São Gonçalo do Pará – Cemitério Municipal


Imagem: Câmara Municipal

O Cemitério Municipal foi tombado pela Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Pará-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Pará-MG
Nome atribuído: Cemitério Municipal
Outros Nomes: Cemitério Santo Antônio do Monte
Localização: São Gonçalo do Pará-MG

Descrição: O Cemitério de São Gonçalo foi construído entre os anos de 1853 e 1855 tendo como principal idealizador o Padre Eugênio Maria de Genova, em suas missões. Este Padre que percorreu diversas localidades edificando monumentos em nome da Igreja.  Segundo descrito por Manoel F. do Amaral em seu livro “A Beira do Rio Pará” a construção do cemitério teria se valido de mão de obra escrava da Fazenda do Ribeirão do Morais, do proprietário Senhor Inácio Ferreira Gomes. O cemitério recebeu um prolongamento de suas estruturas em consequência do crescimento populacional do município, mas isso não descaracterizou suas características básicas de construção oitocentistas, que foram preservadas por sua importância histórica.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A criação do povoado de São Gonçalo do Pará teve ligação muito estreita com os surtos revolucionários dos mineradores da  Capitania de Minas Gerais, em 1717. Filipe de Freitas Mourão, português, faiscador de ouro, trabalhava nas minas de Pitangui na época colonial. Por estar envolvido em movimentos revolucionários contra a cobrança de impostos sobre ouro, fugiu junto com sua esposa, Estefânia de Mourão Bravo. Subiram em direção à nascente do rio Pará e encontraram com portugueses fugitivos de Vila Rica (Pero Gonçalves de Amarante e Estácio Campos de Borgonha).

Filipe de Freitas foi convidado pelos portugueses para ser capataz de escravos. Dava ordens nos garimpos e nas roças; depois, saía em busca de vestígio de ouro. Ele e alguns escravos enveredaram pelas matas próximas ao rio Pará explorando o terreno, chegaram a um ribeirão cujas terras onde ficavam suas margens eram boas para o cultivo de plantações. Deram ao lugar o nome de ribeirão dos Morais. Construíram ranchos de pau-a-pique com reboco e recobertos de sapé.

Terminadas as construções no ribeirão, para lá se transferiram em 18 de dezembro de 1723. Entronizaram numa capela recém-construída a imagem de São Gonçalo do Amarante, que traziam em suas bagagens. Era o santo a quem os portugueses tinham uma grande devoção.

Filipe prolongou suas andanças, levando consigo escravos, e chegou a um local com uma grande reserva de madeira de lei. Neste local, iniciaria a formação do primitivo arraial, que futuramente levaria o nome de São Gonçalo do Pará. Em 1735, deram por encerradas todas as construções, inclusive de uma capela com a imagem de São Gonçalo do Amarante. Houve a sugestão de se chamar este local de Pará Acima. Filipe de Freitas afirmou ter feito uma parada naquele local, perto das margens do Rio Pará, quando viera de Pitangui; por isso, o povoado receberia o nome de Paragem do Pará em 7 de setembro de 1735.

De 1751 a 1755, uma nova igreja foi construída no mesmo local da antiga capela, com estilo barroco. Em 1750 o povoado passou a se chamar São Gonçalo do Pará, fazendo referência ao Rio Pará, o mesmo que trouxe os fundadores e hoje é linha divisória do atual município. Em 1870, o arraial de São Gonçalo do Pará foi feito distrito de Pitangui e anexado a Vila de Nossa Senhora da Piedade (Atual Pará de Minas).

Finalmente, a emancipação política veio a ser realizada em 1º de janeiro de 1949.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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