Minas Novas – Imagem Nossa Senhora Rosário


Imagem: Governo do Estado

A Imagem Nossa Senhora Rosário foi tombada pela Prefeitura Municipal de Minas Novas-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Minas Novas-MG
Nome atribuído: Imagem Nossa Senhora Rosário
Localização: Igreja de Nossa Senhora do Rosário – Av. Waldemar César Santos – Minas Novas-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 016/2007

Descrição:
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: Por volta de 1727, um grupo de bandeirantes, chefiados por Sebastião Leme do Prado. Localizaram a ocorrência de ouro em um dos afluentes do Rio Fanado que, por essa razão, recebeu o nome de Bom Sucesso. A notícia de grandes jazidas atraiu os faiscadores. Entre o Rio Fanado e o seu afluente Bom Sucesso, formou-se o primeiro núcleo populacional, em torno de uma capelinha, erigida em homenagem a São Pedro. Assim nasceu o Arraial de São Pedro do Fanado, que rapidamente prosperou, recebendo, dois anos depois, o título de Vila do Bom Sucesso do Fanado de Minas Novas.
Sebastião Leme do Prado estava comissionado pelo Governador de Minas Gerais como guarda-mor das terras minerais que foram descobertas. Entretanto, seguindo orientação de seus primos, Domingos e Francisco Dias do Prado, líderes em Itacambira, preferiu comunicar a descoberta do Bom Sucesso ao Governador da Bahia, embora as divisas entre essa Província e a de Minas Gerais já estivessem definidas pelo Rio Verde, desde as nascentes até a foz.
Assim que o Governador da Bahia e Vice-Rei do Brasil recebeu o manifesto, apoderou-se das terras e comunicou sua atitude ao Rei, que mandou estabelecer uma intendência na região onde o ouro era quintado.
A rápida prosperidade de Minas Novas provocou protestos da população, que passou a exigir uma justiça mais próxima. Reconhecendo a procedência das reclamações, o Conselho Ultramarino, em 1730, sujeitou a Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Minas Novas à comarca do Serro, que passou à vinculação jurídica de Minas Gerais permanecendo, entretanto, subordinada à Bahia nos planos administrativo, militar e eclesiástico. Com a criação da comarca de Jacobina, no sul da Bahia, Minas Novas ficou temporariamente sob sua jurisdição.
Gomes Freire de Andrade representou, então ao Governo Real contra o ato de transferência alegando, entre outras razões, a existência do garimpo clandestino de diamantes e os descaminhos deles e do ouro, já que o Intendente Geral, residindo no Tijuco, quase não tinha meios de reprimir os abusos. Suas decisões, para receberem o beneplácito do Governo da Bahia, tinham de percorrer duzentos léguas de distância, ao passo que as autoridades de Serro estavam a menos de quarenta léguas do local.
Acrescia, ainda, a circunstância de o distrito diamantino estar localizado, parte em território baiano e parte no mineiro. As justificativas do Governador, aliadas à conveniência de se alargar o âmbito de Minas Gerais, para os efeitos da derrama, concorreram para a Resolução Ultramarina, que mandou incorporar o território de Minas Novas à comarca do Serro e ao Governo da Capitania de Minas Gerais.
O período de prosperidade foi relativamente curto. À medida que se esgotavam as reservas auríferas e de pedras preciosas, operou-se um gradativo esvaziamento populacional. Os habitantes passaram a ocupar-se, então, da lavoura de subsistência e da criação de gado.
Dispondo de terras propícias à cultura do algodão, a antiga Vila do Fanado se converteu, em fins do Século XVIII e início do XIX, em centro de exportação de algodão em rama, de cobertores e de outras confecções de tecidos grossos. Entretanto não só o algodão era de boa qualidade. A seda que se produzia, longa e macia, era apreciada nos grandes mercados europeus, segundo afirma Saint-Hilarie, que visitou a Vila em 1817.
Tendo em vista o surto de progresso da região e as dificuldades administrativas daquele vasto interior, em 1856 foi proposta ao parlamento do Império a instituição da
província autônoma de Minas Novas, elevando-se a cidade à categoria de capital. A nova província abrangeria a comarca mineira de Jequitinhonha e as comarcas baianas de Porto Seguro e de Caravelas. Não chegou, entretanto, a ser instituída.
A construção da Estrada de Ferro Bahia-Minas Gerais, no final do Século XIX, trouxe uma nova alternativa de crescimento. Como o ramal Filadélfia-Minas Novas não foi executado, a região ficou na dependência das estações de Teófilo Otoni e de Diamantina (esta da Estrada de Ferro Central do Brasil) para escoar seus produtos agropecuários, entre os quais se destacavam os de origem bovina, o açúcar, o algodão, o toucinho e a aguardente.
Fonte: IBGE.

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MAIS INFORMAÇÕES:
IBGE


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