Volta Redonda – Sede da Fazenda Santa Cecília


Foto: Vanessa Nazareth – Imagem: ICMBio

A Sede da Fazenda Santa Cecília em Volta Redonda-RJ foi tombada por sua importância histórica para a cidade.

Prefeitura Municipal de Volta Redonda-RJ
Nome Atribuído: Sede da Fazenda Santa Cecília
Localização: Rua 21, s/n – Bairro Vila Santa Cecília – Volta Redonda-RJ
Proprietário: Companhia Siderúrgica Nacional
Tipo de Bem: Histórico
Processo de Tombamento: Decreto nº 2.119, de 24/12/1985, e Lei Municipal nº 2.808, de 23/11/1992
Livro do Tombo Histórico: Inscrição n° 005

Descrição: Uma das maiores e mais importantes fazendas, oriundas dos desmembramentos ocorridos nas extensas sesmarias da região do Médio Vale do Paraíba, em meados de 1820. A fazenda foi adquirida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1941 e doada à Companhia Siderúrgica Nacional com objetivo de viabilizar a instalação da Usina Presidente Vargas e da vila operária, hoje Vila Santa Cecília.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: Transformada em área de preservação ambiental, é utilizada como horto para plantação de mudas destinadas à urbanização e ao reflorestamento da cidade. Possui 211 hectares, sendo a maior área verde remanescente de Mata Atlântica do Município de Volta Redonda.

Uma grande área da antiga Fazenda de Santa Cecília do Ingá foi adquirida em 1955 pela prefeitura para abastecimento de água da cidade. Em 1988 foi transformada em Área de Proteção Ambiental pela Lei Orgânica do Município que, em 2005, deu origem ao Parque Natural Municipal.
Fonte: Mapa da Cultura.

Descrição: O texto a seguir é uma adaptação do Relatório 4 (FBDS, 1998) que trata sobre o histórico da Fazenda Santa Cecília:

Em 1790 a Fazenda Santa Cecília era uma “fábrica no serviço do açúcar”, onde havia um engenho, para produção de açúcar, rapadura e/ou aguardente, de propriedade do Sargento-mor Manuel Joaquim da Silva Castro e seu sócio padre José da Silva Brandão.

Em 1870, a fazenda, então de propriedade de Antônio Augusto Monteiro de Barros, passou a produzir café, assim como toda a região do vale do Paraíba do Sul. Com declínio da atividade cafeeira no início do século XX, as terras passaram a ser ocupadas por uma pecuária extensiva, apoiada na derrubada e queima dos cafezais e a implantação de pastos.

No dia 01 de Setembro de 1941 a Fazenda Santa Cecília, de propriedade de Nelson Marcondes, foi entregue à Companhia Siderúrgica Nacional, após ato de desapropriação, conforme o Decreto nº 237/41, do governo do estado do Rio de Janeiro, destinados à instalação da Usina Siderúrgica de Volta Redonda, Vila Operária conexa, logradouros públicos, construção de edifícios públicos e serviços de expansão futura.

Como consequência dessas atividades econômicas suas terras se exauriram e hoje se encontram predominantemente cobertas por vegetação rasteira e por vezes com solo exposto. O aspecto de abandono da paisagem é verificado em toda a extensão da fazenda, os morros estão cobertos por vegetação rasteira, vulnerável às queimadas, e o solo desprotegido torna-se suscetível à ação das chuvas, resultando em deslizamentos de terra.

As áreas que não foram destinadas à instalação de edificações, continuaram a desenvolver a tradicional atividade de pecuária. Nesse contexto, uma pequena área abandonada ao longo do tempo passou por um processo de regeneração e hoje se configura como um dos raros fragmentos florestais da região do entorno de Volta Redonda, de Floresta Estacional Semidecidual, a ARIE Floresta da Cicuta.
Fonte: ICMBio.

Histórico do Município: Corria o ano de 1727, quando os jesuítas, após demarcarem a Fazenda Santa Cruz, na baixada que ainda hoje guarda este nome, cruzaram a Serra do Mar abrindo caminho para a colonização do Médio Vale do Paraíba. No ano seguinte foi aberta uma estrada ligando Rio de Janeiro a São Paulo.

Somente em 1744, no entanto, os primeiros desbravadores denominaram a curiosa curva do Rio Paraíba do Sul, de Volta Redonda, quando a região era explorada apenas por garimpeiros em busca de ouro e pedras preciosas.

Grandes fazendas foram instaladas na região, com alguns nomes que ficaram até hoje, como Três Poços, Belmonte, Santa Cecília, Retiro e Santa Rita. Entre 1860 e 1870, a navegação pelo Rio Paraíba do Sul viveu seu período áureo entre Resende e Barra do Piraí. Ao mesmo tempo, os trilhos da Estrada de Ferro D. Pedro II chega à Barra do Piraí e Barra Mansa.

Por volta de 1875, o povoado de Santo Antônio de Volta Redonda começa a ter grande impulso, contando perto de duas dezenas de estabelecimentos comerciais. As primeiras aspirações de autonomia do lugarejo surgem em 1874, quando os moradores pleiteiam a elevação do povoado à categoria de freguesia Somente no ano de 1926 Volta Redonda conseguiria o seu estabelecimento definitivo como oitavo distrito de Barra Mansa.

Em 1941 tem início o ciclo de industrialização de Volta Redonda, escolhida como local para instalação da Usina Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em plena II Guerra Mundial, marcando as bases da industrialização brasileira.

Este interessante acidente geográfico – a volta redonda – que havia sido berço de nações indígenas como a dos Puris e Acaris, que teve a presença de grandes exploradores, barões do café, escravos, barqueiros e agricultores, cedia lugar aos operários vindos das mais diversas regiões. Seus novos moradores perceberam a desvantagem da dependência do distrito para com o município-sede em 1954. Após uma série de marchas políticas, Volta Redonda conquista sua emancipação em 17 de julho, marcando um novo ciclo no desenvolvimento de sua história. Em 1973, o município foi considerado Área de Segurança Nacional, situação que prevaleceu até 15 de novembro de 1985, quando foram restabelecidas as eleições diretas para prefeito.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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