Santa Maria – Casa Geminada da Vila Belga à R. André Marques, n° 147


Imagem: Google Street View

A Casa Geminada da Vila Belga à R. André Marques, n° 147 foi tombada pela Prefeitura Municipal de Santa Maria-RS por sua importância cultural para a cidade.

IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado
Nome Atribuído: Sítio Ferroviário de Santa Maria
Localização: Praça Procópio Ferreira, nº 86 – Santa Maria-RS
Número do Processo: 000548-11.00/99.8
Portaria de Tombamento: 30/00
Livro Tombo Histórico: Inscr. Nº 85, de 22/11/2000
Publicação no Diário Oficial: 14/11/2000

IPLAN/SM – Instituto de Planejamento de Santa Maria
COMPHIC – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Santa Maria
Nome Atribuído: Vila Belga – Casa Geminada
Localização: R. André Marques, n° 147 – Centro – Santa Maria-RS
Resolução de Tombamento: Lei Municipal n° 2983-1988 e Decreto n° 161-1997

Descrição: O sítio tombado contém os seguintes prédios: Estação Férrea; Colégio Manoel Ribas; Vila Belga – 40 casas geminadas (80 moradias) e prédios da COOPFER (Cooperativa dos Funcionários da Ferrovia).
A implantação do sistema ferroviário foi fator fundamental no desenvolvimento econômico, social e cultural do interior do Rio Grande do Sul no final do século 19. A cidade de Santa Maria, no processo de expansão do sistema ferroviário do Rio Grande do Sul, ganhou importância dentro da malha ferroviária gaúcha e, ao final do século 19, já comandava o tráfego dos trens que cortavam o Estado. Por sua posição privilegiada, localizada na região central do Rio Grande do. Sul, tornou-se o ponto de cruzamento de todas as linhas férreas e chegou a sediar a Diretoria da Compagnie Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil, a companhia belga que em 1898 arrendara a rede ferroviária gaúcha.
Embora o trecho ferroviário entre Porto Alegre e Uruguaiana tenha sido inaugurado em 1885, o prédio original da Estação de Santa Maria (sobrado central) foi construído somente 15 anos depois, em 1900 aproximadamente. A Estação Santa Maria foi construída em terreno doado por Ernesto Beck e provavelmente já estivesse pronta em 1885, embora o pesquisador local Antonio Isaia aponte o ano de 1900 como o de sua inauguração.
Inicialmente existiu apenas a edificação central de dois pavimentos e um anexo térreo a leste, que já não existe mais. No começo da década de 1920, já com a VFRGS na administração da rede ferroviária, foi construída a plataforma coberta para embarque e desembarque de passageiros. Alguns anos depois foram construídos os armazéns da ala oeste e modificados os existentes na parte leste do núcleo central. Ao longo dos anos várias outras modificações foram feitas. Em 1923, um incêndio destruiu os escritórios da VFRGS e, em 1926, houve uma explosão de bomba. Nos últimos anos em que a estação esteve desativada, houve outros incêndios.
Em 1907 (data mais provável) foi inaugurada a Vila Belga, para alojar os funcionários da Auxiliaire. A cidade passou por uma fase de grande desenvolvimento na área da educação e de um forte movimento sindical. Em 1913 foi fundado o Sindicato Cooperativista dos Empregados da VFRGS. O atual Colégio Estadual Manoel Ribas foi inaugurado em 1930, como escola de artes e ofícios voltada para a educação feminina. O prédio foi restaurado em 1997.
O tráfego de passageiros foi extinto no início da década de 1980. Alguns dos espaços da Estação foram alugados ou cedidos às empresas atacadistas ainda usuárias do transporte ferroviário. Após a privatização da RFFSA, em 1997, o prédio da Estação Santa Maria ficou em estado de abandono. Em 1999 houve novo incêndio. Neste mesmo ano foi firmado convênio com a prefeitura para o uso da Estação. A Mancha Ferroviária foi tombada pelo município em 24.08.2000, pelo decreto 285/00.
CONJUNTO:
Santa Maria – Sítio Ferroviário
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