Andrelândia – Sítio Arqueológico da Serra do Santo Antônio
O Sítio Arqueológico da Serra do Santo Antônio foi tombado pela Prefeitura Municipal de Andrelândia-MG por sua importância cultural para a cidade.
Prefeitura Municipal de Andrelândia-MG
Nome atribuído: Sítio Arqueológico da Serra do Santo Antônio (12 ha)
Outros Nomes: Parque Arqueológico da Serra do Santo Antônio
Localização: Alto do Rio Grande, “Toca do Índio” / Serra do Santo Antônio – Andrelândia-MG
Decreto de Tombamento: Decreto n° 014/2001
Descrição: O Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio está situado na serra de mesmo nome, localizada no município de Andrelândia, Sul de Minas Gerais, e tem sua posição determinada pelas coordenadas geográficas 21º, 47’ 25’’ S e 44º, 19’, 34’’ W.
Sua área é de aproximadamente 12,00 ha. (doze hectares), com altitudes variando entre 1.000 e 1.200m.
As pinturas rupestres da Serra de Santo Antônio: No sítio arqueológico Toca do Índio, situado na Serra de Santo Antônio (Andrelândia-MG) está o mais espetacular conjunto de pinturas rupestres conhecido no Sul de Minas Gerais. São mais de 500 figuras geométricas e zoomorfas, dispostas ao longo de cerca de 50 metros de um enorme paredão rochoso, em um local abrigado da chuva e junto a uma paisagem deslumbrante.
Estas pinturas foram as primeiras representantes conhecidas da Tradição São Francisco no Sul de Minas Gerais anteriormente esta tradição só era conhecida no Norte do estado, junto ao Rio São Francisco e há evidências de terem sido feitas em pelo menos três épocas diferentes. O local tem ainda intrusões da pouco conhecida Tradição Astronômica.
A datação direta de pinturas rupestres ainda é um grande desafio para a Arqueologia em todo o mundo. No entanto, a aplicação do método do Carbono-14 a outros vestígios encontrados junto ao paredão das pinturas indicou mais de 3.000 anos de idade, o que reforça a importância do sítio. E a interpretação do significado das pinturas é um desafio ainda maior, pois a Arqueologia não dispõe de um mínimo de informações para isto. Assim, podemos contemplar e admirar as pinturas, mas estamos longe de compreendê-las.
As pinturas rupestres da Serra de Santo Antônio constituem o mais importante patrimônio cultural e estamos considerando aqui os patrimônios artístico, histórico e pré-histórico de uma vasta área de Minas Gerais. E a Natureza, como que ciente do seu valor, cuidou de conservá-las em estado razoável por dezenas de séculos.
Aspectos Ambientais: A região de Andrelândia é de colonização antiga para os padrões brasileiros. Os índios, que viviam aos milhares na região em grandes aldeias, foram dizimados (provavelmente durante o ciclo do ouro) a ponto de não se encontrarem pessoas com traços fisionômicos indígenas e de haver poucos vestígios de palavras de origem tupi-gurani na toponímia da região.
O solo, ácido e com pouca matéria orgânica, e o clima seco, não favorecem o crescimento rápido da vegetação.
A principal atividade econômica é a pecuária leiteira e a queimada anual dos pastos é a prática de manejo usual.
Como resultado a região de possui um grande índice de destruição de sua cobertura vegetal original.
Na região da Serra de Santo Antônio existem inúmeras nascentes, abrigos rochosos e capoeiras (remanescentes de Mata Atlântica) que servem de refúgio para animais silvestres, de forma que a criação de uma Unidade de Conservação com o objetivo de colocar a salvo esses valores ambientais, inclusive para a promoção da indispensável educação ambiental, seria fundamental.
Flora: Segundo consta do Atlas para a Conservação da Biodiversidade de Minas Gerais, da Fundação Biodiversitas (Belo Horizonte, 2005), a área onde se encontra situado o Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio (Alto Rio Grande/Serra da Mantiqueira) é considerada como prioritária para a conservação da flora no Estado, sendo extremamente relevante, ainda, a proteção da matriz abiótica da região, representada pelo relevo, solo e água, que exercem papel essencial na preservação da biodiversidade local.
A cobertura vegetal existente no município de Andrelândia é integrante do bioma Mata Atlântica.
Hidrografia: Na região do Parque existem várias nascentes d’água, algumas perenes e outras intermitentes. O volume de água das nascentes tem aumentado visivelmente após o isolamento das mesmas e o reflorestamento da área de entorno.
As águas são drenadas em direção ao Córrego Santo Antônio, que é afluente do Rio Turvo Grande. O Rio Turvo Grande, por seu turno, deságua no Rio Aiuruoca e este no Rio Grande
Fonte: NPA.
FOTOS:
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