São Pedro dos Ferros – Solar dos Guzella


O Solar dos Guzella foi tombado pela Prefeitura Municipal de São Pedro Dos Ferros-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de São Romão-MG
Nome atribuído: Solar dos Guzella
Outros Nomes: Antiga Casa Paroquial
Localização: São Pedro Dos Ferros-MG

Descrição: O atual Solar dos Guzella é um imóvel centenário, de data incerta, pois não se tem registro oficial ou documento que comprove o período exato de sua construção. Sabe-se apenas que a casa foi erguida por Antônio Manoel de Araújo, comerciante em São Pedro dos Ferros por muitos anos. Com a sua morte, herdou o imóvel seu genro Francisco da Silveira, que mais tarde o vendeu para a Igreja Católica de São Pedro dos Ferros, através da diocese de Mariana. Entre 1922 e 1966, a chamada “casa paroquial” foi a residência oficial dos padres Firmino Salgado (junho de 1922 a novembro de 1925), Raimundo Machado (de julho de 1926 a abril de 1939), Braz Boroni (abril e maio de 1939), Geraldo Maia (junho de 1939 a janeiro de 1944) e José Augusto Godinho (de fevereiro de 1944 a março de 1966, quando veio a falecer). Com a morte do padre José Godinho, estando em plena construção a atual Igreja Matriz, o sucessor foi o padre Hélio Gonçalves Heleno, ex bispo da diocese de Caratinga, que não morou na “casa paroquial”, pois a residência atual do padre já estava pronta e foi lá que ele morou quando assumiu a paróquia. É importante salientar aqui que no local onde hoje está o Centro Catequético Pastoral, funcionava o chamado “salão paroquial”, um auditório onde eram encenados shows beneficentes e peças de teatro para obter recursos para a reforma da igreja velha. O espaço que a Igreja transformou em “salão paroquial” era a antiga loja de comércio de Antônio Manoel de Araújo.Motivado por este amor às tradições católicas, Domício Guzella, ex coroinha e ex prefeito de São Pedro dos Ferros adquiriu a casa paroquial e a denominou “Solar dos Guzella”, pois mantinha vivas na memória as lembranças de sua infância católica e da religiosidade de sua família. Hoje o casarão é tombado pelo patrimônio histórico e artístico estadual.
Fonte: Projeto Memória.

Histórico do município: Em 1849, chegaram às terras que, mais tarde, vieram a pertencer ao município, os irmãos Silvério, Manoel e José Rodrigues Ferro, que se fixaram com suas famílias na vertente esquerda do rio Santana. Pouco depois, cuidavam eles de separar o patrimônio de uma capela que fizeram erigir sob a invocação de São Pedro. Em torno desta capela, começaram a surgir as pequenas construções, núcleo do futuro arraial. Explica-se, assim, a origem do povoado e do respectivo nome, homenagem aos fundadores, os irmãos Ferro, e ao orago da capela. Em 1980, já o povoado gozava de importância suficiente para ser elevado a distrito e, em 1943, foi o antigo distrito, que pertencera sucessivamente a Ponte Nova e a Rio Casca, emancipado, criando-se o atual município de São Pedro dos Ferros.
Em outro relato, em complementação, O Distrito de São Pedro dos Ferros começou a ser examinado sob o ponto de vista político a partir de 1886. Nesse ano, a situação administrativa do distrito já estava evidenciada, sendo o seu primeiro representante em Ponte Nova, o cidadão Antônio Alves de Carvalho, que tornou-se chefe do Executivo escolhido pelos membros do Conselho Distrital criado em 1892.
Tempos depois, na gestão política de Francisco Martins Pinheiro, São Pedro dos Ferros passou a pertencer ao município de Rio Casca por força da Lei Estadual nº 556, de 30 de agosto de 1911.
A emancipação político-administrativa data de 31 de dezembro de 1943, Decreto-Lei nº 1.058. O médico Luiz Martins Vieira foi o primeiro prefeito.
Em épocas distantes, bem antes desta zona ser habitada, alguns forasteiros tentaram apoderar-se da mesma fazendo ali as primeiras abertas em plena mata virgem. Imaginavam eles, sendo os primeiros a cultiva-la, conquistariam o direito de posse. Porém, a conquista foi difícil, visto que, tais aventureiros só permaneciam aqui no período da seca, época propícia ao cultivo. Nas chuvas de verão, era comum o aparecimento de doenças tropicais, principalmente o impaludismo (malária). Com o fim da estiagem, fazia-se o plantio das terras anteriormente preparadas. Em seguida, esses aventureiros retornavam aos seus lares, aguardando a nova temporada-a-colheita-ficando as terras entregues ao domínio soberano dos índios aqui existentes, Purís, e dos animais selvagens. Os Purís, segundo relatos existentes, eram inofensivos, medrosos, indolentes. Alimentavam-se basicamente de raízes, frutas silvestres, pesca e caça. Com o surgimento da agricultura próximo às aldeias, passaram a alimentar-se exclusivamente das roças dos agricultores, reduzindo substancialmente a colheita. Conseqüentemente, os forasteiros não mais voltaram aqui com o intuito agrícola.
De um lugar denominado “Freguesia do Arrepiado”, vieram os irmãos Rodrigues Ferro Manoel, Silvério e José, com o objetivo de colonizar as terras (“Córrego São Pedro”) cedidas pelo governo do Estado. Apesar de semi-analfabetos, os irmãos Ferro eram muito inteligentes e empreendedores e aqui chegando trataram de doar 10 alqueires de terras ao núcleo colonial fundado no local em 1849. Daí em diante, começaram a aparecer os primeiros ranchos e pequenas casas de telhas. Desejando homenagear os irmãos-benfeitores, os habitantes decidiram dar uma nova denominação ao povoado: “São Pedro dos Ferros”.
Fonte: IBGE.

MAIS INFORMAÇÕES:
IBGE
Projeto Memória


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