Cachoeiro de Itapemirim – Reserva da Fazenda Cafundó


A Reserva da Fazenda Cafundó foi tombada pela Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim-ES por sua importância cultural para a cidade.

SEMCULT – Secretaria Municipal de Cultura de Cachoeiro do Itapemirim-ES
Nome Atribuído: Reserva da Fazenda Cafundó
Outros Nomes: Reserva Particular do Patrimônio Natural – CAFUNDÓ
Localização: Cachoeiro de Itapemirim-ES
Resolução de Tombamento: Lei Municipal nº 5484/2003

Descrição: A Reserva Cafundó teve sua origem oficial através da portaria IBAMA nº 62, de 19/05/98 que a reconheceu como Reserva Particular do Patrimônio Natural. Porém, a conservação dos ambientes naturais da região deve ser entendida como um processo histórico de muita luta, perseverança e visão de futuro do Sr. Eraldo Nascimento, inicialmente, o que teve sequência pelos seus herdeiros.

No inicio da década de 1940 Antônio Gomes Nascimento e Edylia Oliveira Nascimento, patriarcas desta família, passaram a viver na fazenda Boa Esperança, trabalhando na terra, mas também conservando, dentro das possibilidades da época, as áreas de matas e demais ambientes naturais existentes na região, isto sem abrir mão do uso do solo e da manutenção de suas atividades rurais. Anos após, a gerência da Fazenda passou para o seu único filho homem, Eraldo Oliveira Nascimento, que administrou a propriedade aos moldes de pai, criando seus seis filhos e educando-os sob os mesmos preceitos de respeito à natureza.

Sob a direção de Eraldo, foram somadas ao montante outras áreas entre elas a antiga Fazenda Cafundó, sendo esta, mais tarde a que deu o nome à RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural Cafundó), hoje uma área de 517ha. A RPPN Cafundó proporciona à sociedade uma convivência harmônica com a fauna, a flora e os outros elementos da natureza. Neste contexto pode-se sensibilizar os visitantes envolvendo-os com seu compromisso na preservação ambiental.

Em 1998, iniciou-se um trabalho de divulgação da Reserva Cafundó buscando o apoio necessário para transforma-la num centro de referência na questão ambiental, não só no Espírito Santo, como também em todo o Brasil.

Dentre os objetivos e atribuições a que a Reserva Cafundó se propõe atualmente destacam-se:
a) Desenvolver e disseminar praticas de educação conservacionista divulgando conhecimento científico;
b) Proteger os remanescentes da Mata Atlântica da Bacia do Rio Itapemirim e conservar a biodiversidade local;
c) Desenvolver e apoiar pesquisas biológicas e
d) Incentivar e promover o uso sustentável dos recursos naturais.

Enfim, a meta da Reserva é tornar-se um centro de referência de práticas ambientais nas áreas de pesquisa, educação e turismo, visando a utilização racional dos recursos naturais renováveis, servindo a toda a região Sul do Estado do Espírito Santo e áreas circunvizinhas.

A Reserva Cafundó é um dos maiores remanescentes de Floresta Atlântica da bacia do Rio Itapemirim. Localiza-se na sua margem esquerda, à jusante do rio. Além de apoiar pesquisas científicas na área de fauna e flora a Reserva desenvolve atividades de educação ambiental, recreação e turismo. Atua ainda na proteção da biota e dos mananciais de água existentes, sendo os principais o Ribeirão Estrela do Norte e o Rio Itapemirim.

Recreação: Pescaria rústica no Ribeirão; Banho de rio; Passeio a cavalo; Caminhada contemplativa e Trilha na mata.

Gastronomia e acomodações:
A Cantina Cafundó conta com um restaurante self-service e uma deliciosa comida rural capixaba feita no fogão a lenha, destaque para o delicioso carneiro assado e a galinha caipira especialmente temperada. Isto tudo próximo de muita natureza e ar puro e a tranquilidade do interior. Roda de viola e contos de prosa também são promovidos em ocasiões especiais. Na cantina ainda é possível adquirir vários produtos da Fazenda além de souvenir da Reserva (camisas, botons, bonés, adesivos, cds de canto das aves da reserva e muitas outras novidades).

A Fazenda oferece também alojamento bem simples e rústicos com área para churrasco, banho de ducha, pomar, uma suíte simples e outros quartos com banheiros coletivos. A capacidade máxima é de 12 pessoas.
Fonte: Prefeitura Municipal.

Histórico do município: A história de Cachoeiro de Itapemirim tem início no ano de 1812, quando o donatário da capitania do Estado, Francisco Alberto Rubim, teve a tarefa de desenvolver o povoamento em nosso Estado.

A região era dominada pelos índios Puris que, porém, não chegaram a ser obstáculo aos primeiros desbravadores, atraídos pelo ouro nas minas descobertas nas regiões compreendidas por Castelo.

A primeira incursão exploradora organizada ocorreu entre 1820 e 1825, época em que foi concedida ao Tenente Luiz José Moreira meia légua de terras. Na mesma época foram constituídos postos de policiamento, denominados quartéis de pedestres, para proporcionar garantia aos habitantes que haviam se instalado no lugar, próximo do obstáculo rural do encachoeiramento do rio, ponto de parada dos raros tropeiros que desciam do sertão e iam se acomodando nessas paragens e plantando suas lavouras.

O Governador Rubim fez construir à margem sul do rio o Quartel da Barca, que foi uma homenagem a Luiz Araújo – Conde da Barca, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra de Dom João VI. Com essa iniciativa os povoadores tiveram proteção contra as incursões dos índios Puris e Botocudos, que hostilizavam aqueles que percorriam a região à procura do ouro que os rios prometiam, ou até mesmo os lavradores que desejavam trabalhar a terra com plantação de cana-de-açúcar.

Por determinação do Governador Rubim havia um patrulhamento realizado por pedestres, que descia do Cachoeiro até a Vila de Itapemirim, prosseguindo até o Quartel de Boa Vista, situado na barreira do Siri, em frente a Ilha das Andorinhas, regressando ao ponto de partida, alternando em sentido contrário com a patrulha do Quartel de Boa Vista. A patrulha de pedestre era construída por negros livres, comandada por um Alferes (nome dado a antigo militar, hoje equiparado a um 2º Tenente).

Os quartéis tiveram seus efetivos aumentados, e foi nos seus arredores que começou a formação dos primeiros núcleos populacionais com pequenas plantações de mandioca, bananeiras e cana-de-açúcar. A pesca e a caça davam condições fartas aos habitantes.

Começava a lenta penetração no território dos silvícolas para o domínio dos desbravadores. Os fazendeiros de Itapemirim começavam a estender suas propriedades pelas margens do rio, sendo que, onde hoje está plantada nossa cidade foram fazendas pertencentes, outrora, a alguns deles, entre os quais citamos Joaquim Marcelino da Silva Lima (Barão de Itapemirim), figura principal do sul do Estado naquela época, Manoel José Esteves de Lima, um português que criou cidades e povoações no sul do Estado.
Fonte: IBGE.

MAIS INFORMAÇÕES:
Prefeitura Municipal


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