Taperoá – Igreja de São Sebastião e Túmulo ao lado


Imagem: Google Street View

A Igreja de São Sebastião e Túmulo ao lado, em Taperoá-PB, foi tombada por sua importância cultural para o Estado da Paraíba.

IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba
Nome Atribuído: Igreja de São Sebastião e o Túmulo existente ao lado da mesma, com área coberta 300m²
Localização: Praça João Suassuna – Taperoá-PB
Decreto de Tombamento: Decreto n° 8.655, de 26/08/1980

Histórico do município: Os primeiros habitantes civilizados das terras do atual Município de Taperoá foram o licenciado Francisco Tavares de Melo, capitão Gonçalo Pais Chaves e o ajudante Cosme Pinto, os quais, por concessão do capitão mor Francisco de Abreu Pereira, receberam da Coroa, em 1703, as datas na encosta da serra da Borborema, duma extensão de doze léguas à margem do rio Unebatucu (hoje Taperoá). Aí se fixaram aqueles três chefes de família, fundando algumas fazendas de gado e desenvolvendo ligeira cultura do solo. Os principais núcleos de vida e de desenvolvimento daquelas terras se denominaram Serrote, Bonito, Salgado, Carnaúba e Cosme Pinto. Aqui a origem mais remota do Município de Taperoá.

Focalizando melhor os primórdios da sede do Município e a sua evolução, vemos em 1830, aproximadamente, Manuel de Farias Castro, descendente dos Farias Castro de São João do Cariri, fundar uma fazenda na área da atual cidade de Taperoá. Aí passou a residir e constituiu família. Seus filhos e genros. que foram numerosos, passaram a habitar, a povoar e a explorar os sítios denominados Campos do Coxo, Várzea do Sales e Alto Batalhãozinho. A estes, veio logo se juntar o portugues Costa Vilar que, com seus descendentes e agregados, muito contribuiu para o desenvolvimento da vida local.

Em 1861, o Padre Ibiapina apareceu em Batalhão (Taperoá), onde convocou o povo para construir uma capelinha de taipa dedicada a Nossa Senhora da Conceição e cercar uma área, ao redor da capela, para sepultar os mortos, já que eram sepultados no matagal. Este era o desejo dos moradores que fizeram promessas para o fim da epidemia de varíola que matou muitos moradores.

Em 1865, Herculano, outro padre, deu início à construção da Igreja de São Sebastião a partir da capela de taipa já existente. A Igreja foi concluída em 1894, mas os sepultamentos foram realizados no lugar até 1905. Depois, a área lateral e os fundos da Igreja foram transformados em uma rua. Ao lado do templo ainda há uma catacumba do antigo cemitério, pertencente ao Sr. Laurênio Bezerra D’Albuquerque, vítima de varíola, que por ser esse um mal de grande contágio, a mesma foi mantida intacta até hoje.

Em 1880 o Padre Manoel Ubaldo iniciou a construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, só concluída em 1940 por Padre João Noronha. Neste período, em 1912, Taperoá foi saqueada por cangaceiros e as paredes da Igreja serviram de trincheira aos bandoleiros e o palco do confronto se tornou conhecido como “Chã de Bala”, posteriormente virou Rua Manoel de Farias Castro.

A origem dos nomes Batalhão e taperoá são controvertidas. O escritor taperoaense Dorgival Terceiro Neto (2002) menciona em seu livro que José Leal aponta a menção feita no relatório do capitão-mor regional ao Governador Geral, a um lugar com a denominação Botelhão, que teria sido alterado para Batalhão. Horácio de Almeida atribuiu a origem desse nome a um confronto que houvera em 1824, entre os legionários da Confederação do Equador e tropas legalistas, mas esse combate não aconteceu. Já para Irineu Joffily, um capitão-mor regional, que seria Oliveira Ledo, estava em apuros com tropa em torno de uma lagoa cercada por índios, surgindo a denominação “Lagoa do Batalhão”.

E o nome Taperoá tem várias traduções, só o escritor José Leal apresenta duas traduções. Uma diz que taper-uá vem de morador de taperas, aldeia abandonada e a outra que taper-uá era o nome de andorinha, no linguajar indígena.

Com relação a criação do município, Terceiro Neto (2002, p. 44) diz que: “Em 1874, Batalhão já tinha jeito de vila, com algumas dezenas de casas, capela, cemitério, vendas. Em 1873, por lei provincial nº 475, de 06 de outubro, foi Distrito de Paz. Por fim, o Presidente da Província, Herculano de Souza Bandeira, erigiu a povoação à categoria de vila, através da Lei nº 829, de 06 de outubro de 1886. Em 1905, teve a denominação mudada para Taperoá, por Lei Municipal. Em, 31 de dezembro de 1943 decreto-lei estadual nº 520 redenominou-a Batalhão. E, em 07 de janeiro de 1945, a lei estadual nº 318 restabeleceu o topônimo Taperoá”.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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