Sumaré – Estação Ferroviária


Imagem: Condephaat

O Conjunto da Estação Ferroviária de Sumaré é marco da primeira fase do avanço da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF) pela região de Campinas.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Patrimônio Cultural Ferroviário

Nome Atribuído: Antiga Subestação de Sumaré
Localização: Sumaré-SP
Decreto de Tombamento: Lei nº 11.483/07 e Portaria IPHAN nº 407/2010

CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
Nome atribuído: Conjunto da Estação Ferroviária de Sumaré
Localização:
Av. Júlia Vasconcelos Bufarah, nº 615 – Centro – Sumaré-SP
Número do Processo: 46225/03
Resolução de Tombamento: Resolução 04 de 06/02/2013
Publicação do Diário Oficial: Poder Executivo, Seção I, 20/02/2013, p. 87 / Poder Executivo, Seção I, 22/03/2014, p. 58
Livro do Tombo Histórico: Nº inscr. 432, p. 129-130.

Perímetro do tombamento: R. Bandeirantes com a Av. Sete de Setembro, seguindo no sentido sudeste da R. Bandeirantes, pelo lado do Conjunto Ferroviário; deflete a sudoeste na esquina da R. Justino França; deflete a sudeste na esquina da R. Antonio Jorge Chebab; deflete a nordeste a aproximadamente 25 metros de distância da Av. José Mancini, junto aos muros de divisa da área da Subestação Elétrica com os imóveis vizinhos ao conjunto; segue pelos referidos muros, defletindo a sudoeste e a nordeste ao redor da Vila de Engenheiros; segue em linha reta na projeção dos muros até o encontro com a via férrea oeste, onde deflete a noroeste; segue por esta via até defletir a nordeste no alinhamento da R. Joaquim Raposeiro; deflete a noroeste na Rua Sem Nome que dá acesso à Vila Ferroviária (no lado oposto à Estação); deflete, junto aos muros de divisa da Residência do Chefe da Estação, respectivamente a nordeste, noroeste e sudoeste, voltando à rua sem nome junto à via no sentido noroeste; deflete a sudoeste e segue na projeção do alinhamento das construções sitas no lado sudeste da Praça da República, cruzando as vias férreas; deflete a sudoeste, incorporando-se a Praça de Acesso à Estação, na Rua Bandeirantes e segue até o ponto inicial, conformando o perímetro.

Descrição: O Conjunto da Estação Ferroviária de Sumaré é formado pelo Prédio da Estação Ferroviária de Sumaré da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro; Prédio da Subestação Elétrica; Conjunto de residências da Vila de Engenheiros, de números 1, 2, 3 e 4 e s/n; Caixa d’água; Residência do Chefe da Estação da Vila Ferroviária, de nº 04, no lado oposto à Estação e à via férrea; e Postes de Iluminação Elétrica.
O Conjunto da Estação Ferroviária de Sumaré é marco da primeira fase do avanço da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (CPEF) pela região de Campinas, e foi propulsor da formação da atual cidade de Sumaré. Sumaré é raro exemplar de conjunto com a presença da Subestação Elétrica, representando o pioneirismo da Companhia Paulista na eletrificação ferroviária brasileira. O partido arquitetônico reflete, portanto, o período de implantação da linha, em 1875, e também sua posterior eletrificação, nas primeiras décadas do século XX. O conjunto é constituído pelos seguintes elementos: Estação Ferroviária; Subestação Elétrica; conjunto de residências da Vila de Engenheiros da subestação; caixa d’água; residência do Chefe da Estação da Vila Ferroviária; e os postes de iluminação elétrica, e as moradias, situadas à beira de linha, registram formas de morar próprias da ferrovia.
Fonte: Processo de Tombamento.

Histórico das ferrovias no Brasil: A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
Fonte: Iphan.

Patrimônio Ferroviário: A Lei 11.483, de 31 de maio de 2007, atribuiu ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Desde então o Instituto avalia, dentre todo o espólio oriundo da extinta RFFSA, quais são os bens detentores de valor histórico, artístico e cultural.
O patrimônio ferroviário oriundo da RFFSA engloba bens imóveis e móveis, incluindo desde edificações como estações, armazéns, rotundas, terrenos e trechos de linha, até material rodante, como locomotivas, vagões, carros de passageiros, maquinário, além de bens móveis como mobiliários, relógios, sinos, telégrafos e acervos documentais. Segundo inventário da ferrovia, são mais de 52 mil bens imóveis e 15 mil bens móveis, classificados como de valor histórico pelo Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Ferroviário (Preserfe), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, instituição até então responsável pela gestão da RFFSA.
A gestão desse acervo constitui uma nova atribuição do Iphan e, para responder à demanda, foi instituída a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, por meio da Portaria Iphan nº 407/2010, com 639 bens inscritos até 15 de dezembro de 2015. Para inscrição na Lista, os bens são avaliados pela equipe técnica da Superintendência do Estado onde estão localizados e, posteriormente, passam por apreciação da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário (CAPCF), cuja decisão é homologada pela Presidência do Iphan.
Os bens não operacionais são transferidos ao Instituto, enquanto bens operacionais continuam sob responsabilidade do DNIT, que atua em parceria com o Iphan visando à preservação desses bens. Esse procedimento aplica-se, exclusivamente, aos bens oriundos do espólio da extinta RFFSA. Os bens que não pertenciam à Rede, quando de sua extinção, não são enquadrados nessa legislação, podendo, entretanto, ser objeto de Tombamento (Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, aplicado a bens móveis e imóveis), ou ao Registro (Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, aplicado ao Patrimônio Cultural Imaterial).
Fonte: Iphan.

CONJUNTO:
Patrimônio cultural ferroviário IPHAN

FOTOS:

MAIS INFORMAÇÕES:
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Manual Técnico do Patrimônio Ferroviário


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