Campos dos Goytacazes – Canal Campos-Macaé 1
O Canal Campos-Macaé 1 foi tombado pela Prefeitura de Campos dos Goytacazes-RJ por sua importância natural.
INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural
Nome atribuído: Canal Campos-Macaé 1
Localização: Atualmente corta os municípios de Campos dos Goytacazes, Quissamã, Carapebus e Macaé, incluindo o trecho urbano de Campos dos Goytacazes, onde se denomina Canal do Cula ou Grande Canal – Campos dos Goytacazes-RJ
Número do Processo: E-18/001.134/2002
Descrição: Uma das maiores obras da engenharia do século XIX, foi idealizado pelo inglês John Henry Freese com o objetivo de ligar o rio Paraíba do Sul ao rio Macaé. Atravessava a região das restingas e alagadiços utilizando parte do leito das lagoas de Jurubatiba, Carapebus, Paulista e Feia. Visava facilitar o escoamento da produção açucareira, através do canal, ao porto de Imbetiba em Macaé, seguindo para o Rio de Janeiro. Sua construção começou em 1844, dependendo da mão-de-obra escrava. Considerada obra “faraônica” para época, o canal de 109 km foi inaugurado em 1861, somente começando a operar em 1872 com viagens regulares do vapor Visconde.
Fonte: Inepac.
Histórico do Município: Com a mais vasta área do Estado do Rio de Janeiro, os campos dos índios Goytacazes (termo que, trazido para o português, pode significar “corredores da mata” para uns ou “índios nadadores” para outros), faziam parte da capitania de Pero de Góis da Silveira, conforme consta na Carta de Doação de 28 de agosto de 1536.
Em 1837, com o aparecimento da ferrovia, facilitou a circulação transformando o município em centro ferroviário da região. A grande riqueza de Campos no séc. XIX pode ser creditada à expansão da produção açucareira, inicialmente apoiada nos engenhos a vapor, mais tarde substituídos por usinas. Em 1875, a região contava com 245 engenhos de açúcar e, por volta do ano de 1879, foi construída a primeira usina, batizada como Usina Central do Limão. Entretanto, várias dessas antigas usinas fecharam ou foram absorvidas pelas maiores em anos recentes, concentrando-se a produção em menor número de estabelecimentos.
A pecuária sempre manteve papel importante na economia da região e o café foi responsável pela prosperidade dos antigos distritos de Cardoso Moreira e Italva, atualmente desmembrados de Campos. No nordeste do município, hoje predomina o gado leiteiro.
A descoberta de petróleo e gás natural na plataforma continental da Bacia de Campos tem propiciado o aumento significativo da receita municipal nos últimos anos, por meio do recebimento de royalties excedentes e participações especiais.
Por sua arquitetura eclética, Campos é considerada um museu a céu aberto – ficando atrás só da cidade do Rio de Janeiro. O município foi palco de importantes acontecimentos: recebeu quatro vezes o imperador D. Pedro II, foi a primeira cidade da América Latina a ser dotada de luz elétrica, teve um campista na Presidência da República e alguns no governo estadual.
Fonte: IBGE.
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