Betim – Monumento da Inauguração da Rodovia Fernão Dias


Imagem: Dossiê de Tombamento

O Monumento da Inauguração da Rodovia Fernão Dias foi tombado pela Prefeitura Municipal de Betim-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Betim-MG
Nome atribuído: Barreira da Polícia Rodoviária Federal / Monumento da Inauguração da Rodovia Fernão Dias (BR 381)
Outros Nomes: Monumento da Inauguração da Rodovia Fernão Dias (BR 381)
Localização: Rod. Fernão Dias, Km 1,6 – BR 381 – Betim-MG
Decreto de Tombamento: Homologação:10/06/2002 publicação: “Minas Gerais – Diário do Executivo, Legislativo e publicações de terceiros”: 12/06/2002
Dossiê de Tombamento

Descrição: A Rodovia Fernão Dias tem grande importância para a economia nacional, pelo fato de ligar Belo Horizonte a São Paulo e também estados e regiões de boa parte do país.
O compromisso do então presidente do Brasil no momento da construção da rodovia, Juscelino Kubitschek, era o desenvolvimento nacional, consubstanciado no slogan “cinqüenta anos em cinco”. A industrialização do país era considerada o fator principal de desenvolvimento, porém o país não apresentava condições de infra-estrutura básica para tanto. Juscelino cria então o “Plano de Metas”, que era composto por trinta e um objetivos para energia, transportes, educação, alimentação, indústria de base e a construção de Brasília. Partindo desta política é que surge a idealização e construção de uma rodovia que liga a malha rodoviária da parte central da região sudeste a outras do país: a Rodovia Fernão Dias.
A primeira etapa da construção da rodovia foi concluída em 1959, abrangendo 485 quilômetros, de Belo Horizonte à cidade de Extrema, no sul de Minas. Para a inauguração deste trecho, foi erigido um monumento que simbolizava a parte mineira da obra, e uma edificação destinada a servir de posto de fiscalização para a Polícia Rodoviária Federal (que em Betim ficou popularmente conhecida como “Barreira”). O evento de inauguração contou com a presença de Juscelino.
O conjunto arquitetônico formado pelo Monumento de Inauguração da Rodovia Fernão Dias e pelo antigo Posto da Polícia Rodoviária Federal foi tombado pelo Município em 2004, e pouco tempo depois a chamada “Barreira” foi demolida pelo órgão federal responsável, durante o processo de duplicação da Rodovia Fernão Dias.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: A Rodovia Fernão Dias tem grande importância para a economia nacional, pelo fato de ligar Belo Horizonte a São Paulo. Todavia, não é apenas a ligação entre duas capitais que se faz, mas de estados e regiões de boa parte do país. Com isso, o transporte é intensificado e a indústria tem um “corredor” de escoamento de produtos. O monumento e a edificação da Polícia Federal, tratados neste histórico, são referentes à construção de um trecho da rodovia (o trecho mineiro), o que liga Belo Horizonte à cidade de Extrema, no sul de Minas. Dessa forma, este histórico não visa apenas uma abordagem a respeito do monumento e da edificação ou do trecho da rodovia, mas também de uma conjuntura que envolve aspectos econômicos e políticos que proporcionam a construção da Rodovia Fernão Dias.
O presidente do Brasil naquele momento histórico era Juscelino Kubitscheck, que assume o poder através do voto direto, em 1956. O compromisso do então presidente era o desenvolvimento nacional. Para ele era extremamente necessário que o país “saísse da estagnação econômica em que se encontrara”. Devido a este motivo e nesta ocasião é lançado o slogan “cinqüenta anos em cinco”; isso pretendia resumir a política governamental de Juscelino para “tirar o país do atraso”. Naquela conjuntura, a industrialização do país era o fator principal de desenvolvimento, porém, o país não apresentava condições de infraestrutura básica para o desenvolvimento industrial. Juscelino cria então o “Plano de Metas”, que era composto por trinta e um objetivos, subdivididos em seis grupos: energia, transportes, educação, alimentação, indústria de base; o sexto grupo é destinado à construção de Brasília.
O governo de Juscelino entendia que, atreladas à industrialização, deveriam ser reestruturadas outras áreas da sociedade, que posteriormente sustentariam a indústria, por constituírem mercado de consumo. É o que justifica investimentos nos “grupos” alimentação e educação, já prevendo de antemão um acúmulo populacional nas áreas de indústria. O Plano de Metas aborda elementos necessários à implantação e posterior sustentação da indústria. Neste sentido, o desenvolvimento nacional ultrapassa seu condicionador industrial e assume uma dimensão maior, que abrange a toda uma sociedade, de caráter industrial.
Partindo desta política desenvolvimentista, imposta por Juscelino, é que surge a idealização e construção de uma rodovia que liga a malha rodoviária da parte central da região sudeste, a outras do país. É com esta função que Rodovia Fernão Dias é construída. Ligando a capital mineira à capital paulista, proporciona-se a comunicação com outras vias, maiores ou menores, ampliando a ação da malha rodoviária nacional. A primeira etapa da rodovia foi concluída em 1959, ligando Belo Horizonte à cidade de Extrema, sul de Minas, divisa com o estado de São Paulo. Na ocasião da inauguração deste trecho, fora construído um monumento que simbolizava a parte mineira da obra. Para o descerramento da placa do monumento, Juscelino veio pessoalmente à cidade de Betim (local escolhido para a construção do monumento e da edificação da polícia federal). O trecho foi inaugurado com extensão de 485 quilômetros e um dos engenheiros responsáveis por sua realização foi Edmundo Regis Bittencourt. Próximo ao monumento, também era inaugurada uma edificação destinada a servir de posto de fiscalização para a Polícia Rodoviária Federal (que em Betim é popularmente conhecido como “barreira”). Dessa forma, o monumento e a edificação da polícia federal formam um entorno alusivo ao evento da inauguração do trecho da rodovia em Minas.
Todavia, o estudo e a pesquisa sobre este entorno são remetidos a uma temática que diz respeito ao desenvolvimento nacional. Paralelo a isso se tem a leitura de que tanto o entorno, como a própria Fernão Dias, são marcas de uma personalidade que é parte da história do país, o presidente Juscelino Kubitscheck.
Fonte: Dossiê de Tombamento.

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