Natal – Casarão da Junqueira Aires


Imagem: Costa, Amaral

A Casarão da Junqueira Aires, em Natal, foi tombada pela Fundação José Augusto por sua importância cultural para o Estado do Rio Grande do Norte.

Governo do Rio Grande do Norte
FJA – Fundação José Augusto
Nome Atribuído: Casarão da Junqueira Aires
Outros Nomes: Solar João Galvão
Localização: Av. Junqueira Aires, nº431 – Cidade Alta – Natal-RN
Data de Tombamento: 19/07/1988

Descrição: Construído em 1908 para funcionar como residência, o solar foi adquirido pouco depois pelo coronel Aureliano de Medeiros, proprietário da loja “Paris em Natal”, destinada às pessoas mais ricas da cidade. No estabelecimento, eram vendidos diversos artigos de vestuário, muitos trazidos da Europa. O comerciante aqui morou com sua família até construir o Solar Bela Vista, que fica ao lado. O coronel planejava demoli-lo após se mudar, mas desistiu e passou a ocupar essa casa uma vez por ano, ao fazer serviços de manutenção no Solar Bela Vista. O prédio ficou abandonado durante longos anos, até ser restaurado, reabrindo em 2002 para abrigar o setor de Documentação da Fundação José Augusto, entidade ligada ao Governo Estadual, responsável pela gestão cultural do RN.
Fonte: Costa, Amaral.

Information – João Galvão Manor: Built in 1908 to serve as a residence, the manor was acquired shortly thereafter by Colonel Aureliano de Medeiros, owner of the shop “Paris in Natal”, intended for the richest people in town. In the establishment, several articles of clothing were sold, many brought from Europe. The merchant and his family lived there until building the Bela Vista Manor, which stood beside it. The colonel planned to demolish it after moving, but he gave up and came to occupy this house once a year when painting the walls of Bela Vista Manor. The building stayed derelict for many years until it was restored and reopened in 2002 for housing the sector of Documentation of José Augusto Foundation, an organization linked to the State Government, responsible for the cultural management of RN.
Fonte: Costa, Amaral.

Histórico do município: Tudo começou com as Capitanias Hereditárias quando o Rei de Portugal Dom João III, em 1530, dividiu o Brasil em lotes. As terras que hoje compreendem ao Rio Grande do Norte couberam a João de Barros e Aires da Cunha. A primeira expedição portuguesa aconteceu cinco anos depois com o objetivo de colonizar as terras. Antes disso, os franceses já aportavam por aqui para contrabandear o pau-brasil. E esse foi o principal motivo do fracasso da primeira tentativa de colonização. Os índios potiguares ajudavam os franceses a combater os colonizadores, impedindo, a fixação dos portugueses em terras potiguares.
Passados 62 anos, em 25 de dezembro de 1597, uma nova expedição portuguesa, desta vez comandada por Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, chegou para expulsar os franceses e reconquistar a capitania. Como estratégia de defesa, contra o ataque dos índios e dos corsários franceses, doze dias depois os portugueses começam a construir um forte que foi chamado de Fortaleza dos Reis Magos, por ter sido iniciada no dia dos Santos Reis. O forte foi projetado pelo Padre Gaspar de Samperes, o mesmo arquiteto que projetou a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.
Concluído o forte, logo se formou um povoado que, segundo alguns historiadores, foi chamado de Cidade dos Reis. Depois, Cidade do Natal. O nome da cidade é explicado em duas versões: refere-se ao dia que a esquadra entrou na barra do Potengi ou a data da demarcação do sítio, realizada por Jerônimo de Albuquerque no dia 25 de dezembro de 1599.
Com o domínio holandês, em 1633, a rotina do povoado foi totalmente mudada. Durante 21 anos, o forte passou a se chamar Forte de Kenlen e Natal Nova Amsterdã. Com a saída dos holandeses, a cidade volta à normalidade. Nos primeiros 100 anos de sua existência, Natal apresentou crescimento lento. Porém, no final do século XIX, a cidade já possuía uma população de mais de 16 mil habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Costa, Amaral


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