Araçuaí – Núcleo Histórico
O Núcleo Histórico de Araçuaí foi tombado pela Prefeitura Municipal por sua importância histórica para a cidade.
Prefeitura Municipal de Araçuaí-MG
Nome atribuído: Núcleo Histórico de Araçuaí (80 domicílios)
Localização: Beco da Sola – Araçuaí-MG
Decreto de Tombamento:Decreto n° 089/2002
Descrição: Conj. arquitetônico do Núcleo Histórico de Araçuaí – Área compreendida pela R. Salinas, Travessa Iguassu, Travessa Calhau, Travessa Tapuia, Travessa Mica, Rua do Rosário, R. Grão Mogol, R. Paraíba, R. Malacacheta, R. Costa Sena, R. Gentil de Castro, Praça Waldomiro Silva.
Fonte: Processo de Tombamento.
Histórico do município: Calhau era o nome do arraial que nos anos de 1830 começou a formar-se na planície entre a chapada do Piauí e a do Candonga, onde o instável Calhauzinho faz barra no caudaloso Rio Araçuaí, ficando o arraial na margem direita de ambos.
Calhau chama-se o cascalho de pedras lisas e arredondadas pela correnteza da água dos córregos. Com este cascalho estão ainda calçadas algumas ruelas da zona velha da cidade que bem possível àquele “luxo” deve seu primeiro nome. Mas seja como for, ainda hoje usam o nome “Calhau”, embora que já em 1857, quando o mesmo lugar foi criado vila, tivesse mudado seu nome para Arassuahy, que com a moda da ortografia virou Arassuaí, e ultimamente Araçuaí.
O Padre Carlos Pereira de Moura havia fundado no vértice dos ângulos de confluência dos Rios Araçuaí e Jequitinhonha a Aldeia do Pontal, atualmente Itira. Esplêndida perspectiva, terras férteis, os dois grandes rios, a viração do vale, que abate o calor, o fácil acesso às canoas, um conjunto de qualidades locais indicava aquele lugar apropriado para abrigar uma cidade. Mas o Padre Carlos era excessivamente autoritário e exigente.
Lançando os fundamentos de uma futura cidade, portou-se como senhor de alta e baixa justiça, e uma de suas determinações foi que não se consentissem ali meretrizes nem bebidas alcoólicas, então as infelizes mulheres emigraram subindo o rio Araçuaí, e, atraídos por elas os canoeiros mudaram de porto.
Nesse tempo era proprietária da Fazenda da Boa-Vista da Barra do Calhau uma velha mulata de nome Luciana Teixeira, a que A. de Saint-Hilarie se refere no seu livro de viagens. Esta boa mulher deu abrigo aos emigrantes do pontal em suas terras à margem direita do ribeirão do Calhau e de Araçuaí. Tornou-se este o ponto de arribada das canoas que subiam o Jequitinhonha.
Fonte: Prefeitura Municipal.
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