Tiradentes – Igreja de Nossa Senhora do Rosário


Imagem: Iphan

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Tiradentes-MG, foi tombada por sua importância cultural.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Outros Nomes: Igreja do Rosário
Localização: Rua Direita – Tiradentes – MG
Número do Processo: 410-T-1949
Livro do Tombo Belas Artes: Inscr. nº 344, de 06/12/1949
Observações: O tombamento inclui todo o seu acervo, de acordo com a Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13/08/85, referente ao Processo Administrativo nº 13/85/SPHAN.

Descrição: Face ao desaparecimento dos livros da Irmandade do Rosário dos Pretos, anteriores a 1800, nada restou sobre a construção desta Capela. Podemos situar a obra de arquitetura entre 1740 e 1770, a julgar pelo sistema construtivo em alvenaria de pedra, com as esquadrias de cantaria lavrada em arenito amarelado, de execução erudita. Todas as portas e janelas são compostas por vergas retas, típicas em Minas Gerais na primeira metade do século XVIII. Trata-se de uma construção em alvenaria de pedra com cunhais e esquadrias de cantaria. A planta é composta por nave retangular, capela-mor ladeada por duas sacristias, um consistório paralelo à nave e sineira à esquerda. À direita da nave existe um pequeno compartimento construído em época posterior. A fachada é marcada por dois pares de cunhais que sustentam uma cimalha larga. A portada, de verga reta, possui decoração em frisos curvos e tarja de gosto barroco, encimada por nicho com a imagem de São Benedito. Duas janelas, à altura do coro, integram-se aos cunhais e cimalha. O frontão desenvolve-se em curva, arrematado por volutas e ladeado por coruchéus. É encimado por cruz, hoje de cimento armado visto que a original foi destruída por uma descarga elétrica nos anos 30. Outra duas cruzes de cantaria encimam as empenas da nave e capela-mor. Os beirais superiores são em cimalha de cantaria e, os inferiores (sacristia e consistório) são de cachorros e beira- seveira. Internamente, a decoração conta com o retábulo do altar-mor, do terceiro quartel do século XVIII, de estrutura joanina, mas com decoração de gosto rococó, dourado e policromado; dois retábulos colaterais menores, numa interpretação provinciana do estilo D. João V, policromados e dourados, provavelmente provenientes da capela primitiva. Possui, ainda, bela balaustrada torneada, púlpito com bacia de cantaria, coro com pilastras copiados da Matriz. A pintura do forro da capela-mor, de autoria não identificada, representa a Virgem entre São Francisco e São Domingos, em tarja composta por trama arquitetônica em .perspectiva barroca, embora com decoração ao gosto rococó. A nave apresenta forro de caixotões artesoado, copiado da Matriz, com 18 painéis representando os mistérios do calvário e três invocações da ladainha da Virgem. Esta pintura, datada do primeiro quartel do século XIX, é atribuída a Manoel Victor de Jesus que pertencia à Irmandade do Rosário.
Fonte: Iphan.

FOTOS:

PANORAMA 360 GRAUS 1
PANORAMA 360 GRAUS 2
PANORAMA 360 GRAUS 3

MAIS INFORMAÇÕES:
Patrimônio de Influência Portuguesa


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