Brumadinho – Guarda de Congo e Moçambique do Sapé


Painel de John Ahearn e Rigoberto Torres – Foto: Sandra Schmitt Soster

A Guarda de Congo e Moçambique do Sapé foi registrada pela Prefeitura Municipal de Brumadinho-MG por sua importância cultural para a cidade.

Prefeitura Municipal de Brumadinho-MG
Nome atribuído: Guarda de Congo e Moçambique do Sapé (Celebrações)
Localização: R. Três, 71 – Povoado do Sapé – Brumadinho-MG
Decreto de Registro: Decreto n° 264 de 28/11/2014 I. 01/2014
Livro de Registro das Celebrações

Descrição: As manifestações festivas do sapé têm nome e dias marcados, são as tão famosas festas do congado ou congo e na guarda de Moçambique. Festas em comemoração a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. O Sapé está adentrado e representado pelas Guardas de Moçambique e o Congado.
O Congado tem seus pés na África, mas é tipicamente brasileiro é uma dança religiosa de 500 anos de História que foi se formando pelo Brasil afora, e cada congado tem identidade própria. Se compararmos o sapé com qualquer outro congado do Brasil perceberemos que o congado do Sapé é o único com traços, maneiras e passos ganhados ao longo de sua história.
Os congados têm suas identidades entranhadas no coração do Brasil. São protegidos por comunidades como os irmãos do Rosário, irmandades dos homens negros que mantém vivo esta relíquia cultural brasileira.
Cada congado tem sua própria forma de ser dançado. Ao longo dos anos, os congadeiros, a partir da tradição e das raízes espirituais recebidas de suas irmandades, foram agregando elementos na dança do congado típico de suas comunidades.
O congado e a guarda de Moçambique do sapé é fruto de manifestações artísticas culturais de muita criatividade, beleza e fé, mas, principalmente dedicação, seriedade e compromisso de seus congadeiros.
O que observamos no Sapé, é que ele está sobre a base formada a partir de um tripé, destacando três elementos fundamentais: História, Identidade e Cultura. O congado remonta sua História nos povos bantos do continente africano.
Portanto, o sapé é marcado por uma identidade histórica própria de séculos, de história recheada de sofrimento, opressão e miséria de um povo que não abandonou sua fé.
A cada passo, a cada dança sua identidade cultural surge na história de sua comunidade, seus antepassados, as almas de seus escravos, os fundadores da irmandade, os reis, suas rainhas, seus capitães ancestrais falecidos são lembrados e reverenciados. A cada geração elementos novos são agregados, mas sempre fiéis aos seus ancestrais.
Alguns dos escravos vindos da África chegavam ao Brasil já cristianizados pelos padres jesuítas, pois assim que os portugueses chegaram no continente africano, o cristianismo passou a ser pregado.
Fonte: Delson Aguinaldo de Araújo Junior .

Descrição: O início da ocupação do território que hoje pertence ao município de Brumadinho parece ter ocorrido com as bandeiras que desbravaram Minas Gerais a procura de ouro e outros metais preciosos. Esse fato favoreceu o surgimento de povoados a partir do último quarto do século XVII. Nesse contexto, surgem os povoados de Piedade do Paraopeba, São José do Paraopeba e Brumado do Paraopeba, atual Conceição de Itaguá.
Já no início do Século XX, a construção do Ramal Ferroviário do Vale do Paraopeba acaba por fomentar o surgimento de um povoado no entorno da estação ferroviária de Brumadinho e das casas onde inicialmente se instalaram os operários da ferrovia. O povoado recebe o nome de Brumadinho em alusão à antiga vila de Brumado do Paraopeba de onde se originou parte de seus primeiros habitantes.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Descrição: O nome da comunidade é uma referência ao tipo de capim utilizado no telhado das antigas casas de pau-a-pique que eram comuns nesta região.
Reconhecido oficialmente pelo Ministério da Cultura como comunidade quilombola, a comunidade do Sapé abriga importantes traços da cultura afro brasileira como por exemplo o Congado e o Moçambique.
Fonte: Prefeitura Municipal.

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Delson Aguinaldo de Araújo Junior
Prefeitura Municipal
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