional Sorocaba.

CONJUNTO:
Sorocaba – Armazém de Abastecimento
Sorocaba – Armazém de Bagagens
Sorocaba – Chalé Francês
Sorocaba – Estação Ferroviária
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 10
Sorocaba – Locomotiva a Vapor nº 58
Sorocaba – Museu da Estrada de Ferro Sorocabana
Sorocaba – Oficinas da Sorocabana

FOTOS:

VÍDEO

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal
Estações Ferroviárias
CAU-SP
Wikipedia


1 comments

  1. Antonio Carlos Fraga |

    Boa Tarde!!! Trabalhei por mais de 30 anos nas Oficinas de Reparação de Locomotivas de Jundiai, mas minha família meus parentes todos foram ferroviarios (falecidos) da Antiga Sorocabana, tenho maior orgulhode ser filho de ferroviário, mas conheço bem a situação atual da Oficina da Sorocabana, porque minha irmã mora bem pertinho deste patrimonio abandonado que causa muita revolta , porque os anos passam mas ninguem faz nada para melhorar a memória de quem trabalhou ali e totalmente uma falta de respeito para os Sorocabanos, que vem no Centro da cidade um Patrimonio totalmente abandonado, parece uma cidade fantasma, e ainda proporcionando perigos a saúde publica, como ratos dengue e entre outros….Veja o exemplode Jundiaí, hoje funciona , Poupa Tempo, Fatec , Guarda Municipal e entre outras divisões municipais, que cuidam do Patrimonio da Antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro ( Fepasa). Alguem tem tomar uma providencia tudo está desmorando e vcs falam em preservar o Patrimonio , com porteira totalmente aberta, que vergonha!!!!!!!

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