Candeias – Estação Ferroviária


Imagem: Google Street View

A Estação Ferroviária foi tombada pela Prefeitura Municipal de Candeias-MG por sua importância cultural para a cidade.

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Patrimônio Cultural Ferroviário

Nome Atribuído: Antiga Estação Ferroviária de Candeias, Candeias, MG; Casa do Agente Ferroviário
Localização: Candeias-MG
Decreto de Tombamento: Lei nº 11.483/07 e Portaria IPHAN nº 407/2010

Prefeitura Municipal de Candeias-MG
Nome atribuído: Prédio da Estação Ferroviária
Outros Nomes: Estação Ferroviária
Localização: Praça Getúlio Vargas, n° 97 – Estação Candeias – Candeias-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 927/2006
Uso Atual: Departamento de Cultura

Histórico do município: O território do atual município surgiu da existência de mais um pouso na “Picada de Goiás”, por onde passavam os aventureiros em busca de ouro e também da posse de terras.
As atividades agrícolas e pecuárias foram os fatores preponderantes no povoamento e ocupação do território. Existiu ali uma lavra de ouro de aluvião, no Ribeirão São Miguel, mas em pequena escala.
Quando, em 1754, Domingos Rodrigues Lima Tendais requereu sua Sesmaria, já existia no local o “Pouso das Sete Lagoas de Candeias”, na Picada de Goiás. Essa Sesmaria recebeu a denominação de “Sesmaria da Aplicação de Nossa Senhora das Candeias”.
Para que a povoação pudesse crescer e organizar-se em torno da Capela já existente, Domingos Rodrigues Lima Tendais e sua esposa, Dona Maria Ramos Branca, no ano de 1787, doaram à Cúria Diocesana de Mariana, uma gleba de terras para a formação do Patrimônio. Essas terras, que faziam parte da Sesmaria que lhes pertencia, era composta de um campo de cerrado, onde predominava a existência das árvores de candeias, e situavam-se no alto de uma colina. A povoação foi crescendo e desenvolvendo-se o arraial, atual cidade de Candeias.
Como a povoação se desenvolveu nesse “cerrado de candeias”, os tropeiros se referiam ao local como “pouso das candeias”, vindo daí o nome do Município: CANDEIAS.
Fonte: IBGE.

Histórico das ferrovias no Brasil: A história das ferrovias no Brasil inicia-se em 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.
Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte.
As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.
A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.
Fonte: Iphan.

Patrimônio Ferroviário: A Lei 11.483, de 31 de maio de 2007, atribuiu ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Desde então o Instituto avalia, dentre todo o espólio oriundo da extinta RFFSA, quais são os bens detentores de valor histórico, artístico e cultural.
O patrimônio ferroviário oriundo da RFFSA engloba bens imóveis e móveis, incluindo desde edificações como estações, armazéns, rotundas, terrenos e trechos de linha, até material rodante, como locomotivas, vagões, carros de passageiros, maquinário, além de bens móveis como mobiliários, relógios, sinos, telégrafos e acervos documentais. Segundo inventário da ferrovia, são mais de 52 mil bens imóveis e 15 mil bens móveis, classificados como de valor histórico pelo Programa de Preservação do Patrimônio Histórico Ferroviário (Preserfe), desenvolvido pelo Ministério dos Transportes, instituição até então responsável pela gestão da RFFSA.
A gestão desse acervo constitui uma nova atribuição do Iphan e, para responder à demanda, foi instituída a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, por meio da Portaria Iphan nº 407/2010, com 639 bens inscritos até 15 de dezembro de 2015. Para inscrição na Lista, os bens são avaliados pela equipe técnica da Superintendência do Estado onde estão localizados e, posteriormente, passam por apreciação da Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário (CAPCF), cuja decisão é homologada pela Presidência do Iphan.
Os bens não operacionais são transferidos ao Instituto, enquanto bens operacionais continuam sob responsabilidade do DNIT, que atua em parceria com o Iphan visando à preservação desses bens. Esse procedimento aplica-se, exclusivamente, aos bens oriundos do espólio da extinta RFFSA. Os bens que não pertenciam à Rede, quando de sua extinção, não são enquadrados nessa legislação, podendo, entretanto, ser objeto de Tombamento (Decreto Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, aplicado a bens móveis e imóveis), ou ao Registro (Decreto nº 3.551, de 4 de agosto de 2000, aplicado ao Patrimônio Cultural Imaterial).
Fonte: Iphan.

CONJUNTO:
Patrimônio cultural ferroviário IPHAN

MAIS INFORMAÇÕES:
IBGE
Estações Ferroviárias
Iphan
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Iphan
Manual Técnico do Patrimônio Ferroviário


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